Capítulo 2

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POV: Hermione


- Hermione, sei que quer que estudemos, mas o treino de quadribol é agora, e Angelina vai nos assassinar se chegarmos atrasados. E tem também o jogo com a Sonserina amanhã.. temos que vencer deles. - Diz Harry, e levanto a cabeça do livro que lia.

As aulas do dia haviam acabado de acabar, e nós viemos direto para a biblioteca, fazer o dever de casa e estudar as matérias dadas no dia. Era um hábito meu desde o primeiro ano, mas era perceptível o quanto Harry e Rony detestavam aquilo.

- Vão, ué. Não sou eu que vou reprovar nos NOMs. - Brinco, e os dois riem.

- A gente se vê mais tarde. - Diz Ron.

- Bom treino - Eu digo, antes de mergulhar nos livros de novo. Apenas desperto dos estudos quando um disco cai bem na minha frente. Levanto os olhos, ainda meio confusa.

Ali estava Dahlia, com um sorriso confiante no rosto e de braços cruzados. Nos encaramos um ou dois segundos, e ela indicou com a cabeça o disco. Tiro um momento par analisá-lo. Um dos originais de Frank Sinatra. Deve custar, atualmente, uns trezentos euros. É quase um tesouro pirata dos fãs de música antiga.

- Por que está me mostrando isso? - Pergunto, confusa.

- Mostrando? Estou te dando isso. Minha mãe me mandou uma caixa cheia de discos antigos hoje. Ia jogar a maioria fora, mas pedi para ver antes. Achei que fosse gostar, não é uma fã dele? Aposto que tem uma vitrola na Grifinória, então.. aproveite. - Ela responde, e eu ainda estava em estado de choque.

- Por Deus.. Tem certeza disso? Quer dizer, isso é um item extremamente raro. E você está dando ele.. para mim?

- Não se acostume, Hermione. Não costumo ser tão legal com as pessoas. Só quando tenho interesse nelas. E você é, sem dúvidas, uma figura interessante. - Ela fala, e arqueio as sobrancelhas.

- Uuuh, é... hm. Quer dizer, obrigada? É, muito obrigada. Eu.. nem sei o que dizer. Quer dizer, obrigada.

- Não há de que. Sabe onde encontrar mais desses. Quando quiser visitar a Sonserina sabe a quem procurar, Granger. Agora.. bom estudo. Não quero te atrapalhar ainda mais. - Dahlia diz, em seguida piscando para mim e saindo dali, sorrindo.

Enterro minha cabeça na mesa, e sinto minhas bochechas queimarem e doerem, por um estúpido sorriso que não queria se desmanchar. Eu disse, apenas posso estar ficando maluca. O que aconteceu comigo para estar aceitando um disco de uma Malfoy?

"Se recomponha, Hermione! Ela vive te humilhando e implicando com você, isso deve ser algum tipo de jogo absurdo ou delírio. Dahlia Malfoy é a "garota perfeita", lembra? Nunca se esqueça do quanto ela te irrita quando, apenas por seu sobrenome consegue tudo que quer." Meu lado consciente reforçava, enquanto o outro apenas pensava no disco e no sorriso dela.

Deus, nem atraída por meninas eu sou.


.....


- Boa sorte, Gina. Não que vocês precisem contra esses idiotas, mas boa sorte. - Digo, antes deles entrarem para a partida contra a Sonserina.

- E eu, Granger? Não ganho nem um "bom jogo"? - Uma voz, que rapidamente reconheci como de Dahlia, pergunta atrás de mim.

- Espero que caiam de suas vassouras, Malfoy. - Digo, e ela ri.

- Você vai ver.. - Ela diz, mordendo de leve seu lábio inferior. - Quando nós ganharmos, você e seus amigos traidores de sangue vão aprender a serem menos prepotentes. Quer apostar quanto que Potter e a Weaselbee não são capazes de deixarem sua briga boba de sentimentos para trás?

Em primeiro lugar, eu tive vontade de matar Dahlia naquele momento. É claro que ela usaria um insulto daqueles para se referir aos meus amigos. Ela é uma Malfoy, uma idiota. E em segundo lugar, ou ela era uma psicopata para saber da briga de Harry e Gina ou alguém havia lhe contado. Prefiro acreditar na segunda opção..

- Vai engolir as suas palavras, junto das suas lágrimas, quando a Grifinória vencer. - Eu disse, tentando parecer o mais segura possível. Dahlia apenas riu e revirou os olhos, em seguida saindo dali.

O jogo havia começado, e a Sonserina já estava na frente. Harry tentava evitar Gina ao máximo, em um comportamento tolo e infantil. Ah, e Draco parecia bastante focado também, sabe-se lá o porquê. Blaise estava se saindo muito bem, o que não era uma surpresa. Alto, forte e rápido, é óbvio que seria um artilheiro incrível.

Não demorou muito para que a Sonserina disparasse na frente. Tudo estava indo muito bem, até um feitiço fazer todas as vassouras descerem.

- Isso é absurdo. Completamente absurdo. Filch, anote. Sem partidas de quadribol até segunda ordem. - Dizia Umbridge, com seu rosto de sapo vermelho.

- O que? Não pode cancelar o quadribol! Você não tem esse direito. - Reclamava Wood, enquanto nós a encarávamos surpresos.

Subitamente, um feitiço certeiro acerta a prancheta de Umbridge, a fazendo explodir. Dahlia vinha irritada, com sua varinha na mão.

- Srta Malfoy! O que é isso? O que diabos está fazendo? - Perguntou a Professora, irritada.

- Ah, isso? É só.. puro e estúpido vandalismo. - Ela respondeu, sorrindo de forma sarcástica. Draco pareia chocado, assim como todos nós.

Caramba. Dahlia havia acabado de explodir a prancheta de Dolores na frente de praticamente toda a escola. Precisava de muita coragem para enfrentá-la, e de ainda mais coragem sendo uma Malfoy.

- Você por acaso tem algum problema na cabeça? - Gritou a professora, e Dahlia revirou os olhos e sorriu.

- Se eu tivesse algum problema na cabeça eu teria errado. - Ela respondeu, e tivemos que segurar a risada.

- Srta. Malfoy! Desrespeitar a mim é desrespeitar o ministro e desonrar o nome de sua família. Venha comigo, precisamos ter uma conversa de garota para garota. - Ela disse, em seguida dando seu sorriso estúpido.

Levou Dahlia até o Castelo, e, por um fato, eu sabia que ela seria punida. A pergunta é: Por que eu ligava?

The Perfect Girl » Hermione GrangerOnde histórias criam vida. Descubra agora