Areia e Terra, Fogo e Água - Avatar A Lenda de Aang X Naruto

16.

comentem bastanteeeeeeeee

Fiquei encarando o teto do quarto deitado na cama. Admito, Gaara não é nem um pouco bobo, ele escolheu os quartos muito bem. Eu e Katara escolhemos aleatoriamente mas acho que acertamos a ordem que ele queria.

O quarto de Katara aparentemente tinha uma grande janela enquanto o meu não, isso significa que ele vai receber menos vento, pois tem umas duas janelas pequenas, e isso realmente faz mais sentido. Como dominadores de fogo conseguem manipular nossa temperatura corporal, faz muito mais sentido eu ter esse. Mesmo o de Katara também, chuva ou qualquer umidade fica ali pra ela.

Tanta coisa aconteceu que só agora eu parei para pensar em toda essa merda. A situação está terrível. Por um momento eu fui capaz de sair de meu mundo, mas o mundo que deixamos para trás era nossa casa e nossa família.

Temos compromissos e obrigações e que, no meu caso são mais complicadas ainda. Eu deixei tudo para trás, todos nós deixamos. Não temos mais nossa família aqui. Nossa família somos só nós três nesse mundo, estamos sozinhos em conjunto aqui.

Tivemos sorte que fomos bem acolhidos, estamos na merda mas numa merda em que tratam a gente bem, pelo menos. Mas isso não melhora a situação em relação ao nosso mundo. Nós temos compromissos e obrigações que foram deixadas para trás.

Eu não acredito que deixei a Mai lá, ela está sozinha. Katara também deixou o Aang, apesar daquela briga eles ainda se amam, não?

ー Puta merda...

A ansiedade bateu e eu senti minha respiração falhar. Vamos ficar aqui para sempre? ー Por que viemos para cá?... ー Meu nervosismo me tomava em conjunto de minha angústia e medo. ー Se não dormir agora, Zuko, ficará sem forças para amanhã. Você precisa resolver essa situação... você precisa...

Senti ficar mais fraco. Queira eu ou não era hora de dormir.

Kankuro POV

Acordei extremamente cedo com mau humor e pra baixo. Nessas horas a solução é simples: álcool. Sempre resolve. O único problema é me esquivar da Temari enquanto ela me bate dizendo que eu vou me matar assim.

Mas sinceramente, foda-se. Eu aguento ela depois. Saí de meu quarto andando pela vila a procura de meu bar favorito.

Nas ruas já se começava movimento. Algumas pessoas tirando e pondo roupa no varal para aproveitar o sol, pessoas indo em padarias comprar o café da manhã, ninjas saindo para trabalhar e as clássicas velhas mau humoradas indo alimentar passarinhos em praças.

Segui andando e virando na esquina do bar que eu sempre ia. Entrei me sentando todo torto e sem o mínimo sinal de etiqueta. A dona apareceu e eu apenas levantei o braço esperando a bebida no ar sem nem levantar a cabeça de sono. ー Já? Está vindo mais cedo recentemente.

Já tinha me familiarizado com aquela velha, era gente fina. ー Vida corrida. Não é minha culpa.

Ela bufou revirando os olhos atirando uma garrafa de cerveja na minha mão. ー Devia parar, ou pelo menos tomar em menos quantidade. ー Dizia me olhando vendo que eu já havia aberto a bebida e estava bebendo de gole grande direto da garrafa.

ー Hipocrisia. Você nunca larga de fumar. ー Disse recuperando o fôlego de tantos goles consecutivos.

Vendo que eu falei no momento exato onde ela já tinha começado a ligar o isqueiro falou. ー Larga meu cigarro, são situações diferentes.

ー Ah, é? ー Dizia ficando mais corcunda ainda na cadeira enquanto apoiava a garrafa na mesa tentando me recuperar da sensação de queimadura na garganta.

ー Claro! ー Ela acendeu o cigarro e soprou a primeira leva de fumaça na minha cara. ー Sou uma velha que já viveu de tudo. Aproveitei minha juventude e me orgulho disso, segui meus sonhos. ー Soprou outra tragada olhando para cima. ー Eu vou passar o resto da minha vida como uma dona de bar qualquer. Não me entenda mal, gosto desse lugar. Mas eu cumpri o que queria de minha vida. Quando eu morrer, tenho certeza que vou em paz e sorrindo. ー Se virou para mim soprando de novo mas não em cima de mim para ironizar minha cara como antes. ー Você ainda é um jovem cheio de sonhos, não se mate com bebida.

Ela voltou a olhar pro ar. ー Um jovem cheio de sonhos, uhm? ー Falei baixo com uma felicidade forçada girando a garrafa em minhas mãos.

Ela suspirou apagando o cigarro. Veio até minha frente por trás da bancada batendo as mãos na minha frente. ー O que eu tô dizendo é ー Olhei para a cara dela enquanto ela puxava a garrafa à força de mim. ー para de ficar se arrastando pra lá e pra cá fazendo as coisas porque é obrigado, e depois gasta suas frustrações em bebida e sexo. Não tem um sonho? Arruma um, caralho. ー Levantava os braços ao ar levantando o tom de voz, apesar de não estar sendo ofensiva no sentido de arrumar briga comigo. ー O tempo não volta e nem vai voltar, então gasta o seu fazendo alguma coisa que faça com que você se sinta vivo, e não uma marionete. ー Disse a última parte com um sorriso meio irônico meio sério.

Ela me chutou para fora do bar alegando que eu estava sendo um estorvo para sua manhã e que eu tinha que fazer mais coisas da minha vida.

Nunca vou entender essa velha.

Cap curtíssimo, parece os primeiros kkk, eu sei
mas vai melhorar, prometo ;)
por hj eh só e n esqueçam das estrelinhas :3
amo vcssssssss