Cont

36 3 0
                                    

Não precisa ficar nervosa. Você domina tudo isso! Apenas pense que isso é uma conversa, ou redação enfim… Você vai mostrar dados, defender sua ideia. Manu você vai defender sua ideia e a honra de milhares de mulheres cujo sangue foi derramado nas mãos de homens ignóbeis que a sociedade passa a mão! Está com você garota! Detona eles, sei que consegue!

Sorri para Francisca e respirei fundo.

O auditório já estava cheio.

-Se imagine vivendo sua rotina normalmente. Por ironia do destino ou pelo próprio destino, você conhece um homem; Deixe-me depreender: Mesmo se você for homem, você vai se imaginar no sexo feminino, fechado? Bem, dito isso, vocês começam a sair. Depois de um tempo já estão juntos, acontece a primeira briga e ele é extremamente agressivo. Agressivo ao ponto de te assustar! De repente ele te bate, ainda na primeira briga. Você fica sem chão. Afinal, um homem como ele, educado dentre tantos outras características marcantes que levou você a estar com ele;  não poderia ter te batido, certo? Você deve ter feito algo que justificasse a atitude um tanto como irreconhecível dele. Você fica chateada com aquilo mas sem coragem de conversar por medo de outra agressão vir. E você acredita que não acontecerá, ele te jurou de joelhos e os olhos vermelhos de tanto chorar. Contudo, aconteceu. E sem perceber, você está em um ciclo vicioso. Vicioso onde ele te bate, você se recusa a acreditar e depois ele te pede perdão. Hoje você não pode perdoar novamente ou indagar-se: Novamente foi minha culpa?
Sabe porquê você não pode fazer essas coisas? Porque você está morta!
Você só se questionou agora! Só se questionou agora se a culpada era você. Você foi vítima do patriarcado que fala que os homens são assim mesmo! Eles batem e você tem que perdoar porque foi sua culpa!

Terminei a apresentação e Cassie que estuda direito veio falar comigo.

-Bom, para uma feminazi como você

Atrás de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora