Capítulo 4

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Na hora do almoço, eu e Ethan nos encontramos pelos corredores e ficamos rindo de como o sob chefe dele é engraçado com seu nariz enorme. Quando chegamos no refeitório, Benjamin e meu pai estavam almoçando com outros chefes e incluindo a garota que estava na sala de Benjamin. Ela lançava olhares de gato para meu pai enquanto dava em cima de Benjamin e outros chefes, aquilo me deu nojo.

- Becca quero que conheça Mayumi - diz Ethan, a uma garota de cabelos pretos longos, olhos levemente puxados e castanhos, pele levemente pálida e tinha um ar frio - Mayumi essa é a Rebecca, a filha do Ivan.

A garota arregalou seus olhos puxados para mim, como Ethan fez. Para ela eu era alguma alma ou anjo da morte, sua pele ficou mais branca que o normal.

- Oi - digo, estendendo a mão.

Mayumi olhou da minha mão para meu rosto e abriu um sorriso singelo, aceitando minha mão.

- Oi - responde ela sorrindo - Já ouvi falar muito de você.

- Não é todo dia que a filha do chefe começa a trabalhar aqui - respondo, soltando um risinho.

Mayumi assente, sorrindo. Me sento ao seu lado e Ethan senta de frente para mim, do outro lado de Mayumi. Ethan contou como eles se conheceram e como Mayumi deu em cima dele mesmo ele dando avisos de que era gay. Gargalhei tanto que todos do refeitório olharam para mim, inclusive Benjamin e a cara do demônio. A garota ao seu lado revirou os olhos e voltou a conversar com outras pessoas, mas Benjamin não tirava os olhos de mim e desviei os olhos para meu pai que olhava atentamente para Mayumi. Olhei para a mesma e ela prestava atenção em Ethan ou fingia dá. Não ousei olhar de volta para Benjamin e papai, preferi comer.

Então, as poucas conversas que voltavam a circular pararam novamente. E senti vários olhares para mim, e quando eu ia olhar para ver o que era duas mãos cobrem meus olhos.

- Oi - sussurra Thomas no meu ouvido, fazendo um sorriso largo surgir no meu rosto - Vira-se.

Thomas tira as mãos dos meus olhos e me viro de frente para ele, então dou de cara com uma caixinha com uma anel de diamante na minha frente e Thomas de joelho.

- Rebecca Clark, quer se casar comigo? - pergunta ele, e lágrimas surgem nos meus olhos. Escuto garotas ficando emocionadas e inclusive Mayumi, menos Ethan que olhava fixamente para Thomas.

- Sim, aceito - respondo, chorando. Thomas se levanta prestes a chorar e coloca o anel no meu dedo e me beija, apaixonadamente.

Escuto aplausos e uivos das pessoas. Me separo de Thomas mas ficamos abraçados sorrindo e conversando apenas pelo olhar. Desvio o olhar do dele e vejo meu pai aplaudindo e sorrindo para mim, assinto com o olhar e vejo Benjamin olhando tudo com um sorriso presunçoso no rosto, ele balança a cabeça em forma de parabéns e assinto com a cabeça. Volto para os meus novos amigos e Mayumi começa a chorar e aplaudir, sorrio para ela mas o sorriso logo sai do meu rosto ao ver Ethan. Ele olhava fixamente para Thomas que olhava para ele também, com uma sobrancelha levantada. Mayumi olhava para Ethan e o fez sair do refeitório para conversarem. Volto a atenção para as pessoas que vinham parabenizar. Mas não conseguia parar de pensar em Ethan.

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Encontro Mayumi e Ethan sentados do lado de fora no jardim da empresa, me aproximo deles e me sento perto de Ethan. Ele me olha e parecia envergonhado e Mayumi suspira e diz:

- Ethan acha que se apaixonou pelo seu noivo - diz ela.

- Não acho, eu tenho certeza, Mayumi! - grita Ethan, me assustando - Não queria que isso acontecesse, Becca.

- Ninguém se apaixona a primeira vista - resmunga Mayumi.

- Você não pode dizer nada, porque está apaixonada pelo I... - Ethan interrompe e Mayumi olhava para ele, o repreendendo.

- Esqueçam isso, gente. E Ethan eu te perdoo por isso, mas espero que não pule a cerca - digo e saiu de lá.

Eu sei que ele é gay, mas nunca pensei que isso iria acontecer justo com Thomas, o meu noivo. E Thomas só olhou para ele rapidamente não teve nenhum sentimento em seu olhar, pelo que sei. Só espero que nada saia do controle, principalmente Ethan e Thomas. Bem... eu não acho que Thomas seja gay, se ele fosse ele teria me contado e teríamos terminado mas não há com o que me preocupar já que nada disso não aconteceu. Ainda.

- O que será que se passa na cabeça dessa noiva pensativa? - sou tirada dos pensamentos pela voz sensual de Benjamin - Será que está pensando em rejeitar o noivo?

- Cala a boca, não é nada disso - respondo, ríspida.

- Não sabia que a gatinha tinha garras - responde Benjamin, com sua risadinha irritante.

Reviro os olhos e digo:

- Olha, hoje não tenho tempo para brincadeiras. Então arrume outra pessoa.

- Me divirto tanto te irritando - responde ele, entrando no elevador comigo.

Cruzo os braços e mantenho distância o suficiente de Benjamin e de seu olhar de gato, que tanto me irritavam.

- Olha, sei que não sou a sua pessoa favorita mas não sou um monstro também - diz ele, puxando assunto.

- Para mim parece - respondo, olhando para meu sapato.

Escuto Benjamin soltar uma risadinha e dizer:

- Aí está a minha Rebecca - responde ele, sorrindo e olhando para mim antes de sair do elevador e sumir entre os corredores.

Aí está a minha Rebecca.

As palavras de Benjamin soaram como sussurros abafados na minha mente, e percebi que não conseguiria tirar aquilo mais da minha cabeça. Suspiro e chego no meu andar, ando até minha sala e entro na mesma fechando a porta. Vou até meu computador e abro o mesmo, ligo a tela e adiciono o número da Laryssa, minha melhor amiga de Los Angeles. 

Clico em chamada de vídeo e espero ela atender. E finalmente aparece a minha loira maluca.

- Esqueceu que tem amiga? - pergunta a mesma, me fazendo rir.

- Oi para você também - respondo, ainda rindo.

- Como estão as coisas? - pergunta a ela e conto tudo desde a minha chegada até a ceninha estranha no elevador.

- E agora não sei o que fazer - digo no final do meu discursso.

- Isso daria uma ótima fanfic - responde ela sorrindo - Mas acho que rola uma química entre você e o Benjamin.

- Eu não vejo isso - digo.

- Seu amor é tão grande pelo meu irmão que não consegui mais notar quem é afim de você - responde ela - E meu irmão não parece ser gay, ele nunca mostrou ser.

- Também não acho, e fique sabendo que se mesmo for verdade essa história de "química" eu nunca trairia Thomas - respondo.

- Eu sei disso, Becca. Mas eu te perdoaria se traísse meu irmão porque só quero te ver feliz com a pessoa certa - diz ela.

E por fim, Benjamin chega com mais trabalho.


(Thomas na foto) 

𝑶 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐 𝒅𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑷𝒂𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora