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Quinta feira, 03 de Maio de 2017

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Quinta feira, 03 de Maio de 2017

Madrid, Espanha

Miguel Rivera


Olho o relógio no meu pulso e vejo que são quase uma da madrugada, saímos de Madrid em torno das dez da noite quando a polícia finalmente tinha traçado um plano e uma equipe operacional. Eles devem chegar aqui daqui uma hora e meia, talvez, considerando que agora devem imaginar que eu sou culpado ou cúmplice, qual a outra razão eles encontrariam para que eu fugisse deles?

Pego a M16 e levantei, pronto para atirar em quem aparecer na minha frente. Utilizo a mira para que eu possa enxergar algo na minha frente mas está um breu, tornando ainda mais difícil essa missão. Dou dois passos para a frente e olho para trás, Ruan está segurando a arma de um jeito esquisito, como se estivesse suja ou pegajosa, o encaro e ele me encara de volta.

― O que foi?

― Qual o seu problema? Por que está segurando a arma desse jeito? ― Ele não me responde, mas dessa vez segura a arma corretamente, e assim eu volto a andar em direção ao galpão. Tomo cuidado tentando ver onde estou pisando, não quero fazer nenhum barulho e avisar que estamos aqui.

Quando me aproximo do galpão, tento olhar se tem alguém do lado de dentro, mas só vejo caixas de papelão empilhadas, um cheiro forte como se algum bicho morto estivesse ali dentro por dias, a carcaça de um carro velho e nada mais. Entro e começo a olhar para os dois lados.

― Você vai me dar apoio, vamos ficar de costas um para o outro, eu vou para a esquerda e você para a direita. ― Falo baixinho para o Ruan que balança a cabeça concordando comigo. ― Certo, vamos. ― Começo a andar para o lado esquerdo do galpão onde estão as caixas de papelão e o cheiro de fedor que só aumenta. Chego perto das caixas e noto que realmente tem um bicho morto ali, tampo o meu nariz para tentar amenizar o cheiro ruim mas não adiantou muita coisa. Olho entre as caixas e abri uma, encontro vários pedaços de panos velhos que estão servindo de alimento para traças. Volto a revirar e acho uma mão, na mesma hora eu solto assustado e contenho um grito. Só então percebo que era uma mão falsa e que são partes de brinquedos, encontro até mesmo a cabeça de um manequim. É óbvio Miguel, aqui era uma fábrica, talvez tenham deixado algumas coisas quando faliram.

Volto para o centro do galpão e ando para a frente olhando atento para os dois lados, vejo que Ruan está inspecionando a carcaça do carro e me faz sinal de negativo, como se não tivesse encontrado nada suspeito. Aponto para o local onde estava indo e ele vem ao meu encontro, olhamos toda a parte térrea do galpão e nada.

― Vamos para o piso superior. ― Aviso antes de caminhar até a escada, subo degrau por degrau olhando a minha frente para tentar identificar se tem alguém aqui ou se foi apenas uma pista errada. Estou começando a desconfiar, talvez a Alexis nem esteja mais aqui, talvez o vídeo tenha sido uma armadilha.

Profissões: Meu Segurança (+18) [COMPLETA✅]Onde histórias criam vida. Descubra agora