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Andrew não conseguia tirar Meredith da cabeça, ele se perguntava se ela tinha aprendido novamente o que sabia, ele acreditava que não, essa Meredith era ainda mais doce e meiga, com seu tom suave e calmo, agora que tudo tinha acabado Thatcher não tinha por que fazer a filha aprender tudo aquilo novamente, ele descobriu que gostava de sua menina guerreira que sempre tinha um bom truque na manga, e o surpreendia tirando coisas loucas de sua bolsa, ele se perguntou se haveria algum tipo de arma em sua bolsa, ele deduziu que a resposta era não, Andrew descobriu que gostava do novo corte dela, aquela franga de menina a deixava ainda mais encantadora, ele tinha certeza de duas coisas, ele amava Meredith antes e ainda a amava agora e que ele não deixaria ela se afastar, então mostraria a ela que ele estava envolvido, então depois do ele parou em uma floricultura e comprou rosas azuis, pediu uma amarela e colocou no meio do buque, e escreveu

"Diamante azul"

"Sei que achara louco de minha parte, mais você me cativou no primeiro segundo, e como se fosse destino nosso encontro, receba minhas flores como prova do quanto e importante para mim, não sei se conseguirei ficar longe de você por muito tempo, esperei demais para te encontrar, me chame de louco se quiser, talvez eu seja, mais não são os loucos que conhecem tão profundamente o amor? Sua voz, seu cheiro, seu sorriso, seu olhar, eles nunca se apagaram da minha mente..."

Com carinho Shakespeare

Meredith leu aquelas palavras e sentiu seu coração voltar a bater frenético, ele não se cansava de sentir aquele vazio pelas lembranças que não chegavam, ela olhou as rosas azuis suas preferidas, e apenas uma amarela, ela inalou o cheiro, caminhou devagar para a cozinha e pediu um vaso a empregada depois as levou para o escritório e as colocou sobre o piano sentou no banco e tocou admirando seu presente, ela também não sabia se conseguiria se manter longe de por muito tempo, havia algo dentro dela que implorava pela proximidade, que forçava sua memoria a funcionar, mais nada vinha, ela fechou os olhos quando a dor em sua cabeça aumentou, acontecia quando ela tentava lembrar e não conseguia, levantando do banco seguiu direto para seu quarto sem parar para ouvir o que Ligia lhe falava, ela fechou a porta, sentou e sua cama, seu quarto estava arrumado agora, quando chegou haviam muitas coisas que sua mãe disse serem dela de quando vieram por uns meses, ela não tinha olhado nada ainda, faria isso outra hora, ela já estava mal demais para forçar ainda mais sua mente, soltando um grande suspiro focou sua mente no rosto de Andrew, aquele homem que mais parecia um menino, ele era lindo com seu sorriso cativante, tão doce com ela que fazia tudo parecer melhor.

************

Meredith sentou na cama arfando, não sabia se ainda era tarde ou já era dia - ela olhou o sol por sua janela, seu pesadelo foi ainda pior, ela não só sonhou com o homem chorando mais um menino que a fitava chorando havia um casal de joelhos, o menino gritou ela viu as lagrimas descendo por seu rosto, depois acordou arfando, ela levantou e pegou seu celular ainda era tarde cinco da tarde, então decidiu tomar um banho para relaxar, quando terminou colocou um vestido e desceu para comer alguma coisa, sua mente estava tomada por seu pesadelo, aqueles dois olhos se pareciam muito com os de Andrew, só que eram sofridos, depois de comer Meredith saiu da casa andando devagar pela calçada admirando as casas grande como a sua, ela pediu em uma oração sofrida que fosse capaz de lembrar, ela não suportava não saber tantas coisas da sua vida, ela não sabia se já amara um homem antes, ela sentia um sentimento forte demais por Andrew, não o chamaria ainda de amor, mais esse era seu destino, ela congelou ao ver a casa marrom que aprecia triste demais, se perguntou se seria ali que Andrew morava, o homem arfou

- oi - ele disse

- oi - Meredith sorriu

- quer falar com alguém?

- na verdade estou só andando - ela falou - e uma linda casa

- você esta bem?

- sim

- onde mora? - o homem perguntou

- a três quadras daqui

- você mora a quanto tempo aqui?

- voltei ontem

- eu sei que e estranho mais você parece muito com uma pessoa que eu conheci

- mesmo? Quem?

- a namorada do meu chefe

- quem seria ele?

- o senhor Andrew Deluca

- ele tinha namorada? Ele não esta mais com ela?

- não, ela morreu - ele respondeu - a um ano

- eu sinto muito por ele

- eu nem deveria estar falando isso, não e da minha conta

- nem da minha - Meredith riu - você parece ser muito legal

- posso te contar uma historia sobre ela?

- claro - Meredith ia adorar ouvir, ela não conhecia muitas pessoas, e qualquer pessoa que fosse gentil como ele estava sendo a deixaria feliz

- um dia, eu sai com ela como motorista junto com meu parceiro, tinha um carro nos perseguindo e atirando, ela me mandou jogar o carro para a via errada e frear eu fiz

- mais por que?

- quando ficamos ao lado do carro, ela atirou em um pneu e quando ficamos atrás ela atirou no outro, eu nunca tinha visto uma mulher tão esperta

- ela deveria ser - Meredith concordou - como ela morreu?

- ninguém sabe

- qual seu nome?

- Paulo - ele respondeu

- e um prazer Paulo, sou lexie - ela ofereceu a mão

- você e tão doce quanto ela - Paulo falou - aposto que meu chefe ia adorar conhecer você

- eu acho que já o conheço

- de onde?

- eu vi ele pela manha em frente a minha casa, durante uma caminhada

- deve ser ele, ele a viu?

- sim, ate conversamos

- então por que não entra? - Paulo sugeriu

- não sei - Meredith ia adorar rever Andrew

- fique, ele e sempre triste - Paulo argumentou

- tudo bem, eu fico aqui conversando com você

- ótimo, sente - ele ofereceu um banquinho que tinha ali

- obrigado

Meredith ficou conversando com Paulo por um longo tempo, ele não conseguia assimilar as coisas, ou era Meredith ou uma irma gêmea, a semelhança era notável e inquestionável, ele queria que Andrew chegasse logo, enquanto não fazia falava coisas engraçadas para ela que ria sem parar, Paulo avistou o carro de seu chefe se aproximar e sorriu aliviado, quando ele estava muito perto viu Meredith

- Paulo? - Andrew soltou surpreso

- oi Andrew - Meredith soltou

- oi - ele desceu do carro - você guarda para mim?

- sim senhor com prazer - Paulo entrou no carro

- o que faz aqui fora?

- eu conversava com o Paulo

- o que? - Andrew questionou

- ele me viu e falou comigo, então descobri que era sua casa, ele me fez ficar e esperar você

- mesmo?

- sim - ela sorriu lindamente fazendo Andrew temer perder ela novamente

- quer entrar?

- tudo bem - Meredith abriu um sorriso doce para Andrew

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