Depois que eu e Thomas fizemos amor várias e várias vezes, resolvemos parar por causa do cansaço mas sei que ele estava faminto. Mas mesmo assim, eu não conseguia tirar da mente aqueles olhos azuis frios me olhando e olhando minha bunda, ele era o melhor amigo do meu pai e com certeza tinha mais de vinte e cinco anos não poderia olhar para ele mesmo se eu quisesse, e como eu não gostei dele será fácil ao mesmo tempo odiá-lo.
Me levanto da cama me dirigindo até o banheiro, ligo o chuveiro e coloco uma música da Avril Lavigne. A água morna escorria pelo meu corpo limpando tudo pela frente e me senti bem de novo.
I'm standing on the bridge
I'm waiting in the dark
I thought that you'd be here by now
There's nothing but the rain
No footsteps on the ground
I'm listening but there's no soundCanto o primeiro verso da música enquanto passo as mãos pelo meu cabelo macio e molhado, e os momentos de toda a minha vida passam como filme em minha mente.
Isn't anyone trying to find me?
Won't somebody come take me home?Sorrio, quando o rosto da minha mãe passa pela minha mente.
It's a damn cold night
Trying to figure out this life
Won't you take me by the hand?
Take me somewhere newI don't know who you are
But I, I'm with you
Abro meus olhos e fecho o chuveiro. Pego a toalha e enxugo meu corpo e meu cabelo, pego minhas roupas e saiu do banheiro. Volto para o quarto e não encontro Thomas, mas o Benjamin o melhor amigo do meu pai.
- O que está fazendo aqui? - pergunto ríspida.
Ele me olha de cima a baixo e sinto minhas bochechas corarem quando ele demora o olhar em meu corpo, escuto ele abrir um sorriso rude e diz
- Seu pai quer falar com você - responde ele - Acho que o assunto tem a ver comigo.
Reviro os olhos.
- Se tratasse de você, ele mesmo teria falado com você - respondo no mesmo tom rude - Nada que tem a ver com você, pode ter a ver comigo.
Os olhos azuis dele pareciam está queimando como fogo, algo na minha voz fez algo dele se acender e ele vem até mim em passos largos e firmes. Nossos rostos estavam a centímetros e seu rosto estava vermelho, e percebo que ele está com raiva. Me fudi.
- Nunca fale assim comigo. Não sou seu pai mas poderia lhe dar um belo castigo por ser mal criada - diz ele, e parecia mais alto e minha cabeça batia em seu ombro.
- Você não tem direito de falar assim comigo. Um dia eu administrarei aquelas empresas e você trabalhará para mim - respondo no mesmo tom e raiva - Então não venha pagar de mandão comigo, porque não obedecerei. E você nunca na vida irá ser meu pai.
Aquilo bastou para ele ficar mais irritado e bater a porta com tanta força que senti a casa tremer. Quem ele pensa que é? O dono da máfia? Um assassino para falar daquele jeito comigo? Pois ele está muito enganado que irei aturar suas paranoias, e meu pai tem que saber do que aconteceu. Visto uma roupa e saiu do quarto decidida a contar tudo o que aquele porco maldito falou, decidida a mandar ele para a rua se for necessário.
Quando chego no escritório do meu pai, vejo Benjamin e ele conversando.
- Aquela menina é uma mal criada, Ivan - disse Benjamin, enfurecido pela raiva.
- Escuta, aqui Ben, você pode até ser o meu melhor amigo mas não tem o direito de falar desse jeito da minha filha. Um dia ela irá administrar as empresas e você terá que ensiná-la tudo que for necessário para que ela se de bem na empresa. Então, espero que possam se dá bem e serem bons profissionais e amigos, estamos entendidos?
Benjamin demorou alguns segundos para assentir.
- Ótimo, agora vá pedir desculpas - diz meu pai, autoritário.
Agora sim você está no seu devido lugar.
Fico encostada na parede esperando Benjamin. E quando ele aparece, ele me olha e semicerra os olhos e vai embora sem pedir desculpas e emitir um único som, que babaca! A raiva toma conta de mim e corro até ele, lhe dando um chute no saco fazendo o mesmo cair no chão com dor.
- Quero as minhas desculpas - digo, firme e brava.
Benjamin se levanta com dificuldade e diz
- Eu que quero desculpas, sua maluca - retruca ele gemendo de dor.
Reviro os olhos e cruzo os braços.
- E além de mal criada é enxerida - murmura ele e minha raiva aumenta.
- E além de babaca é um porco - retruco.
Ele levanta uma sobrancelha e solta uma risadinha sarcástica.
- Eu vi o modo como olhou para minha bunda - digo, semicerrando os olhos.
- Aquilo? - balbuciou Benjamin - Eu sempre faço isso.
Levanto a sobrancelha, confusa.
- Sempre faço isso com as mulheres - diz ele - E sua bunda parece ser muito gostosa - ele faz uma cara maliciosa e lhe dou um tapa no rosto.
- Nunca mais fale da minha bunda e nunca mais olhe para qualquer outra parte do meu corpo - respondo, irritada.
- Seu corpo é delicioso, como não serei capaz de olhar? - pergunta ele, com um meio sorriso.
- Olha, este corpo aqui já tem dono. Meu namorado - digo.
- Mesmo esse cara sendo seu namorado, ele não é dono de nada seu. Você é dona do seu próprio corpo, mente e destino, você é dona de si mesma e se valorize mais, Rebecca - responde ele, e suas palavras foram como um soco em meu estomago. E o som do meu nome saindo de sua boca, é como uma linda melodia.
Benjamin sorrir de lado sem mostrar os dentes e vai embora sem olhar para mim. Fico lá parada com a boca aberta e sem palavras. Ele me deixou surpresa com suas palavras mas ainda sim não passa de um babaca.
(Benjamin na foto)
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𝑶 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐 𝒅𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑷𝒂𝒊
RomanceBecca é divertida, marrenta, linda e muito corajosa. Cursa jornalismo em uma das faculdades da Califórnia. Seu pai é dono de uma das maiores empresas de Jornalismo do mundo, e com isso em vantagem, Becca parte de volta para Nova York para trabalhar...