Capítulo 22

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As portas da sala do trono se abriram enquanto eu Edmundo jogávamos xadrez, Senhor Tumnus o fauno passou pela porta fazendo uma breve reverência e se dirigindo ao Grande rei Pedro, eles cochicharam algo e o Senhor Tumnus saiu novamente

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As portas da sala do trono se abriram enquanto eu Edmundo jogávamos xadrez, Senhor Tumnus o fauno passou pela porta fazendo uma breve reverência e se dirigindo ao Grande rei Pedro, eles cochicharam algo e o Senhor Tumnus saiu novamente.

_ Aconteceu algo? - perguntei desviando meus olhos do jogo para Pedro -.

_ Nada de mais, as toupeiras pediram uma audiência, estão vindo para Cair Paravel.

_ Humm - disse eu suspirando -.

_ O que é hum? - Perguntou Pedro -.

_ Você deveria recebê-los - constatei o respondendo -.

_ E você deveria prestar atenção, está perdendo - disse Edmundo movendo seu cavalo encurralando meu rei - xeque.

_ Está longe de conseguir me vencer - disse inclinando meu rosto - um cavalo a menos e xeque mate.

_ Como? - exclamou Edmundo examinando o tabuleiro em descrença -.

_ Contente-se, foi um bom jogo.

_ Vou chamar as meninas, elas devem estar nos jardins com as ninfas - disse Pedro saindo da sala do trono -.

_ Agora, diga-me, o que vai acontecer? Tenho certeza que você sabe - declarou Edmundo organizando as peças -.

_ Seria muito fácil se eu somente contasse, não? Você mesmo verá, e será legal.

Passado algum tempo Pedro voltou acompanhado de Lúcia e Susana que usavam coroas de flores.

_ Veja Calinda, fizemos uma para você também - disse Lúcia entregando-me uma coroa feita de pequenas flores brancas -.

_ Irmão por que necessita de nossa presença, imagino que seja o que for, poderia muito bem resolver sozinho - declarou Susana - está um dia belo demais para me manter dentro deste castelo.

_ Mas para você todos os dias são belos - brincou Edmundo -.

_ As toupeiras pediram uma audiência com todos nós, devemos ao menos ouvi-las já devem estar chegando - disse Pedro ignorando a breve discussão que se formara -.

Todos se acomodaram em seus tronos esperando pela chegada das toupeiras, e eu me pus de pé logo atrás do trono de Pedro. Pouco tempo depois as portas se abriram e os faunos anunciaram a chegada da chefe das toupeiras, Senhora Alvipata, uma figura certamente muito engraçada.

_ Meus reis, venho aqui com o objetivo de oferecer a vós um presente, vi que há um grande espaço no portão norte, e conversando com as demais toupeiras sugerimos plantar um pomar, tais árvores serão de grande beleza e produzirão frutos para sua casa - disse ela após prestar uma reverência um tanto atrapalhada -.

_ Não vejo por que não - disse Susana -.

_ Me parece uma ideia excelente - declarou Lúcia -.

_ O que você diz, grande rei? - questionou Edmundo -.

_ Bom se todos estão de acordo, não vejo porque não - disse Pedro aceitando a oferta da toupeira, que muito feliz saiu saltitante dizendo -.

_ Meu rei, o Senhor não vai se arrepender, confie em mim, amanhã mesmo teremos um pomar crescendo em suas terras.

_ Ficaste o tempo todo em silêncio, não disse que acha disso - disse Pedro se dirigindo a mim quando a porta foi fechada, todos me olharam esperando por uma resposta -.

_ Que poderia dizer, adoro maçãs? - disse rindo - toupeiras fazem sempre um trabalho excelente de plantio, provavelmente até o final da semana já haverá um pomar crescendo em nosso jardim norte, deveria fazer uma cerimônia agradecendo todo o trabalho das toupeiras.

_ É uma ótima ideia - exclamou Lúcia - adoro cerimônias.

_ E se supõe que eu deveria dizer o que? - questionou Pedro -.

_ Agradeça pelo admirável trabalho das toupeiras, em nos presentear com tão belas árvores frutíferas, que elas cresçam e gerem frutos por muitas gerações. Para que quando os narnianos olhem para tais árvores lembrem dos muitos feitos concedidos sob a graça de Aslam e agradeçam por cada fruto e semente da terra - respondeu Edmundo -.

_ Sempre tem um discurso pronto? Até parece que é tu quem sabes do que acontecerá - brinquei -.

_ Não sou o melhor conselheiro de estado a toa - respondeu ele -.

_ Que assim seja feito então - disse Pedro -.

Alguns dias depois recebemos notícias da Calormânia, o príncipe Rabadaash viria junto de sua comitiva e se hospedaria em Cair Paravel por uma semana. A muito tempo já era sabido que os Calormanos cobiçavam as rainhas de Nárnia, ora por sua beleza, ora por seus feitos, mas, principalmente por Nárnia. Não havia reino que não desejasse tomar Nárnia pra si, junto de suas riquezas. Já era então mais do que esperado que uma proposta fosse feita.

_ Calinda os Calormanos chegaram, venha, se junte a nós para recebê-los - disse Pedro em vestes festivas. Usava uma calça que ia até seus joelhos, e uma túnica vermelha reluzente com detalhes em ouro, levava sua coroa posta -.

_ Não me dá gosto - disse eu levantando meu olhos do livro que lia -.

_ Qual o seu problema com os Calormanos - perguntou Lúcia se atirando no sofá ao meu lado, vestia um vestido amarelo reluzente, com correntes de ouro que rodeavam sua cintura, sua bela tiara e já com os pés descalços -.

_ Nenhum, por hora, mas lhes dê alguma atenção e achará alguns - lhe respondi seriamente -.

_ Alteza não cabe a nós julgarmos sem conhecer, sei que sabes mais sobre o futuro que qualquer um de nós mas se nega a aclarar nos - ressoou a voz de Edmundo no cômodo fazendo anunciar sua chegada, sua roupa similar a de Pedro mas em um belo tom de azul claro, com detalhes em vermelho -.

_ Sinto muito, mas já conversamos sobre o "Alteza". - o respondi enquanto ele se aproximava de Pedro aos cochichos e saia em seguida -.

_ Sabe ouvi boatos correrem por todos os oficiais Calormanos, todos querem conhecer a mulher que roubou as atenções do grande rei - ressoou a voz de Susana que vinha em seu adorável vestido de festa, em um tom de verde esmeralda, com correntes de ouro, e um belo colar de rubi que fora presente enviado pelo príncipe uns dias antes de sua chegada, era sempre surpreendente ver como ela ficava mais linda a cada dia -.

_ Dizem isso por apenas orgulho e cobiça, não deveria dar ouvido a tais boatos querida amiga.

_ Ah por favor, terá uma grande festa, um torneio, um banquete, música, tenho certeza que Pedro já te prometera a primeira dança - retratou Susana tentando me convencer -.

_ Todas elas - disse Pedro, antes de sair do cômodo me fazendo sorrir -.

_ Se fazem tanta questão irei me juntar a vós no banquete. - Lúcia seguia deitada no sofá ao meu lado, enquanto Susana batia palmas alegremente e contava sobre o príncipe Rabadash e em como ele parecia se portar dignamente em sua presença -.

...

Nota da Autora

Vou adiantar aqui o capítulo de domingo, por que não sou obrigada a nada ahahaha

Sem mais a dizer.

Perdoem os erros a autora é disléxica.

As Crônicas De Nárnia - Uma história da era do ouroOnde histórias criam vida. Descubra agora