Areia e Terra, Fogo e Água - Avatar A Lenda de Aang X Naruto

10.

Mas que porra?!?! Não era cega? O que caralhos tá acontecendo, alguém me diz, por favor!

Mizuki se virou vendo que realmente eu chorava, corei. Com a mão na parede olhando em minha direção ela continuou, ー Está assutado. ー Eu estava. Não sabia o que dizer, não era bem o que eu esperava dela. Por mais da situação ser estranha, ela tinha uma voz calma, como se fosse normal simplesmente saber tudo que acontece e o que as pessoas sentem a sua volta. ー Calma, eu que deveria estar assustada aqui, na verdade. Não acha?

Sorriu, isso me acalmou.

ー Vamos por partes, ー Mizuki de pronunciava vendo que eu não conseguia saber como agir. ー Eu sou Mizuki, sua enfermeira oficial daqui, venho cuidando de você.

ー Obrigada, moça. Mas já posso ir pra casa. ー Ela tinha uma voz impaciente, parecia ansiosa para voltar pra onde quer que ela tivesse vindo. ー Onde é isso aqui?

ー Suna. ー Finalmente me pronunciei. ー Está em Sunagakure. ー Quando ela ouviu minha voz seus olhos arregalaram e ela tremeu. Do nada a máscara de fodona dela parecia frágil a ponto de quebrar, mas remendou.

ー Estou no reino da terra? Nunca ouvi sobre essa aldeia. Eu não estava perto o bastante para chegar à Nação do Fogo. Só me digam pra onde é. ー Do que ela tá falando? Era louca? Mizuki estava tão confusa quanto eu.

ー Estamos na aldeia da areia, não faço ideia de que lugares são esses. ー Ela apertou a parede agora com as duas mãos. Derrepente soltou essa força e encarou o chão.

ー Não estão mentindo. ー Realmente não estamos, mas como sabe? Na verdade, como ela tá fazendo isso, quem é essa pessoa? ー Olha, seja o que quer que essa Muda seja...

ー Suna.

ー Essa coisa aí mesmo. ー Continuou. ー Só me digam pelo menos o que está acontecendo. ー Ela soltou a parede se deitando de novo para se aconchegar. ー Se quisessem me matar, já teriam o feito. Quem são vocês?

ー Sou Gaara. Sou o Kazekage. ー Ela fez uma cara irônica de quem não entendeu porra nenhuma. Esqueci que ela não faz ideia do que eu tô falando. ー Kazekage é o líder de Suna.

ー Saquei, você é tipo um reizinho. ー Ela definitivamente não é a princesinha que eu esperava que fosse. ー Tipo o Zuko. Isso, Zuko! O Senhor do Fogo, têm que saber quem o Zuko é.

Eu e Mizuki não fazíamos ideia do que ela estava falando. Percebendo o silêncio ela continuou. ー Olha, eu estou deitada, não posso ver vocês, então abram a boca se quiserem que eu entenda. ー De novo essa coisa de "ver". Ela é cega mesmo?

ー Primeiro de tudo, quem é você?

Ela começou a se levantar soltando alguns gemidos de dor. Novamente, Mizuki auxiliou seu levantamento apoiando seu tronco e seu peso em seus braços. Quando a garota se pôs sentada na beira da cama, olhou especificamente para mim. ー Comecemos do zero. Olá, eu sou a Toph, Toph Bei Fong. ー Ela sorriu estendendo sua mão para frente. Parecia mais amável do nada e parecia esperar que eu falasse alguma coisa de novo. Estendi a mão para cumprimentá-la deixando a loira de queixo caído, é um consenso na vila que eu não sou dos mais sociáveis. Ao pegar na minha mão senti uma pequenina reação dela, parecia que estava checando algo. Logo soltou se apoiando melhor no colchão.

ー Então, Farelo, ー Eu ouvi direito? Ela tá literalmente chamando o líder da aldeia, que ela já sabe que eu sou, de "Farelo"? ー é um dominador de areia, não é?

Gelei. O quê é essa mulher?!

ー Acharam algo? ー Zuko perguntava à última tropa que chagava da ronda e todos dizíamos a mesma coisa. Nada dela, faziam sete dias.

ー Acha que perdemos ela? ー Katara estava sentada ao seu lado na escada que dava a uma das alas do castelo.

ー Não. Não podemos perdê-la...

Zuko tentava ser confiante nas respostas mas estava tão instável e triste quanto a amiga. Nada de rastros, nada mesmo. Ela simplesmente sumiu, como uma nuvem de fumaça.

ー É um desastre, um desastre! ー Katara batia nas paredes começando a chorar. Sentindo seu punho começar a sangrar, sentiu junto uma sensação de calor. Zuko segurava calmamente sua mão, tirando-a da parede.

ー Não se machuque, não acharemos a Toph por isso. ー Katara assentiu sorrindo triste.
Os dois se puseram a olhar o horizonte tentando imaginar alguma possibilidade cabível do que poderia ter acontecido mas nada chegava em suas mentes.

Katara se afastou indo em direção da sala de mapas, a mesma onde procuravam tanto da última vez, que estava muito perto da escada.

ー Zuko! ー Ao ouvir o grito chamando-lhe, o moreno foi até sua direção. A sala tinha uma grande mesa no centro que por algum motivo agora estava completamente vazia. ー Esse pergaminho já tava lá? ー Disse apontando para um pergaminho bem no centro da mesa. Parecia-lhe familiar... Onde vira um igual antes?