Capítulo 2

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Depois que eu e Thomas fizemos amor várias e várias vezes, resolvemos parar por causa do cansaço mas sei que ele estava faminto. Mas mesmo assim, eu não conseguia tirar da mente aqueles olhos azuis frios me olhando e olhando minha bunda, ele era o melhor amigo do meu pai e com certeza tinha mais de vinte e cinco anos não poderia olhar para ele mesmo se eu quisesse, e como eu não gostei dele será fácil ao mesmo tempo odiá-lo.

Me levanto da cama me dirigindo até o banheiro, ligo o chuveiro e coloco uma música da Avril Lavigne. A água morna escorria pelo meu corpo limpando tudo pela frente e me senti bem de novo.

I'm standing on the bridge

I'm waiting in the dark
I thought that you'd be here by now
There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no sound

Canto o primeiro verso da música enquanto passo as mãos pelo meu cabelo macio e molhado, e os momentos de toda a minha vida passam como filme em minha mente.

Isn't anyone trying to find me?
Won't somebody come take me home?

Sorrio, quando o rosto da minha mãe passa pela minha mente.

It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere new 

I don't know who you are

But I, I'm with you

Abro meus olhos e fecho o chuveiro. Pego a toalha e enxugo meu corpo e meu cabelo, pego minhas roupas e saiu do banheiro. Volto para o quarto e não encontro Thomas, mas o Benjamin o melhor amigo do meu pai. 

- O que está fazendo aqui? - pergunto ríspida.

Ele me olha de cima a baixo e sinto minhas bochechas corarem quando ele demora o olhar em meu corpo, escuto ele abrir um sorriso rude e diz

- Seu pai quer falar com você - responde ele - Acho que o assunto tem a ver comigo.

Reviro os olhos.

- Se tratasse de você, ele mesmo teria falado com você - respondo no mesmo tom rude - Nada que tem a ver com você, pode ter a ver comigo.

Os olhos azuis dele pareciam está queimando como fogo, algo na minha voz fez algo dele se acender e ele vem até mim em passos largos e firmes. Nossos rostos estavam a centímetros e seu rosto estava vermelho, e percebo que ele está com raiva. Me fudi.

- Nunca fale assim comigo. Não sou seu pai mas poderia lhe dar um belo castigo por ser mal criada - diz ele, e parecia mais alto e minha cabeça batia em seu ombro.

- Você não tem direito de falar assim comigo. Um dia eu administrarei aquelas empresas e você trabalhará para mim - respondo no mesmo tom e raiva - Então não venha pagar de mandão comigo, porque não obedecerei. E você nunca na vida irá ser meu pai.

Aquilo bastou para ele ficar mais irritado e bater a porta com tanta força que senti a casa tremer. Quem ele pensa que é? O dono da máfia? Um assassino para falar daquele jeito comigo? Pois ele está muito enganado que irei aturar suas paranoias, e meu pai tem que saber do que aconteceu. Visto uma roupa e saiu do quarto decidida a contar tudo o que aquele porco maldito falou, decidida a mandar ele para a rua se for necessário.

Quando chego no escritório do meu pai, vejo Benjamin e ele conversando.

- Aquela menina é uma mal criada, Ivan - disse Benjamin, enfurecido pela raiva.

- Escuta, aqui Ben, você pode até ser o meu melhor amigo mas não tem o direito de falar desse jeito da minha filha. Um dia ela irá administrar as empresas e você terá que ensiná-la tudo que for necessário para que ela se de bem na empresa. Então, espero que possam se dá bem e serem bons profissionais e amigos, estamos entendidos?

Benjamin demorou alguns segundos para assentir.

- Ótimo, agora vá pedir desculpas - diz meu pai, autoritário.

Agora sim você está no seu devido lugar. 

Fico encostada na parede esperando Benjamin. E quando ele aparece, ele me olha e semicerra os olhos e vai embora sem pedir desculpas e emitir um único som, que babaca! A raiva toma conta de mim e corro até ele, lhe dando um chute no saco fazendo o mesmo cair no chão com dor.

- Quero as minhas desculpas - digo, firme e brava.

Benjamin se levanta com dificuldade e diz

- Eu que quero desculpas, sua maluca - retruca ele gemendo de dor.

Reviro os olhos e cruzo os braços.

- E além de mal criada é enxerida - murmura ele e minha raiva aumenta.

- E além de babaca é um porco - retruco.

Ele levanta uma sobrancelha e solta uma risadinha sarcástica.

- Eu vi o modo como olhou para minha bunda - digo, semicerrando os olhos.

- Aquilo? - balbuciou Benjamin - Eu sempre faço isso.

Levanto a sobrancelha, confusa.

- Sempre faço isso com as mulheres - diz ele - E sua bunda parece ser muito gostosa - ele faz uma cara maliciosa e lhe dou um tapa no rosto.

- Nunca mais fale da minha bunda e nunca mais olhe para qualquer outra parte do meu corpo - respondo, irritada.

- Seu corpo é delicioso, como não serei capaz de olhar? - pergunta ele, com um meio sorriso.

- Olha, este corpo aqui já tem dono. Meu namorado - digo.

- Mesmo esse cara sendo seu namorado, ele não é dono de nada seu. Você é dona do seu próprio corpo, mente e destino, você é dona de si mesma e se valorize mais, Rebecca - responde ele, e suas palavras foram como um soco em meu estomago. E o som do meu nome saindo de sua boca, é como uma linda melodia.

Benjamin sorrir de lado sem mostrar os dentes e vai embora sem olhar para mim. Fico lá parada com a boca aberta e sem palavras. Ele me deixou surpresa com suas palavras mas ainda sim não passa de um babaca.


(Benjamin na foto)

𝑶 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐 𝒅𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑷𝒂𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora