Balança de Emoções

EM BUSCA DE UM RECOMEÇO

--Eu ainda não sei Teresa, mas estou pensando em escrever uma carta para minha irmã contar o que estamos passando e ver se ela concorda que eu e as crianças vá passar uns tempos com ela, ao menos até eu conseguir um emprego e poder alugar uma casinha para eu morar com as crianças, o que você acha?

--Vou morrer de saudades de vocês, mas se for essa é a única solução nesse momento! Mas Amália, você mesma disse que não conheceu suas irmãs direito, que só as viu quando você ainda era solteira e que depois disso só tem falado com ela pelo telefone e por cartas uma você acha que essa sua ideia vai dar certo minha amiga? Sua irmã tem os filhos dela,o marido, com costumes completamente diferentes dos seus costumes aqui minha amiga, também tem que levar em conta que seus filhos nunca viram a tia nem os primos, juntar crianças que tiveram educação tão diferentes, eu acho que não vai ser fácil.

-- É Teresa, eu sei, eu estou com medo mas não vejo outra solução, o que eu ganho atualmente mal paga o aluguel e o dinheiro que Beatriz recebe é para alimentação eu dou graças a Deus quando faço alguma faxina extra para poder pagar água e luz e o que recebo da pensão eu pago a escola, às vezes não sobra nem pro lanche, nossa sorte é você que sempre compra roupas para os meninos e sempre trás lanches e frutas, ah minha amiga eu só tenho a lhe agradecer e pedir para que Deus continue lhe abençoando sempre.

-- Eu faço de coração Amália, e tenho certeza que você faria o mesmo por mim. Agora vamos escrever logo essa carta para sua irmã antes que eu comece a chorar.

As duas amigas se abraçaram e juntas escreveram a carta.

Rio de Janeiro, maio de 2002

Querida Margareth,

Como estão todos por aí? Faz tempo que não dou notícias então, já começo essa carta me desculpando.

E a Marilda, como está? Melhorou da alergia na pele? Ela deve ser uma moça muito bonita, imagino que puxou você. E Juvenal meu cunhado? Continua indo pescar todo domingo? Fala pra ele que mandei um abraço.

E você minha irmã, espero que esteja bem de saúde e feliz com todos.

Eu poderia estar melhor, mas fui demitida e ainda não consegui trabalho,estou fazendo alguns bicos para ajudar pagar as contas do mês, então pensei em unir o útil ao agradável, estou pensando em sair do Rio de Janeiro, procurar uma cidade mais tranquila com menos violência, porque violência existe em todo lugar eu sei. Pensei em ir morar em Pernambuco, poderia ficar mais perto de vocês e poderíamos nos ver com mais frequência não é mesmo? O que você acha? Será que eu conseguiria uma casinha boa com o preço bom para alugar? E trabalho? Será que conseguirei emprego antes que minhas economias acabem?

Fora isso estamos bem, as crianças querem muito conhecer você e os primos.

Bom minha irmã, vou me despedindo por aqui com o coração cheio de saudades. Beijos nas crianças e um especial pra você.

Com amor, Amália--Eu ainda não sei Teresa, mas estou pensando em escrever uma carta para minha irmã contar o que estamos passando e ver se ela concorda que eu e as crianças vá passar uns tempos com ela, ao menos até eu conseguir um emprego e poder alugar uma casinha para eu morar com as crianças, o que você acha?

--Vou morrer de saudades de vocês, mas se for essa é a única solução nesse momento! Mas Amália, você mesma disse que não conheceu suas irmãs direito, que só as viu quando você ainda era solteira e que depois disso só tem falado com ela pelo telefone e por cartas uma você acha que essa sua ideia vai dar certo minha amiga? Sua irmã tem os filhos dela,o marido, com costumes completamente diferentes dos seus costumes aqui minha amiga, também tem que levar em conta que seus filhos nunca viram a tia nem os primos, juntar crianças que tiveram educação tão diferentes, eu acho que não vai ser fácil.