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ー Hairo, pegue as bandagens na sala sete por favor? Traga ao quarto 23 para mim. ー Uma médica chamava por sua assistência enquanto a loira corria para lá e para cá desesperada, o dia estava agitado. Mizuki tinha cabelos loiros bem clarinhos, cheio de cachinhos redondinhos, seu cabelo ia praticamente até a cintura e tinha olhos roxos. Era uma mulher muito bonita. ー Ah, aquela sua paciente já foi liberada do exame de hoje. O corpo dela está completamente estabilizado. ー A loira suspirou aliviada. A garota era examinada diariamente, por seu pedido, todos os dias para ter certeza que seu corpo não iria desestabilizar.

Pegou as bandagens pedidas e foi andando em direção ao quarto 23. Seus saltos estavam machucando seu pé, já. As médicas e enfermeiras usavam saltos em geral com o uniforme mas a cabeçuda aqui usava saltos bem altos. Quando chegou arrumou as gavetas de curativos e sentou ao lado da cama do velhinho para ajeitar seus curativos. ー Está linda como sempre, ー O homem grisalho sorriu fofinho. ー Mas parece angustiada, como nunca a visto tinha. ー Agora o sorriso do velhinho de tinha tornado preocupado.

ー Dia agitado. ー Disse seca automaticamente se arrependendo por ter soado grossa. Olhou para cima com medo instintivamente, talvez tivesse magoado-lhe. ー Não paro desde o começo do meu turno. Entrei à meia noite é está de tardezinha. Sinto que vou morrer. ー Dessa vez disse sorrindo e até esboçando um sorrisinho.

ー Socorro, o clássico sobrevivendo de café? ー Ele riu seguindo da mulher. ー Mizu-chan, ー Ele chamou-a apoiando sua mão sobre a dela, com o olhar triste. ー você sabe que não vou durar muito mais que isso. ー Deu um sorriso silencioso. ー Você é como minha filha, então escute o último conselho que lhe darei como seu pai nessa vida.

ー Pai... ー Grudou testa com testa com o senhor sem saber se choraria enquanto segurava sua mão.

ー Não sou idiota, sei que está pensando em algo. Você sempre foi tão solitária querida... ー Colocou uma mão em sua bochecha. ー Se você achar alguém que prenda-lhe os sentimentos como eu. Alguém que valorize a vida mais que a sua, ー Levantou as mãos ao ar junto com as dela e apertou. ー agarre. Não deixe essa pessoa fugir e mostre a ela uma família. Proteja ela e abra seu coração, não se deixe perdê-la. ー Ele deu um peteleco em sua cabeça com a mão que estava em sua bochecha tirando o ar melancólico do quarto.

ー Ai! ー Disse aguda levemente exagerada para entrar na piada. ー Tá bem, velhote. Agora me dê essa mão para que eu ajeite tudo logo! ー Sorriu aberta arrancando uma gargalhada de seu pai.

ー Pare de me amolar, não vou partir ainda. Pare de agir como se eu tivesse no meu leito de morte e aperte isso direito, cabeçuda! ー Os dois riam alí. Ambos sabiam que em algum momento não teriam maid momentos assim, mas aproveitariam todos.

Após ajeitar tudo com aquele senhor, a mulher saiu indo em direção do quarto da garota desacordada, afinal era sua enfermeira responsável oficial.

ー Ai, ai, ai... qual seria o seu nome? ー Sorriu parada na porta olhando o corpo adormecido da garota com as mãos nos bolsos do jaleco. Poder dizer que ela está dormindo ao invés de desmaiada era reconfortante. Foi tirar as bandagens de sua mão, que acabou que tinha uma leve fratura, mas ela já estava bem melhor. Ao pegar na sua mão ela tremeu. A mulher gelou, estava paralizada. A garota havia se mexido pela primeira vez em seis dias.

O começo dos curativos que estava tirando simplesmente foram ignorados disparando ao chão, fazendo sua mão ser exposta aos poucos enquanto eles iam em espiral caindo ao chão.

Seu instinto? Correr a se por a ver seu rosto. Seus músculos faciais começaram a sen contrair até que...

... ela abriu os olhos.
















ー Senhor. ー Aiko entrava pela porta do escritório de Gaara. ー Temos uma resposta da senhora Tsunade.

Levou o pergaminho até ele para que abrisse e resolvesse logo as coisas. Não era nenhum problema em si, era época das provas chunin, então era importante essa comunicação.

"Ah... papelada é um inferno..." pensava o ruivo enquanto abria para ler a mensagem com calma antes de avaliar a pilha enorme de documentos de Tsunade.

Depois que liberou a ninja começou a trabalhar com calma, pois era muita coisa então devia ler tudo sem passar nada, por horas. Até que soaram batidas na porta, estranhou, não esperava ninguém.

ー Olá, senhor? ー Uma mulher com um uniforme de enfermeira entrou, na hora seu horas seus olhos se arregalaram. Notícias... boas ou não?... ー Uma de nossas colegas disse que o senhor deve vir ao hospital... Primeiro, avisamos-na que não tinha tanta autoridade, mas ela implorou que eu viesse por fora das missões oficiais. Ela estava desesperada...

Gaara sacou quem poderia ter sido. ー Mizuki... ?

Ela ficou extremamente confusa por ele conhecê-la mas assentiu de forma estranha.

Na hora Gaara gelou. Porra, sofria de ansiedade por algum motivo desconhecido há seis dias sem parar mas na hora da verdade ele simplesmente não conseguia se mexer.

Gaara, se mexa, por favor. Por favor, agora, Gaara!

Ele teve um estalo de realidade e saiu correndo abrindo e quebrando tudo em seu caminho com a areia deixando a outra paralisada.

Ele correu com todas as suas forças chegando ao hospital. Entrou sem nem passar pela recepção direito, muito menos cumprimentar as recepcionistas. Os corredores eram muito e confusos mas depois de abrir muitas portas erradas ele chegou no fim de um corredor em que Mizuki se encontrava. Parou e gelou, ela também estava assim, mais assustador impossível.

Ela estava calada, ao lado da porta quando o encarou. Com os olhos trêmulos assentiu e abriu lentamente a porta apontando com o polegar invertido. Travou mais uma vez, mas dessa vez não seria tão covarde. Calmamente, se aproximou da porta até virar e se separar com o que tanto queria ver.

A garota estava deitadinha debaixo do edredom, só com a cabeça de fora, estava frio mesmo. Mas seu rostinho estava virado para a porta com seus olhinhos bem abertos, provável que ouvira o barulho.

Gaara POV

Chorei, senti uma lágrima silenciosa descer em minha bochecha. Por que aquela dor no meu peito começou de novo? Era diferente daquele dia, mas doía. Estava perdida, como naquele dia.

ー Oi? Quem está aí? ー Meu deus, sua voz... era completamente diferente do que eu achava que seria, não sei explicar. Na verdade não sei explicar nada do que eu estou sentindo agora.

Mizuki entrou na sala e andou calmamente para respondê-la. ー Acalme-se, você está no hospital de Suna. Te achamos muito ferida, cuidamos de todos os ferimentos mas seu corpo ainda está muito frágil então não faça nenhum movimento brusco.

Estranhamente ela assentiu calmamente sem tirar os olhinhos da direção da voz que estava conversando com ela. Ela simplesmente foi se levantando para se sentar na cama me fazer me assustar de preocupado, vi que Mizuki se apressou em segurar em seu tronco fazendo com que ela conseguisse se levantar sem sentir muita dor. Apoiou um travesseiro na parede enquanto ela encostava seu corpo ainda machucado na parede.

Eu não entendi nada quando ela levemente gemeu de dor ao levantar sua mão junto com um virar leve de seu corpo. Ela apoiou sua mão na parede como se estivesse se considerando em algo que ela tateou ali e virou seu rosto direcionado a mim me encarando olho no olho. ー Não se assuste, garoto da cabaça. Quem é você e por que não me respondeu quando perguntei quem estava alí? E mais importante, por que está chorando?

Mas que po...

Areia e Terra, Fogo e Água - Avatar A Lenda de Aang X NarutoOnde histórias criam vida. Descubra agora