Capítulo 11

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Orientação: Clique na música e desfrute este capítulo romântico. 

Benjamin caminhava em minha direção, com os olhos de lente de contato dourados fixamente nos meus olhos azuis. Seus passos eram ágeis e desviavam dos outros pés com facilidade, senti meu coração bater mais forte a cada passo que ele dava em minha direção como se eu fosse a sua presa que ele vigiava a horas. Tentei me afastar mas meus pés não me obedeciam, estavam petrificados no chão. Então, Benjamin estava na minha frente com uma mão estendida perto do meu rosto com uma pergunta silenciosa: "Quer dançar?"

Meus instintos diziam não mas o meu coração dizia outro, e como os conselhos que eu ouvi era seguir o coração assim o fiz. Coloquei minha mão delicadamente sob a palma quente da mão de Benjamin, seus dedos se fecharam ao redor da minha mão e me guiava pela multidão até a pista de dança. As pessoas pararam de dançar e se afastaram ao me ver com Benjamin, fiquei de frente para ele sem parar de encarar seus olhos dourados que brilhavam e refletiam os meus. Sua mão ergueu a minha ainda segurando a sua, sua outra mão foi direto para minha cintura e um arrepio subiu pela minha coluna. Coloquei minha outra mão sob seu ombro largo e começamos a dançar suavemente ao som de Photograph  do Ed Sheeran em piano.

- Por que me convidou para dançar? - pergunto.

- Porque eu quis - respondeu ele, simplesmente.

- Mas tem tantas moças no salão, por que justo a mim? - pergunto outra vez, enquanto ele me girava e me puxava delicadamente de volta para ele.

- Eu simplesmente... não sei - respondeu ele, sem me olhar nos olhos - E eu mereci aquele grito.

Olho para ele sem entender e ele continua:

- Mereci muito aquele grito - diz ele.

- Mereceu mesmo, no entanto você mereça mais do que isso - respondo.

Benjamin sorriu e diz:

- Pode gritar quantas vezes quiser comigo, não irei brigar - diz ele, sorrindo.

- Irei fazer isso toda vez que fizer algo errado ou dizer - respondo.

- Combinado - concorda ele, me girando e depois de volta para ele.

Benjamin agora olhava intensamente para mim, nossos rostos próximos e nossas respirações próximas.

- Chapeuzinho vermelho é sua fantasia adequada - diz ele.

- E lobo mau é sua fantasia adequada - respondo estudando cada traço e linha de seu rosto.

- Becca, posso compartilhar um pensamento com você? - pergunta ele.

- Claro - respondo.

- Quando entrei aqui, a primeira pessoa que vi foi você. Seus olhos azuis cintilantes olhavam fixamente para os meus e senti todo meu corpo se arrepiar com seu olhar me examinando e olhando cada passo que eu dava. Me senti a pessoa mais importante do mundo e meu coração começou a bater muito forte, e ele sempre faz isso quando lhe vejo e não sei o motivo disso acontecer - diz ele olhando meus olhos que parecia existir apenas nós no salão - Eu realmente não sei o que está acontecendo e queria muito saber, mas quando estou com você todas as dúvidas e pensamentos vão embora e só resta você. Só você.

Meu coração batia tão forte no meu peito que podia sair do meu peito. Benjamin olhava para meus olhos e depois para minha boca e senti uma vontade estranha percorrer meu corpo era como se eu estivesse desejando... beijá-lo, eu acho. E percebi que ele também sentia a mesma coisa seu corpo se arrepiava contra o meu.

- Queria que você estivesse aparecido em outra vida, assim tudo seria mais fácil para nós - diz ele e concordei com a cabeça e me inclinei mais para frente olhando no fundo dos seus olhos pude ver uma lágrima.

- Eu também, Ben - respondo em sussurro e o abraço forte e suas mãos largas e fortes rodearam minha cintura e costas, e senti seu rosto se enterrar em meu pescoço. Por alguma razão, o ódio que eu sentia dele foi embora e deu lugar ao algo novo que não sabia o que era.

Ajeito minha boca para aperto de sua orelha e sussurro:

- Você tinha razão sobre o amor, Ben. Ele pode sim ser um veneno muito forte ao ponto de machucar e matar - sussurro e sinto os cabelos de sua nuca se arrepiarem - Porque estou sentindo isso agora.

E era verdade. Eu sentia meu coração queimar no meu peito como algo o contaminando, Ben levantou seu rosto do meu pescoço e olhou para mim e enxugou uma lágrima que descia da minha bochecha, sua mão tinha o cheiro do meu perfume. E eu queria sair dali o mais rápido possível, Ben então perguntou:

- Quer sair daqui? - perguntou ele.

Assenti e Ben puxou minha mão e me levou até a saída, chegamos em seu carro e entrei no mesmo e ele entrou junto e dirigiu até uma casa. Quando paramos em frente a mesma, fiquei boquiaberta pelo tamanho da casa e parecia mais uma mansão que dava a vista mais linda da cidade. Desci do carro e Ben atrás, nós dois caminhamos até a porta e entramos.

Tudo era lindo por dentro e por fora, e me sentia em um conto de fadas. Tirei a capa vermelha e caminhei até o sofá sentei na mesma e Ben do meu lado.

- A festa estava linda -,comenta ele.

- Obrigada - respondo.

- Por algum motivo, eu não te odeio mais - diz ele se levantando e tirando a jaqueta.

- É, eu também - murmuro.

Ben conversou comigo um pouco e me contou tudo sobre sua família que me ajudou a me distrair. Ele tinha uma irmã caçula de vinte e sete anos que estava casada e tinha um filho de quatro anos chamado, Nathaniel. Seus pais e sua irmã moravam no Canadá e veio trabalhar em Nova York para fugir das moças que sua mãe arrumava para ele se casar. Rir com isso e ele contou que pretendeu se casar uma vez mas depois disso nunca mais e ele nem quis me contar o motivo e deixei para lá.

Ben me deixou dormir ali, e nem fez nada contra minha vontade. E talvez ele não era o porco maldito que eu tanto desprezava antes, aquilo poderia ser apenas uma máscara escondendo o homem carinhoso e atencioso que era. Tomei banho e vestir uma camisa que ele me deu e dormir na cama enorme no quarto de hospedes e pensei nos momentos da festa a fantasia com Ben, que foram lindos e... românticos.

𝑶 𝑴𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝑨𝒎𝒊𝒈𝒐 𝒅𝒐 𝑴𝒆𝒖 𝑷𝒂𝒊Onde histórias criam vida. Descubra agora