POV: Dahlia- Pansy, pelo amor de deus, não foi nada demais. Você está se estressando a toa. Não é como se não soubéssemos o que a vaca rosa faria comigo. - Eu dizia, tentando acalmar ela.
Estávamos no salão comunal da Sonserina, após eu ter voltado da sessão com a Professora Dolores. Havia ganhado de presente uma cicatriz na minha mão, com as palavras "Eu não devo desrespeitar superiores". É, acho que estamos de volta aos tempos medievais. E dessa vez meu pai não vai saber disso.
- Isso é um absurdo, Lia. Ela não pode te torturar assim! - Diz Parkinson, segurando minha mão. Em um movimento rápido me separo dela, e viro os olhos.
- Pare de criar tempestade em copo d'água. É só uma cicatriz. Minha mão vai se recuperar em breve.
- Meu pai vai saber disso - Reclamava Draco, passeando de um lado para o outro. - Em circunstâncias normais eu preferiria morrer a concordar com o maldito Potter, mas ele está certo. Umbridge tem que parar.
- Draco, deixa de besteira. Em primeiro lugar, papai não pode saber, ou eu vou ficar de castigo para sempre. Em segundo, todos sabemos do seu crush patético por Harry, nem tente fingir que nos engana. - Digo, e observo enquanto a expressão de meu irmão se tornava irritada.
- Dahlia está certa, Draco. Todo mundo sabe que você gosta de Potter. Sua irmã gosta de meninas, não seria o fim do mundo você gostar de meninos. - Pondera Blaise, e concordamos com a cabeça.
- Gente, de onde vocês tiraram que eu gosto do Potter? Isso é insano! Eu nem sou gay. - Draco diz, e nós seguramos a risada.
- Ugh! Potter é um imbecil. Ele passa por mim com aquele ar superior, e nem se incomoda em falar alguma coisa! - Imita Blaise com sua voz afeminada, e nós caímos na gargalhada.
- Ai, Dahlia, eu não aguento o Potter. Por que ele tem que andar daquela maneira? Fazendo meu coração acelerar, e minha respiração ficar fora do lugar. - Digo, entrando na brincadeira.
- Eu amo, amo, amo Harry Potter! - Pansy implica, e nós todos rimos. Draco ainda estava com sua cara fechada, mas sabia que no fundo estávamos certos.
- Eu não sou assim. Calem a boca, vai! - Pedia meu irmão.
- Ah, qual é, cara? Até seu pai já deve saber. - Comenta Blaise.
Nós conversamos mais alguns minutos, e em seguida vamos para a aula de poções. Se acha que pelo fato de Snape ser meu padrinho as coisas seriam mais fáceis, está enganado. Esse ano por exemplo, estou sendo obrigada a sentar com Granger.
Quer dizer, ela não é tão ruim quanto parece ser. Diferentemente do meu querido irmão gêmeo e do meu pai, eu não ligo muito para sangue. Hermione é uma pessoa como as outras, independentemente do fato de ser nascida trouxa, puro sangue ou mestiça. Por isso dei uma chance para conhecer ela. E, confesso, não estou decepcionada.
- Malfoy, você está bem? - Pergunta Hermione, quando me sento ao seu lado.
- Estou, valeu. Não precisa se preocupar com isso.
- O que ela faz é insano. É.. é.. é tortura. É ilegal. - Ela dizia, como se estivesse procurando palavras suficientes.
- Aí, relaxa. Já passou, Granger. Vamos prestar atenção na aula. - Eu digo, e ela sorri aliviada para mim. Prestamos atenção na aula, e no fim do dia resolvo ir para a biblioteca estudar um pouco.
POV: Hermione
Depois das aulas, vou para a biblioteca devolver alguns livros e acabar o dever de casa, já que os gêmeos Weasley andavam fazendo do Salão da Grifinória uma festa. Eu gosto deles, mas Fred e George têm que entender que pessoas em Hogwarts se importam com o NOMs e NIEMs.
- Obrigada, querida. - Diz a Sra. da biblioteca após eu devolver todos os meus livros.
Decido vasculhar por livros um pouco mais antigos de poções, talvez esses me ajudassem a fazer o dever de Snape.
- Fazendo o que aqui, Granger? - Pergunta Dahlia, me assustando. Eu quase pulo para trás, e ela sorri. - Te assustei?
- Caramba, Malfoy! Está me seguindo, é?
- Por que eu te seguiria? Eu vim procurar um livro. Por acaso entendeu alguma coisa do dever de Snape? Eu estou há uns vinte minutos só lendo as perguntas, sem nem saber o que a Escandinávia tem a ver com o sangue de dragão. - Ela diz, e sorrio.
- Também não entendi nada. Se quiser podemos tentar.. fazer juntas. Se você quiser, é claro. Eu não quis dizer que..
- Eu topo. Pega suas coisas enquanto pego os livros. - Ela diz, e volto até a mesa que estava para catar meus livros.
Nós nos sentamos na mesa de Dahlia, e lemos as perguntas. Consegui responder algumas das dúvidas dela, e ela conseguiu responder algumas das minhas. Para minha surpresa, Malfoy era surpreendentemente muito boa em poções. Ela era inteligente, e sabia o que estava fazendo.
Deus, a cada dia que passava essa menina me impressionava mais. E, por um fato, sei que não devia fica impressionada com ela. Hermione, céus. Ela chamou seus melhores amigos de traidores de sangue!
Tento me desvencilhar desses pensamentos, e volto a focar nos estudos. Quando havíamos acabado, apenas ficamos encarando os livros, em um silêncio calmo e levemente constrangedor.
- Vai a Hogsmeade sábado? Mal acredito que o fim de semana já é em dois dias. Essas semanas de aula estão se arrastando.. - Pergunto, tentando acabar com a tensão no ar.
- Ah, vou sim. Falando nisso, o que acha de irmos juntas? Poderíamos tomar um café ou chá e visitar uma loja de discos. Ou uma livraria. Você que sabe. - Ela sugere, claramente ansiosa, e eu arqueio as sobrancelhas pela surpresa.
- Uh, pode ser. Quer dizer, eu aceito. Acho que vai ser legal. - Digo, e sorrio.
- Então está marcado. É um encontro. - Dahlia diz, em seguida recolhendo seus livros e se inclinando para perto de mim. Deixa um beijo rápido em minha bochecha, e sai dali.
Malfoys e sua mania de saídas marcantes..
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The Perfect Girl » Hermione Granger
Fiksi PenggemarDahlia Malfoy. Uma garota levemente fria, e um pouco grossa. E, estupidamente, a melhor em tudo que fazia. A melhor em quadribol, as melhores notas e a melhor monitora. Ah, e claro. A melhor em desapontar seus pais e irritar Hermione Granger. Hermi...