Capítulo 24

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No dia seguinte, fui a última da casa acordar e não me surpreendi por ver Emma entrar no quarto me avaliando.

- Ouvi você chorar ontem a noite e sei que não está bem - diz ela se sentando na cama - Ainda ama ele não é?

Não queria falar sobre aquilo mas eu o ainda amava com todo o meu ser, mesmo com suas burradas, suas chatices, suas brincadeiras e todos os outros defeitos eu o amava demais e talvez nunca deixaria de amá-lo mesmo se tentasse. Então assenti para Emma.

- Amiga, sendo sincera, eu acho que devia dá um tempo neste relacionamento sabe? Não é que eu não queira ver você feliz mas seu coração ainda está machucado e Ben precisa escolher se vai ficar com você ou a Megan. Então, deixe as coisas acontecerem naturalmente e tente viver um pouco mesmo que essa dor te faça ficar triste - diz ela.

Emma tinha razão, devia dá um tempo para mim e Ben. Ele com certeza estaria estressado e quisesse um tempo sozinho, como eu queria então não faria mal dá alguns meses para nós dois pensarmos. Então decidi ficar uns meses em Paris, já que nunca vim aqui antes.

- Vou ficar por uns meses, será que podemos? - pergunto.

- Claro - responde Emma sorrindo.

Sorrimos uma para a outra e a porta foi aberta, revelando Patrick segurando uma bandeja com um prato de bolo de chocolate, suco de manga e uma maça que parecia deliciosa. Meu estomago fez um barulho quando viu a bandeja fazendo Emma, eu e Patrick rir.

- Está com fome, senhorita Clark? - pergunta Patrick, formal.

- Muita, senhor Will - respondo rindo um pouco.

Patrick sorrir e coloca a bandeja no meu colo, agradeço e Emma se levanta mostrando que tinha uma ligação para fazer e me deixa sozinha com Patrick. Pego o garfo, pego um pedaço de bolo e coloco na boca sentindo o sabor delicioso de chocolate derretendo na boca por conta da cobertura, flagro Patrick me olhando divertido fazendo um sorriso escapar do meu rosto o fazendo rir.

- Está gostoso? - pergunta ele.

- Muito - respondo - Quem fez?

- Eu mesmo - responde ele e o olho impressionada, e o mesmo rir na minha cara - Brincadeira, minha mãe fez.

Rio e volto a colocar outro pedaço de bolo na boca.

- Cadê suas irmãs? - pergunto, tomando um gole de suco depois de engolir o pedaço.

- Uma foi para a faculdade e a outra para a escola - responde ele.

- Você não estuda? - pergunto.

- Eu estudo sim mas é online sabe? Faço curso - responde ele - E você?

- Eu estudo online agora porque vim trabalhar na empresa do meu pai como te falei - respondo - Mas tirei umas férias, era muito corrido. E daqui a pouco irei estudar.

- Pensei que ia sair comigo para conhecer Paris - comenta ele e o olho com uma sobrancelha arqueada.

- Não me falou nada disso ontem - respondo, mastigando de forma educada o pedaço de bolo.

- Tive a ideia agora, mas você vai né? - pergunta ele.

Patrick abriu um sorriso que me fez dizer sim para ele, o sorriso dele teve esse efeito sobre mim ontem e agora e nunca mais consegui dizer não para ele. Mas eu gostava de sua amizade, era divertida e brincalhona. Ficamos conversando por mais um tempo e o chutei do quarto para tomar banho e me arrumar, tomei meu banho e vesti uma roupa que comprei em Nova York que era perfeita para a ocasião. E percebi que não pensei em Benjamin em nenhum segundo quando passava ao lado de Patrick, eu simplesmente o esquecia e talvez fosse isso que eu precisava.

Depois de me arrumar, desci as escadas e dei de cara com os pais de Patrick que ficaram encantados comigo.

- Está tão linda - diz Violet beijando minha bochecha.

- Obrigada - respondo sorrindo.

- Aonde vai? - pergunta Raul.

- Eu vou ser o guia turístico da Becca pai - responde Patrick por mim quando desce as escadas e para do meu lado com seu sorriso de criança travessa me olhando.

- Está bem, divirtam-se e não façam nada que eu não faria - diz Violet.

- Mamãe! - censura Patrick, fazendo Violet e eu rimos - Está pronta para a aventura?

- Sempre estou - respondo sorrindo e Patrick sorrir junto.

Patrick me mostrou a Torre Eiffel, o Museu do Louvre, Catedral de Notre-Dame de Paris e vários outros pontos turísticos de Paris que eram simplesmente incríveis. Tiramos fotos engraçadas, sérias, divertidas e algumas para imitar os casais que por ali tiravam fotos sem nos perceber, essa viagem foi os melhores momentos da minha vida.

Paramos para almoçar em um dos restaurantes de Paris, chamado Le New York e parecia muito com os de Nova York mesmo. Pedi o mesmo prato de Patrick que era muito difícil de pronunciar o nome, mas tentei de todas as formas aprender mas era difícil.

- Está solteira? - pergunta Patrick, fazendo o garfo com a comida que estava na minha mão cair no prato fazendo um barulho estridente ecoar no restaurante e várias pessoas olharem para nós. Minha cara logo ficou vermelha de vergonha mas tentei voltar ao normal.

- Sim estou - respondo.

Temporariamente.

Completo mentalmente.

- Eu também estou, mas minha mãe fica toda hora empurrando as filhas das suas amigas para mim - responde ele.

- Nenhuma era boa para você? - pergunto, montando a comida de volta no garfo.

- Não é isso, mas não nenhuma era a garota certa para mim - responde ele.

- E que tipo de garota seria certa para você? - pergunto.

- Posso ser sincero? - pergunta ele.

Fiz que sim e ele responde:

- Garotas como você exatamente seria as certas para mim - responde ele - Mas a que está na minha frente seria a ideal.

Meu rosto ficou vermelho e os olhos de Patrick tinham um brilho diferente e meu coração se aqueceu ao ouvir aquilo. Comemos e conversamos sobre tudo: amigos, trabalhos, estudos e sobre namoro mas em nenhum momento lembrei de Benjamin, era como se ele estivesse nunca estado ali antes e me sentia leve por mais ruim da minha parte, eu me sentia muito melhor na presença de Patrick do que no ar intrigante de Benjamin.

𝑶 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐 𝒅𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑷𝒂𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora