Capítulo 16

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Uma semana depois...

Eu estava muito animada, decidi deixar as coisas que estavam me aborrecendo de lado e comecei a focar em viver a minha vida e aproveitar cada oportunidade que eu tinha, como sempre fiz.

Eu estava sempre conversando com Evans, ele era um amor e parecia estar muito a fim de mim. Chegava a ser difícil conversar com ele por mais de dois minutos sem rir. Ainda não tínhamos saído outra vez, mas logo iríamos. Ele estava em uma viagem para a Irlanda com a mãe dele.

Hoje, meu primo Alfonso chegaria e eu estava muito animada. Desde pequenos sempre fomos próximos, porém, há uns cinco anos ele se mudou para a Inglaterra e nós não nos falamos mais, por puro relaxo de nossa parte. Há seis meses nós voltamos a conversar e eu exigi que ele viesse me visitar.

Estava no aeroporto o esperando junto com Anahí, que não estava com a menor vontade de vim, mas eu a arrastei. Ela não conhecia Poncho, nunca teve a coincidência deles estarem em casa no mesmo dia.

Quando vi meu primo puxando sua mala corri até ele e pulei em seu colo, abraçando-o forte. Sempre tivemos uma relação muito forte, éramos como irmãos. Eu estava com muitas saudades de Poncho.

— Que saudades eu estava de você, pequena! — Ele me apertou e eu sorri.

— Eu também estava com muitas saudades de você, Poncho! — Beijei sua bochecha — Nunca mais fique longe por tanto tempo!

— Prometo, Dul — Ele beijou o topo da minha cabeça. Soltei-o e ele me seguiu até onde Any estava.

— Alfonso, essa é Anahí e Anahí, esse é meu primo Alfonso, o famoso Poncho.

— Prazer, Anahí — Ele a cumprimentou e ela sorriu, assentindo. Ela estava com um péssimo humor hoje, graças a sua tpm. Eu também estava na tpm, mas hoje eu estava bem.

— Bem, vamos? — Eles assentiram e nós fomos até o estacionamento, onde estava meu carro.

O caminho até minha casa se resumiu a eu e Poncho conversando enquanto Anahí observava a janela. Quando chegamos, ela foi direto para seu quarto e eu e Poncho nos sentamos no sofá para conversarmos.

— Você não está com ninguém, Dul? — Ele disse após conversarmos sobre outros diversos assuntos.

— Não, Poncho. Estou conversando com um cara aí, mas nada sério.

— E Christopher?

— Está noivo. Em um mês e meio irá se casar.

— E você será a madrinha, suponho — Ele disse como se fosse óbvio.

Fiz careta e neguei com a cabeça, vendo uma expressão confusa aparecer em seu rosto.

— Não mais. Ele me chamou, mas não estamos conversando mais.

— E por que?

— Brigamos. Christopher está diferente, não sei explicar o que aconteceu, até porque nem eu entendo. — Então, comecei a contar absolutamente tudo o que aconteceu desde quando ele começou a namorar até atualmente. Poncho estava chocado, jamais imaginaria que um dia ficaríamos assim, ele sempre brincava que éramos inseparáveis.

— Você ainda gosta dele, não gosta?

— Eu o amo, Poncho — Suspirei — Mas não sou idiota. Eu mereço ser feliz, e está cada vez mais claro que a minha felicidade não é ele.

— É — Ele suspirou — Não gosto de saber que ele está te machucando tanto, Dul. Parece até que não é mais a mesma pessoa.

— Se você está assim, imagine eu. — Mordi meu lábio, segurando as lágrimas.

Alfonso me abraçou forte, mas eu não me permiti chorar outra vez por ele.

— Não converse com ele sobre isso, tá bom? — Encarei-o, sabendo que ele tentaria tirar satisfações com Christopher na primeira oportunidade. Poncho era extremamente protetor.

— Tem certeza?

— Não quero que ele pense que eu estou mal. Estou fingindo que não ligo mais, com o tempo isso se tornará verdade.

— Tudo bem. Mas se ele der mais uma mancada com você, não ficarei quieto. — Ele beijou minha testa.

— Tudo bem — Sorri.

*****

Estava deitada no sofá assistindo série, era quase uma da manhã. Anahí estava passando mal de tanta cólica e Poncho a levou na farmácia para comprar remédio. Ele ia sozinho, mas ela insistiu em ir junto para escolher o remédio.

Meus olhos estavam começando a ficar pesados, mas eu sabia que não conseguiria dormir até que eles estivessem em casa e minha amiga se sentindo melhor.

Ouvi a campainha tocando e me levantei. Será que eles tinham esquecido a chave? Destranquei e abri a porta e mal podia acreditar no que estava vendo.

Uckermann, bêbado, com uma latinha de cerveja na mão.

— O que você faz aqui? — Perguntei ríspida.

— Preciso de você — Ele disse tudo embolado e me abraçou, quase me fazendo cair por jogar seu peso em cima de mim.

— Não acredito que você está bêbado em minha casa a uma hora da manhã. — Resmunguei, empurrando o até o sofá. Depois, voltei até à porta e fechei, trancando-a.

Peguei meu celular em cima da mesinha da sala e comecei a procurar o número da Belinda. O noivo era todo dela e eu tinha nada a ver com isso.

— O que você está fazendo? — Ele perguntou.

— Ligando para a sua noiva, você é um problema exclusivamente dela.

— Belinda não está aqui. Ela está viajando para fazer umas fotos.

— Então vou ligar para Maite.

— Poxa, Dulce. Eu vim te ver. — Ele fez bico e eu revirei os olhos.

— Completamente bêbado. Você dirigiu até aqui? — Ele assentiu e eu bufei — Como você consegue conduzir um carro nesse estado? Você sabe que além da sua vida também está colocando a vida dos outros em risco? Pelo amor de Deus, Christopher!

— Eu só queria te ver.

— Me diz o porque, é falar mais merda para mim que você que me ver? Pode falar, sou todo ouvidos — Cruzei os braços.

Ele colocou a latinha em cima da mesa e me puxou para o seu colo, tentei me levantar e me debater, mas mesmo embriagado ele ainda tinha mais força que eu.

— Quero você — Ele sussurrou — Vou enlouquecer se não te beijar.

— O que? — Eu estava em choque. Totalmente em choque — Pelo amor de Deus, você não pode beber que fala merdas.

— Estou falando sério, Dulce — Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e se aproximou, eu deveria ter me afastado, mas meu coração falou mais alto que a razão e eu fechei os olhos, sentindo nossos lábios colarem em seguida. Ele iniciou um beijo lento, e eu simplesmente não tinha forças para fazer outra coisa a não ser corresponder. Nunca imaginei que seu beijo poderia ser tão bom mesmo com gosto de cerveja, coisa que eu particularmente sempre odiei.

Ele me apertou mais contra seu corpo e eu envolvi meus braços em seu pescoço. Eu não tinha palavras para descrever o beijo e nem tentaria encontrar.

Porém, como se algo me voltasse a realidade, lembrei-me de tudo o que estava acontecendo e o empurrei levantando-me. Christopher me encarou confuso e eu neguei com a cabeça. Por sorte, a porta se abriu, Poncho e Any entraram.

Eles arregalaram os olhos quando viram Christopher no sofá.

— Poncho, leve Christopher até a casa dele. Eu preciso dormir.

— Dul — Ucker me chamou e eu neguei com a cabeça.

— Vai embora, Christopher e nunca mais faça isso outra vez. — Sai dali e me tranquei em meu quarto. Anahí bateu em minha porta alguns minutos depois, mas eu precisava de um tempo sozinha.

Naquele momento eu me permiti chorar, estava tão confusa. Como Christopher insistia em me machucar tanto?

Tudo Para Ficar Com Ele (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora