a menina do carro

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   Diamante

A menor distancia de você me enlouquece... 

 Me de o prazer de ter você só para mim amanhã, você escolhe onde iremos

 Com carinho seu Shakespeare 

Ps: Shakespeare teria vergonha de mim


Meredith riu, e se perguntou se o motivo para Shakespeare ter vergonha dele seria o fato dele não saber nada de poesia, ela acreditava que sim


- Meredith? – Paula bateu em sua porta

- entre Paula – els arrumou suas flores no vaso

- quem e o admirador? – Paula perguntou

- alguém especial – Meredith falou pegando a caixa de trunfas e ofereceu a Paula

- obrigado, o Luiz, chefe da produção queria falar com você sobre uma das peças

- claro – Meredith guardou as trunfas

- você sabe quem o senhor Andrew esta namorando?

- não, por que? - Meredith perguntou

- ele esta tão animado, e bom ver ele assim, mesmo de mal humor ele sempre tinha aquele sofrimento nos olhos, acho que ele deve estar namorando

- e isso e bom?

- claro, todos merecem ser feliz, eu ouvi falar que ele se tornou um menino amargo desde a morte dos pais, que antes ele era extrovertido e risonho, mais depois que os pais morreram isso mudou, deve ser horrível, ele viu os pais caírem baleados 

- deve mesmo – Meredith suspirou

- isso não e da minha conta – Paula falou 

- vamos

Depois de conversar com Luiz sobre umas das peças Meredith decidiu ir ate a sala de Andrew, talvez ganhasse um beijo, ela bateu na porta e entrou encontrando ele gritando ao telefone

- eu quero ver – ele esbravejou – que se foda a policia, não importa, faça o que disse e me ligue ainda hoje – Andrew bateu o telefone no gancho

- desculpa entrar assim – Meredith sussurrou

- tudo bem, tranque a porta por favor – ele pediu, Meredith girou a chave trancando a porta e caminhou ate Andrew sentando em seu colo, ela o abraçou forte depois o beijou com carinho, ele foi relaxando aos poucos e aprofundando os beijos

- o que aconteceu? - Meredith perguntou depois de um tempo

- conseguimos algo 

- o que?

- a imagem de um carro, havia uma menina olhando em nossa direção, ela pode ter visto algo mais

- isso e bom – Meredith falou

- mais agora a policia quer meter sua mão para ficar com o credito

- e ela pode?

- não sei, tecnicamente as fitas de gravação são minhas, mais se ela quiser pode as pegar como provas, falei com Carlos, para conseguir o máximo antes que a policia as exija, ele fara um trabalho de envelhecimento para descobrirmos como deve estar hoje a menina no carro.

- você não viu nada? – Meredith perguntou

- não, foi rápido demais, meu pai saiu na frente para pegar o carro, e eu segui atrás com minha mãe, quando o alcançamos ele pegou a mão dela e de repente eu os vi indo em direção ao chão sangrando, a única pessoa que eu vi, foi uma menina no carro, ela olhava pela janela, os olhos medrosos, e cheios de amor e compaixão, foi muito rápido depois o carro virou na esquina, mais eu nunca vou esquecer aqueles olhos, que no pior momento da minha vida quando a escuridão me consumiu brilharam para mim como o día eu duvido muito que ela siquer lembre desse dia, mais depois de tantas fracassos talvez ela possa ajudar

- e de onde saiu o carro?

- não sei, ele só estava passando eu acho, não houve barulho, provavelmente o motorista desconhecido nem nos viu, só a menina, também não da para o reconhecer, o seu rosto esta apagado pela escuridão do carro só se ve a menina que esta pendurada na janela

- eu queria ajudar – Meredith murmurou

- você me ajuda só por estar aqui – Andrew a beijou, ele se afastou quando o telefone tocou – oi

- conseguimos algo, não esta muito bom, a imagem da câmera e escura, mais deve ajudar, vou mandar a foto por e-mail, estamos pesquisando ela, assim que souber ligo novamente

- ok, obrigado – Andrew desligou

- o que foi?

- ele me enviou uma foto de como a menina deve estar hoje, Andrew afastou Meredith e foi ate seu notebook abrindo seu e-mail, ele abriu o arquivo recém enviado, olhou a foto pelo que pareceu um século, a menina a foto em seu antes e depois, ela parecia com Meredith, meio distorcido mais sim, seria ela, ou alguém muito semelhante, uma irma gêmea, Andrew arfou, Meredith se aproximou e vi algo que fez seu coração parar depois bater forte machucando seu peito, era ela na tela do computador, não era a foto atualizada que lhe trazia essa certeza mais a menina no carro, ela se viu naquele mesmo vestido de joaninhas, o seu preferido, seus cabelos presos em um rabo de cavalo, ela viu a semelhança da foto de depois, um pouco diferente mais sem duvidas seria ela, o que ela estava fazendo ali? Ela era a menina?

 - sou eu – ela conseguiu dizer

- não da para ter certeza – Andrew falou meio sufocado

- não, sou eu Andrew – ela mostrou a criança – esse era meu vestido favorito

- você tem certeza?- Ele a fitou

- sim, sou eu – ela se afastou sentando em um dos sofás, tudo girava em sua frente

- você era a menina? – ele levantou indo em sua direção, tudo parecia fazer sentido, por que aqueles olhos mexeram tanto com ele na primeira vez que ele a viu, era sua memoria lhe gritado, “è ela” mais ele não quis ouvir, Andrew sentou diante dela

- eu não lembro de nada – ela falou chorando – desculpa 

- ei não chore – ele a abraçou – não importa

- eu não sei, não sei como – Meredith balbuciou entre lagrimas 

- shhhh, não chore, preciso ligar - Andrew falou depois de um longo silencio

- tudo bem

  Ele pegou o telefone e ligou para Carlos

- ainda não temos um nome – ele respondeu 

- não precisa descobrir, o nome da menina e Meredith Grey

- como sabe?

- ela e minha namorada – Andrew respondeu meio sufocado

- como assim? – Carlos soou incrédulo

- e o que ouviu, o impossível e possível, a menina do carro e minha namorada, ela esta comigo, ela viu a foto e se reconheceu na criança em seu vestido de joaninha

- ela viu algo?

- ela não lembra, siga outro rumo, pelo menos por agora

- eu poderia conversar com ela?

- não agora, ela ficou abalada

- tudo bem 

- tchau – Andrew desligou – vamos embora?

- tudo bem – Meredith levantou 

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