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Hoje é o primeiro ultrassom do nosso filho, estou de doze semanas. John estava nervoso e ansioso, pois sabe que não é conveniente ele ir junto. Então achamos melhor que Ada fosse comigo.

Queria muito que ele ouvisse o coração do nosso pequeno, mas tudo bem.

—Quando ouvi o.coração do Carl pela primeira vez, foi.como se meu coração transbordace de amor.—Fala ela enquanto para o carro na frente da clínica.

—Obrigado por vir, estou meio assustada.—Rio fraco.

—Tudo bem, pra isso que as cunhadas servem.—Solta uma piscadela.—Estou curiosa.—Lhe olho.—John e você vão se casar logo?

—Ele tem que criar coragem ainda.—Ela ri alto saindo do carro.

Saio do carro. Paro ao lado de Ada e ela entrelaça seu braço no meu. Entramos na clínica.

Sinto uma presença estranha atrás de nós. Olho para trás e não vejo nada. Nego com a cabeça cabeça desviando esses pensamentos, estou ficando louca!

{...}

O coração do nosso neném batia forte. Era incrível aquilo. Pedi para Ada me levar para casa, mas insistiu que fossemos para a compania Shelby.

Não relutei, pois queria ver John e contar sobre o nosso neném.

Entramos na compania, mas não o vejo. Me sento na cadeira da sua mesa. Ouço vozes vindas da sala do Tomy, era uma reunião de família.

Despretensiosamente me aproximo do vidro, sem me levantar.

—Vou pedir Alice em casamento.—Fala John.—Ela está grávida.

—Ela é uma garota de ouro, John.—Fala polly.

—Se o filho for seu, que mal há?—Arthur fala rindo.

Reviro os olhos e procuro algum cigarro , mas acabo achando um papel pequeno.

"𝚂𝚞𝚊 𝚖𝚞𝚕𝚑𝚎𝚛 𝚎́ 𝚖𝚞𝚒𝚝𝚘 𝚕𝚒𝚗𝚍𝚊 𝙹𝚘𝚑𝚗, 𝚊𝚒𝚗𝚍𝚊 𝚖𝚊𝚒𝚜 𝚊𝚐𝚘𝚛𝚊 𝚌𝚊𝚛𝚛𝚎𝚐𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚜𝚎𝚞 𝚏𝚒𝚕𝚑𝚘."

Junto as sombrancelhas.

—O que é isso?—Pergunta uma voz feminina.

Levanto meu olhar e vejo Catarine Kwler, a secretaria.

—Nada não.—Sorrio fraco.

Eu sei que John já foi apaixonado por ela e a mesma partiu seu coração.

—Quer que eu avise John que está aqui?—Balanço a cabeça negativamente.

Observo ela se sentar na cadeira do outro lado da mesa, ela exalava um perfume barato e mantinha seu nariz empinado. Coitada.

—Ouvi boatos que está grávida, verídico?—Rolo os olhos.

—Estou.

—Sabe quem é o pai?—Sorrio falsa.

—Com certeza sei, querida.—Falo para soar o mais falso possível.—Catarine, eu sou muito diferente de você. Você sempre tenta soar arrogante, superior.—Rio de canto.—Mas você é só a secretária... Não que não seja uma profissão digna, claro que é, mas não vejo a nessecidade de agir de tal forma.—Ela engole seco.

Vejo os Shelbys saírem da sala. Catarina se levanta de cabeça baixa e sai andando para a sua mesa.

John me vê e sorri. Me levanto.

—Como está nosso bebê?—Pergunta depositando a mão na minha barriga.

—Ótimo. Seu coração pulsa forte.—Falo sorrindo, mas logo o fecho ao lembrar da carta.—John, eu achei isso nas suas coisas.—Entrego a carta.

—Eu recebi hoje cedo, não deve ser nada.—Coça a nuca.

—John...—Sou interrompida por uma gritaria do lado de fora.

Nos entre-olhamos e fomos até o lado de fora. Vejo meu pai estava com uma espingarda e transparecia ódio.

—Cadê o filho da puta do John Shelby?—Esbraveja em alto e bom tom.

—Ele está com raiva pois descobriu que está grávida, Alice. Aliás meus parabéns.—Fala Finn.

John se afasta indo até meu pai, o sigo esbarrando nas pessoas que assistiam ao "show".

—Senhor Jones, se acalme.—Fala John em um tom calmo enquanto tinha uma arma apontada pra sua testa.

—Seu merda, esgravidou a minha pequena Alice!—Engatilha uma bala.

—Eu vou me casar com ela, porra!—Fala em um tom alto.—Pela segurança de vocês, vá para casa, por favor.

Papai abaixa a arma, suspiro aliviada.

—Vamos, voltem ao seus afazeres!—Fala John dispersando a multidão.

Vejo papai vir na minha direção. Arquivo uma sombrancelha e cruzo os braços.

—Para que todo esse escândalo?—Pergunto.

Quando ele para na minha frente sinto o cheiro forte de bebida.

—Anda bebendo de novo? Sabia que podia ter atirado no John?!

—Anda muito mal educada mocinha.—Fala ele.—Se eu tivesse atirado pouco faria falta.

Balanço a cabeça negativamente. Dou as costas e vou até a porta da companhia, paro me viro e olho pra ele.

—Vai para casa, é perigoso aqui fora.—Rola os olhos e sai andando até o carro.

John vem até mim, passa seu braço pela minha cintura, beija a lateral da minha cabeça e entramos novamente na compania.

—Ele estava bêbado.—Falo.—Desculpa por esse constrangimento.

—Tudo bem, querida.—Me vira de frente pra si.—As pessoas fazem merda quando bebem.—Assinto.

Abraço ele, deito minha cabeça no seu peito e suspiro.

—Vamos para casa, preciso fazer uma coisa.—O olho e assinto.

Beijo sua bochecha e ele sorri de canto.

Como eu sou apaixonada nesses olhos azuis.

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