Reunión

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POV Poncho

Logo depois que Any saiu do escritório eu chamei Tifanny na minha sala e dei um puta esporro nela, foi mais pela Any do que por mim, eu não ligava que falassem.

A noite teria reunião com Christopher e Christian na minha casa e eu já estava ficando empolgado.
Era bom ter o Christian por aqui, ele sempre estava empolgado pra fazer nossos planos prosseguirem e já fazia um bom tempo desde que trouxemos nossa última carga, estava na hora de faturar.

Já apontava 17:45 e passei pela sala de Any, afinal ela veio comigo e estava sem carro.

- Oi, gatinha- Falei chegando na sala e dando um puta susto nela.

-Poncho- ela falou revirando o olho e levando a mão até o peito -Você me assustou- ela soltou uma risada.

-Foi a minha intenção- Ri.

Nós entramos no carro e liguei o som, estava tocando Love Don't Change

- Queria que pudesse ficar comigo essa noite. - Falei fazendo beiço.

-Queria poder ficar também.- Ela disse colocando a mão no meu rosto e fazendo cara de chateada.

-Hoje combinei reunião com os meninos lá em casa.

-Aqueles mesmos que estavam lá?

-Isso, preciso apresentar vocês, mas ainda não tive tempo.

Deixei Any na porta da casa dela e quando cheguei na minha Christian e Christopher já estavam lá conversando com a minha mãe.

- Ou, eu sei que ela é bonita, mas não é pro bico de vocês- Falei rindo e cumprimentando eles.

- Já estava com saudades daqui Poncho - Christian disse.

-Nós também sentimentos falta de você por aqui Chris.

Christian já havia deixado a muleta dele fazia alguns dias, estava tão bom quanto antes de ser baleado.

Entramos no escritório e Ucker já foi fazer um copo de whisky com gelo para ele.

- Não quero mais pegar carga com Damian. - Já deixo avisado antes mesmo de nos sentarmos

-Nem a pau, se eu vejo esse cara eu mato ele porra, quase fiquei aleijado por culpa daquele filho da puta, é bom que ele tenha sumido. - Christian fala e sinto Ucker me olhando com cara de piedade pra não contar pro Chris que ele teve chance de matar o filho da puta mas não cumpriu.

- Não vejo ele desde o dia, se não tinha ido pro saco sim!. - Afirmo.

-Eu tenho um cara que conheci que trabalhava para Damian, talvez com um pouco de ameaça ele faça a ponte. - Ucker fala bebendo o whisky todo de uma vez e colocando o copo em cima da mesa.

-Então precisamos ir atrás, sem a ponte não conseguimos.

- Amanhã já vamos atrás então- Ucker falou empolgado.

- E mudando um pouco de assunto, quem era a gostosa na sua casa aquele dia? Fico um tempo fora e já surge carne nova - Chris disse lambendo os lábios.

-Ninguém que seja pra você- Retruquei.

-Não, calma.. É isso mesmo Ucker? Poncho desapegou da Melissa? Finalmente - Chris questionou e Ucker fez sinal que sim com a cabeça e eu só revirei o olho.

-Mas a regra é a mesma, não falar da vadia na minha casa.

- E eu quero conhecer a novinha, quem é?- Chris pediu

-Anahi, mora do outro lado da rua e tá trabalhando na empresa, mas não temos nada sério e por enquanto é só isso que vocês precisam saber.

- Poncho disse que iria arrumar a ruivinha amiga dela pra mim. - Ucker disse me fazendo rir

-Que ruivinha Ucker? Não sei de nenhuma.

-Aquela que estava com a sua garota aquele dia na festa, você saiu tão depressa pra esbarrar na menina que nem se ligou ao redor dela.

-Quem sabe você de sorte Ucker - Falei rindo

Eu e Any ainda não chegamos na fase de conhecer amigos ou familiares, na verdade,  eu quero é mais que fique assim por enquanto, não quero estresse.

- Eu só acho que devemos chamar alguém de confiança pra que trabalhe pra nós, ou se una a nós três, temos nossos negócios além do tráfico e é foda conciliar tudo sem ajuda de uma quarta pessoa. - Ucker soltou e realmente fazia todo o sentido, e o que mais nos dava dinheiro era cada quilo que era traficado.

- Porque não chama a tua garota pra fazer esse papel pra nós, Poncho? - Christian falou e eu ri sarcasticamente.

-Não quero ela envolvida nisso.

-Mas seria uma boa opção, de verdade, Poncho - Ucker da a bosta da opinião dele.

-Já perdi Melissa, não vou perder Anahi também, sem essa, sem possibilidade disso.

-E ficou protetor assim desde quando Poncho? - Ucker disse rindo

-Vai se foder Ucker.

POV Any

Contei tudo que estava acontecendo pra Dulce e é óbvio ela surtou e jogou na minha cara que tinha falado que eu iria ficar com ele.

- Dul, ele é tão carinhoso as vezes, e tem um cheiro que nossa vai se foder é de se apaixonar - Falei no telefone e por um segundo minha mente conseguiu projetar tão bem o perfume dele na minha memória que parecia que ele estava aqui do meu lado.

-Você tem sorte pra caralho mulher, afinal quem negaria aquele homem? - Ela disse do outro lado da linha.

Eu ainda estava conversando com a Dul quando ouço alguém bater na porta do meu quarto.

-Depois conversamos, tem gente batendo. -, Desliguei o telefone e fui abrir a porta

-Any, querida, você está tão afastada nesses últimos dias que nem com a Molly você saiu caminhar. - Meu pai disse logo depois que abri a porta e já foi entrando e sentando na cama

-Ah, eu estou cansada, desculpa se não estou dando a atenção que vocês merecem- Falei contorcendo o canto da boca.

-Tudo bem, filha, eu vim conversar pois eu e a sua mãe estamos pretendendo viajar, sua mãe pegou férias e faz tantos anos que não saímos juntos...

-PAI! que ótimo, eu fico tão feliz vendo vocês assim, eu apoio. - Falei alegre.

-Que bom Any, sua opinião é muito importante para nós. - Ele disse abrindo os braços para um abraço.

A noite toda fiquei sem nenhum sinal de Poncho, então o que me restava era caminhar com Molly, já que meu pai estava me cobrando.
Vesti minha roupa de caminhada e peguei água.

-Vamos garota, estou com tanta saudades das nossas caminhadas - Falei e Molly veio correndo em minha direção e me deu várias lambidas na bochecha, aparentemente ela sentia minha falta também.

Coloquei o peitoral nela e saímos para nosso passeio noturno, passei na frente da casa de Poncho e vi ele e os outros dois garotos conversando na frente do portão da garagem, Poncho era tão bonito distraído, como esse homem não namora ninguém?.

Eu queria muito não ser vizinha dele, qualquer saída no mercado ele poderia ficar sabendo, eu realmente não queria encontrar com ele aqui fora.
Olhei Poncho de longe e ele me viu, mas não foi a reação que eu esperava, ele simplesmente me ignorou completamente.

Caminhamos por mais algum tempo e Molly já estava com a língua pra fora como quem pedia por água desesperadamente.
Abri minha garrafinha e dei algum pouco de água a ela, já estávamos voltando pra casa e lá eu poderia alimentar ela também.

Na volta da nossa caminhada noturna Poncho ja não estava mais lá, confesso que por dentro eu esperava algo diferente, que ele me chamasse ou acenasse, mas no fim eu não recebi nada, mas tudo bem, hoje cedo dei uma bronca nele por contar da gente a Tifanny e agora já estava esperando ele me apresentando para os amigos, atá Any.




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