Capítulo 2

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A nossa frente estava uma carruagem real, com um Leão em ouro desenhado em suas laterais, com ela uma garota de uns 15 anos e cabelos dourados, com vestes de batalha acompanhada de uma jovem de um pouco mais que 20 anos com um belo vestido verde q...

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A nossa frente estava uma carruagem real, com um Leão em ouro desenhado em suas laterais, com ela uma garota de uns 15 anos e cabelos dourados, com vestes de batalha acompanhada de uma jovem de um pouco mais que 20 anos com um belo vestido verde quase medieval. Me curvei diante delas

_ Rainha Lúcia, A Destemida, Aslam nos enviou.

Diego ao invés de se curvar apenas andou em direção a mais velha a segurou pelo pulso e a puxou dizendo.

_ Pronto hora de ir pra casa, a aventura acabou.

_ O que você está fazendo? - questionou a mais jovem -.

_ Pra que lado? - perguntou para a garota, enquanto eu me levantava me voltando para ele -.

_ Essa não é a rainha, e Aslam nos enviou para ajudá-la e não levá-la para casa - ele soltou o braço da mais velha que o olhava assustado -.

_ Ela é uma criança - disse ele se sentando em uma pedra -.

_ Não seja por isso você pode voltar em alguns anos se quiser - eu disse com um meio sorriso desafiador enquanto Lúcia nos encarava confusa, me voltei a ela - Aslam disse mais, disse que coragem sem sabedoria às vezes é perigosa, talvez devêssemos falar com seus irmãos. 

_ Não seja por isso - disse uma jovem surgindo por entre as árvores ela parecia ter a minha idade, alta e esbelta, de cabelos negros e compridos -.

_ Susana - exclamou Lúcia -.

_ O que faz aqui? - perguntou Lúcia -.

_ Não pense que sou como nossos irmãos, você não passaria despercebida por mim nem se tentasse.

_ Majestade - disse eu em uma breve reverência -.

_ De onde vocês são? - questionou Lúcia -.

_ Brasil, majestade - a respondi.

_ Acho que a pergunta certa seria, de quando? - disse Susana -.

_ Em que ano vocês passaram pelo guarda roupas mesmo? - questionei.

_ Como você sabe? - questionou Lúcia -.

_ 1940 - respondei Susana de imediato -.

_ Acho que são mais ou menos 70 anos.

Diego assoviou. Imagine só passar por um guarda roupas e perceber que se passaram 70 anos do lado de fora.

_ Beleza, somos todos amigos, mas o que estamos fazendo aqui - disse Diego irritado com o andamento da conversa -.

_ Beleza? - ouvi Lúcia questionando em voz baixa -.

_ Acho que isso Lúcia terá que nos contar - disse Susana tão curiosa quanto nós -.

_ Um Rei Telmarino, dos reinos do oeste, Caspian I, iniciou uma Guerra contra Nárnia, por que neguei me casar com um de seus filhos, toda a área daqui até os bosques do ocidente, foram evacuadas por causa dos constantes ataques dos exércitos inimigos. O rei se nega a retroceder com os ataques sem que eu aceite o pedido de casamento. Decidi ir de frente para com o inimigo, seu problema é comigo então que o resolvemos em um conclave.

_ Não seria melhor chamar por Aslam? - perguntei -.

_ Foi exatamente o que eu lhe perguntei - disse a moça que a acompanhava, deixando o som de sua voz ser ouvido pela primeira vez -.

_ Aslam não precisa ser incomodado em problemas como esse - disse Lúcia incisiva -.

_ Sabe, ele não precisa, mas ele gosta que lhe peçam, que o chamem. - respondi -.

_ Se Aslam quisesse interferir tinha vindo em pessoa e não nos chamado - disse Diego e eu lembrei daquilo que Aslam havia me dito " Alguns estão aqui para aprender mais do que outros" e me calei, deixe que aprendam

_ Você não tem intenções de declinar em sua decisão, não é, minha real irmã? -  Lúcia apenas acenou negativamente - então deixe-me que lhe acompanhe em sua empreitada.

E foi ali ouvindo suas vozes, mas, não entendendo nada do que diziam, sob a parca luz que era encoberta pelas as nuvens que vinham do norte como um sinal de mau presságio, tendo apenas a visão de um céu limpo, como um caminho que levava até Cair Paravel, enxergando dali apenas o grandioso Pico da Tempestade eu cheguei a conclusão que aquela não era a minha missão e me apressei para partir em minha jornada.  Agora pensando bem, acho que em qualquer lugar de Nárnia que esteja, poderia se ver o pico da tempestade.

_ Onde estamos? - perguntei interrompendo o farfalhar de vozes, fosse o que fosse -

_ Nos limites dos bosques ocidentais e a ponte de pedra - respondeu Lúcia -.

_ Ou seja, se eu seguir em linha reta em direção ao leste chego em Cair Paravel?

_Sim, por que? - desta vez foi Susana a responder-.

_ Por que, creio que já seja tempo mais do que suficiente para que seus irmãos deem falta das duas, e alguém deveria voltar para avisá-los. 

_ Isso é verdade, havia me esquecido deste detalhe - disse Susana -.

_ Eu vou, em linha reta em direção ao leste, Diego as acompanhará. 

_ É o que? NÃO! Você não vai a lugar nenhum sozinha - exclamou Diego -.

_ Não há com o que se preocupar, dali para frente o reino vive em paz, eu não tenho intenções de deixar minha real irmã, ela vai no meu cavalo - disse Susana se voltando para mim -  ele te levará onde você precisa ir em segurança .

_ Viu, quem estará em risco é você que seguirá com elas, em direção ao problema, se preocupe com você, continue vivo até eu voltar, alguém precisa ir e é melhor que seja eu, essa missão sempre foi sua, desde o começo. 

_ Fácil falar - disse ele me abraçando - cuide-se.

_ Você também - disse eu com a mão em seu ombro olhando em seus olhos -.

Segui em direção à Lúcia e Susana que preparavam o cavalo, elas cochichavam e riam, e quando eu cheguei se aquietaram.

_ Já cavalgou antes? -perguntou Susana -.

_ Não, mas é apenas mais um desafio no meio de muitos, certo? - disse eu em um meio sorriso -.

_ Seu namorado é bem cuidadoso - disse Lúcia com um sorriso zombeteiro -.

_ Lúcia! Não seja indiscreta - repreendeu Suzana -.

_ Quem? Ele? Não é meu namorado, somos amigos. - disse eu rindo com as sobrancelhas arqueadas em indignação  -.

_ Se você diz - disse Lúcia me ajudando a me firmar no cavalo, Susana se aproximou do cavalo acariciando seu rosto e disse docemente-.

_ Leve-a até Cair Paravel.

Dito isso o cavalo se pôs a correr, e com o pinote do cavalo eu tive que me firmar bem na cela, pois quase fui ao chão, quanto mais longe íamos, deixando para trás os bosques Ocidentais, mais vida a terra tomava. Ninfas passeavam por entre as árvores levando consigo as flores, e animais falantes passavam por seus caminhos conversando daqui pra lá. Levou um dia inteiro até chegarmos ao castelo sobre as rochas de Cair Paravel, a noite já se anunciava sobre nós com a luz das estrelas, que agora pude apreciar com mais calma sob o leve cantarolar da sereias na costa e os animais livres de Nárnia que andavam de um lado para o outro em suas vidas pacatas. As portas das muralhas de Cair Paravel eram guarnecidas por dois soldados centauros com lanças intercaladas impedindo a passagem não autorizada. Pelo que lembro Centauros não costumam ser os seres mais amigáveis e fáceis de lidar que existem. O cavalo de Susana parou em frente aos centauros que me encararam certamente confusos por verem o cavalo de Susana, desci com certa dificuldade e me anunciei o mais firme que consegui.

_ Venho em nome de Aslam, trazer notícias da rainha Lúcia a destemida e Susana a Gentil, peço uma reunião com os reis Edmundo o Justo e Pedro o magnífico.

...

Nota da Autora

Não eu não faço a mínima ideia do que estou fazendo, mas tamo aí.

As Crônicas De Nárnia - Uma história da era do ouroOnde histórias criam vida. Descubra agora