Capítulo 8

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— Não acredito que você perdoou ele fácil, Dulce Maria! — Anahí disse extremamente indignada. Não tirava a razão dela.

— Até eu concordo com a Anahí agora, Dul. Você pelo menos podia ter feito cu doce — Mai disse e eu revirei os olhos.

— Você não tem direito de dizer um a, Maite! A culpa é toda sua que me fez ir para lá! Eu nem queria vê-lo.

— Nesse caso Dulce tem razão, Maite — Anahí disse — E eu ainda demorei para ir buscá-la, porque tive que ajudar Angelique com algumas dúvidas dela, que não eram poucas, senão Dulce não teria tempo para perdoar ele. Eu não deixaria!

— Mas aí a gente não queria quase se beijado! — Eu disse e coloquei a mão em minha boca no mesmo instante, as duas me olharam com os olhos arregalados. Tinha omitindo aquele detalhe, mas não conseguia segurar a minha boca grande por muito tempo.

— Como assim você não tinha contado esse pequeno detalhe ainda, Dulce Maria? — Maite disse irônica, mas depois deu um grande sorriso e pulou animada — Meu Deus! Eu sabia que tinha razão!

— Quem se afastou foi ele. — Eu disse.

— Mas vocês nunca chegaram bem perto disso antes!

— Ainda acho que você não deveria ter perdoado tão fácil. — Anahí falou — Esqueceu que ele nem te contou sobre Nova York. Eu sei que você o ama, Dul, mas as vezes é necessário ser forte, ele nunca precisou correr atrás de você. Na verdade, ele nunca precisou correr atrás de ninguém, sempre foi tudo muito fácil para ele, talvez o empurrarãozinho que ele precisava era esse, correr atrás de alguém, aprender a dar valor a quem está ao seu lado.

Anahí tinha razão, mas agora eu não tinha mais o que fazer. Eu já tinha dito que o desculpava e não fazia sentido voltar atrás em minha decisão.

*****

Dois dias depois...

Eu e Anahí estávamos nos arrumando para um jantar — segundo ela, importante — na casa dos Uckermann, Maite tinha nos chamado de última hora e não fazíamos ideia do porque.

Eu estava vestindo uma calça jeans escura, uma cropped preta justa e uma bota cano curto com salto alto, meus cabelos estavam soltos e eu não havia feito nada neles. Minha maquiagem era leve. Fui junto com Anahí, não tinha necessidade de dois carros.

Quando chegamos lá, percebi que Belinda ainda não tinha voltado de viagem, pois Christopher estava conversando com seu pai, enquanto tomava whisky.

— Tio Víctor! — Eu disse indo até eles cumprimenta-los.

— Dulce! — Ele sorriu e se levantou, me abraçando — Fico sem te ver apenas por uns dias e você aparece completamente diferente. Está linda, um mulherão! Nossa outra menininha está crescendo — Ele fez careta, me fazendo rir — Cuidado com os rapazes, Dul.

— Pode deixar! — Sorri e virei-me para Christopher, que estava me encarando. Sorri para ele, que retribuiu com outro sorriso. Pedi licença e fui até a cozinha, ver Alexandra. Anahí estava lá com ela, Christian e Maite. Cumprimentei-os e Alexandra me olhou de boca aberta.

— Menina, que mudança radical é essa? Você está linda demais! Vejo até um brilho em seu olhar. Tem algum boy na parada? — Ale disse animada e todas rimos.

— Claro que tem, mamãe! — Mai disse e eu a fuzilei com os olhos.

— Quem, Dulce? — Ouvi a voz de Christopher e olhei-o assustada. Ele estava parado na porta da cozinha.

— Não tem nenhum boy. Eu mudei por mim, precisava disso. Estou tranquila disso, só quero curtir — Dei de ombros.

Christopher continuou me encarando meio desconfiado por alguns segundos, mas depois deu de ombros e foi até a geladeira pegar água. Ele parecia pálido, mas não quis perguntar nada.

Tudo Para Ficar Com Ele (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora