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Sexta feira, 28 de Abril de 2017

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Sexta feira, 28 de Abril de 2017

Madrid, Espanha

Miguel Rivera


Estou aguardando pelo sr. Hernandez em uma cafeteria afastada do centro de Madrid. Chegamos ao acordo que a casa dele não é um local seguro para conversarmos, não sabemos quem está por trás desse sequestro e nem o que planeja fazer. Estou ansioso que mal consegui dormir na noite anterior, fiquei horas olhando para todas as fotos que o assistente do John Smith me entregou, nada me chama a atenção, apenas um homem parecido comigo, carros desconhecidos e uma mulher ruiva que depois de horas analisando cheguei a imaginar que poderia ser alguma colega da Alexis, mas não tinha nenhuma mulher ruiva na sala. Pensei nas amigas da Madeleine, e cheguei na mesma conclusão, são todas morenas ou loiras, nenhuma ruiva.

Poderia ser uma peruca.

Começo a bater a ponta dos meus dedos na mesa e finalmente vejo o carro do Ruan através do vidro da cafeteria, ele estaciona o carro e antes de sair coloca um boné e óculos escuro. Ele veio sozinho, assim como combinamos. Antes de entrar na lanchonete ele olha para os lados e entra, depois de dezessete passos ele chegou até a minha mesa e sentou a minha frente.

― Oi, você conseguiu alguma coisa?

― Sim, o detetive me entregou umas fotos da Alexis. Aqui tem a foto do rosto do sequestrador, e tem uma mulher ruiva com ela em um outro carro. Tem a foto da placa, ele checou e é clonada. Eles podem ter trocado de carro mais uma vez, mas podemos pedir que a polícia confira...

― Não podemos pedir ajuda da polícia, não sabemos quem é amigo e quem é inimigo, somos apenas nós dois por enquanto. ― Ruan responde me interrompendo e eu concordo, ele tem razão. Somos só nós dois.

― Ah, você está certo. Eu vou ver se consigo entrar em contato com alguns amigos de longa data, e quem sabe eles consigam entrar no sistema da polícia e descobrir para onde esse carro foi. Podemos ter acesso às câmeras de trânsito e se dermos sorte, chegamos ao cativeiro.

― Isso se a Alexis estiver em um cativeiro... ― Ruan fala e meu corpo estremece com a possibilidade dela estar morta. ― Eles não entraram em contato ainda, nenhuma ligação. E se realmente for vingança? Um acerto de contas?

― Não podemos pensar nisso agora, precisamos ter esperança. A Alexis está viva, eu sinto. Eu sei que ela está viva. ― Na verdade eu não sei, mas sei que é o certo a dizer nesse momento. O Ruan precisa de algo para se apoiar, e eu também. Não podemos jogar a toalha logo agora que temos mais informações.

― Eu tento mas... A minha esposa está desolada, a Madeleine me liga todos os dias para saber se tenho mais notícias do caso.

― E o Víctor? ― É impossível não perguntar. Ruan me olha esquisito, como se estivesse magoado ou incomodado com a situação.

Profissões: Meu Segurança (+18) [COMPLETA✅]Onde histórias criam vida. Descubra agora