MISSÃO IMPLACÁVEL

23. Desejo proibido

— Seline, preciso da sua ajuda o mais rápido possível. Se necessário, traga a sua equipe direito para o prédio de convenções com todos os equipamentos necessários para o destravamento da porta e uma simulação em tempo real.

— Kathe, sei que não há mais tempo para planejamentos, mas necessito de mais informações quanto à essa operação de última hora.

— Ouça bem: Vandame e seus aliados estão em algum lugar de Vegas analisando as últimas horas do carregamento do Chip em um computador, através de imagens da sala de monitores. O plano é, primeiramente, modificar as imagens dessa câmera e lançar uma simulação de carregamento em um loop infinito. Após isso, preciso que sua equipe destrave a porta da sala e assim levaremos o CEE, sem que ninguém desconfie.

— Mas para isso, teríamos que ter acesso à parte interna do prédio. Eu conheço esse lugar, é repleto de seguranças, não é qualquer pessoa que consegue entrar.

— Tente vir o mais rápido possível, eu vou encontrar um meio de fazer vocês entrarem, convencendo algum segurança ou procurando uma rota de alojamento sigilosa. Tenho permissão para rondar essa área, talvez isso facilite as coisas.

— Agora mesmo irei acionar os técnicos de minha confiança, não se preocupe. Já tenho ideias de como iremos proceder com o esquema.

— Sei que não trabalha como agente, mas preciso que venham devidamente armados, essa operação é de grande risco.

— Farei o possível. Te vejo lá!

E desligou.

Kathe se encontrava de pé na entrada, novamente. Andou por alguns metros e deu de cara com o mesmo segurança que havia encontrado na noite do evento.

— Você novamente? — ele perguntou, quando cruzava os braços

— Seu chefe pediu para que eu viesse. Algum problema? — ela perguntou, ao retirar seu óculos escuros e pôr dentro da sua bolsa

— Nenhum, só te acho meio suspeita.

— Você não está no direito de achar nada. Vai me dar passagem para entrar, ou não? Prefere que eu acione os meus contatos? — pôs as mãos na cintura

— Pode entrar, Sra. Clara. — virou-se para ela, quando estava próxima da área interna — mas tome bastante cuidado com o que vai fazer.

Ela revirou os olhos e entrou. Sentia um certo desconforto por estar nesse lugar novamente, mas sabia que se quisesse conseguir algo de útil, seria aqui, no campo inimigo. Seus dedos percorreram o painel do elevador e apertaram o n° 17. Ela retirou seu telefone da bolsa e digitou uma mensagem para Stevan:

“Estou novamente dentro do prédio. Resolvi convocar a equipe de Seline para resgatarmos o chip, o esquema está inteiramente montado. Me deseje sorte para durante esse procedimento e não se preocupe comigo. Qualquer emergência, não hesitarei em informá-lo.

Beijos, Kathe.”

Nove andares depois a porta se abriu na sua frente e, elegantemente, um homem entrava por ela.

De imediato reconheceu aquela figura na sua visão. Vestia um terno cor vinho acompanhado de uma bela gravata preta. Quando seus sofisticados sapatos estavam completamente dentro do elevador e a porta se fechou atrás dele, o sujeito abriu um belíssimo sorriso irônico. Steidston a encarava de forma tão intensa com seus olhos verdes profundos, que um misto de medo e adrenalina percorreu todo o seu corpo naquele instante.

— Clara? O que está fazendo aqui? Vandame não se encontra no prédio, saiu a negócios, ele não te avisou?

— Eu não vim até aqui atrás dele. — sua voz saiu firme, deveria continuar mantendo o disfarce.