Capítulo 3

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No dia seguinte, Benjamin e meu pai me ensinaram tudo que eu tinha que fazer na empresa. No começo tudo estava perfeito, até que meu querido pai disse a seguinte frase que fez meu mundo cair.

- Você será secretária pessoal do Ben - disse meu pai e o sorriso presunçoso apareceu no rosto de Benjamin, ele estava rindo de mim.

- Não posso ser secretária de outra pessoa? - pergunto, urgente.

- Bem, tem outras pessoas daqui que precisam - responde meu pai e um sorriso de alívio aparece em meu rosto - Mas terá que ficar com o Ben por um tempo até aprender tudo.

O sorriso logo desapareceu do meu rosto dando lugar para uma carranca, meu pai sorriu ao ver minha carranca e piscou para Ben e foi embora me deixando sozinha com o porco maldito que me olhava como se eu fosse um lindo banquete, dou um sorriso irônico e ele sorrir mostrando seus dentes brancos perfeitamente alinhados. Se eu não tivesse um namorado e fosse uma vadia prostituta com certeza teria atacado ele bem ali.

- Vamos nos divertir muito - diz Benjamin com um sorriso malicioso nos lábios e fazendo um gesto no dedo para seguir ele igual um cachorrinho, mas não estava afim de ser chata então fui com ele.

- Cala a boca e me mostre logo os lugares - resmungo.

- Os lugares da empresa ou o lugar que fica no Sul? - pergunta ele, malicioso. Reviro os olhos e respondo

- Olha, isso está totalmente errado - respondo parando nós dois de andar.

- O que está errado, Rebecca? - pergunta ele, cruzando os braços.

- Em primeiro lugar, eu tenho namorado. E segundo, você é o melhor amigo do meu pai e terceiro, você é velho - respondo, fazendo careta quando falei velho.

- Eu só tenho trinta anos. E dai que sou melhor amigo do seu pai? Já peguei várias amigas dele. E seu namorado não ia ligar se eu provasse um pouco de você.

Reviro os olhos e cruzo os braços.

- Você é um porco sabia? - pergunto.

- Pra sua sorte, hoje estou bastante calmo. Pode me chamar do que quiser nada irá me irritar - responde ele, andando como se fosse o dono do mundo.

Sorrio de lado e apresso os paços para acompanhar ele. Benjamin me mostra todos os lugares da empresa e inclusive a ala que as pessoas usam para fazer amassos, será que em todos os lugares tem que ter um cômodo para fazer sexo? Acho que sim. Quando estávamos indo para o meu escritório, muitas meninas que passavam por nós davam risinhos e piscadelas para Benjamin como um convite, reviro os meus olhos e volto a caminhar sem encarar as meninas. Sinto os olhos de Benjamin sobre mim, e seu sorriso presunçoso estava óbvio a pergunta.

- Não, não estou com ciúmes - respondo sua pergunta silenciosa e continuo olhando para frente sem me dá o trabalho de encarar os olhos de Benjamin novamente sobre minha bunda.

Idiota, idiota, idiota!

- Aqui é seu escritório, e por favor não faça nenhuma bagunça - diz ele dando ênfase na palavra bagunça, reviro os olhos e entro na sala.

Tudo ali era moderno e chique, meu pai e minha mãe fizeram um ótimo trabalho. Quando volto a olhar Benjamin, seu corpo estava escorado no batente da porta e me observando como um predador prestes a atacar sua presa. Seus olhos estavam intensos e brilhantes e tudo ao nosso redor parou até eu e Benjamin. Ele me despia somente com os olhos e senti os olhos dele atravessando meu suéter, sutiã, carne, coração e por fim minha alma, e depois nossos olhares de encontraram e seu sorriso sumiu. Alguma coisa puxava nós dois, podíamos sentir mas não queríamos admitir para nós mesmos.

𝑶 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐 𝒅𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑷𝒂𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora