LIGADOS PELO DESTINO

coração de Shakespeare

Andrew acordou cedo apesar da ressaca, seu corpo o despertou, ele estava ao lado de Meredith que dormia tranquila em seus braços, mais não foi isso que o surpreendeu, foi o vazio, não houve pesadelo, não depois que eoa deitou ao seu lado, ele estava em paz como não esteve a anos, sua menina, seu diamante azul, ele o protegeria e preservaria, Andrew se afastou deixando Meredith ainda dormindo, ele não queria deixa-la assim, mais sua rotina o obrigava, ou assim ele justificou, Andrew procurou por papel e caneta, encontrou um bloco de desenho perto da poltrona vermelha, na primeira folha havia um desenho, ele olhou admirando o bracelete, os detalhes haviam setas indicando, em um canto, escrito, “em prata”, e em outro apontando ao que seriam as pedras “diamante azul” mais o que o deixou sem reação foi o nome que ela deu a peça, “coração de Shakespeare” Andrew sorriu, ela desenhou para ele, deixando o desenho ao lado ele pegou o bloco e escreveu

 Diamante me desculpe sair sem despedidas... sou um tanto covarde, obrigado por ter cuidado de mim, e pela noite de paz... ainda sinto o sabor de seu beijo.... 

  Com carinho Shakespeare  

Meredith leu mais uma vez o recado, ela sorriu por suas palavras, e de sua assinatura,  ela pegou seu desenho e guardou em sua pasta, o mostraria para Andrew,

Meredith já estava arrumada em um vestido mais casual para sua alegria seu cargo não lhe exigia tanta formalidade, então ela escolhe um vestido azul escuro de linho que ficava acima do joelho e se abria um pouco abaixo dos seios, ele era apenas de alças, então colocou sobre ele um casaco de tricô preto e puxou as mangas ate acima dos cotovelos calçou saltos fechados pretos, e deixou  seus cabelos soltos, pegou sua bolsa e colocou dentro sua pasta e seu celular tinha apenas quarenta minutos para chegar ao trabalho

- bom dia – Meredith sorriu para Cristina

- bom dia bela adormecida, onde esta o príncipe? 

- partiu ao amanhecer, eu não posso conversar agora se não atraso – Meredith falou pegando uma maça

- e como ele ficou?

- bem – ela parou um instante

- e o que ganhou por se uma boa enfermeira?

- beijos maravilhosos – meredith ia saindo da sala

- ei conta

- depois – ela respondeu por cima do ombro

  Meredith chegou com cinco minutos de folga, ela viu Paula sorrindo ao lhe ver

- o chefe esta a sua espera – Paula murmurou – incrivelmente hoje ele esta de bom humor

- eu vou lá – ela falou

Meredith  parou diante da porta e bateu

- entre – Andrew respondeu

 Meredith abriu a porta e entrou depois a fechou atrás de si, Andrew estava sentado na cadeira atrás de sua mesa sorrindo para ela, fazendo o pobre coração de Meredith doer de tão forte que bateu, ela caminhou para mais perto e parou diante de sua mesa

 - bom dia – ela sorriu

- bom  dia Srta. – ele falou

 O “Srta.”. pegou Meredith de surpresa, ela se perguntou se ele agiria como se nada tivesse acontecido, ela não estava pronts para idso

- esta melhor?- ela conseguiu perguntar

- uma dor de cabeça – ele levantou e deu a volta na mesa parando diante de Meredith, Andrew se apoiou na mesa e pegou as duas mãos de Meredith – você e meu anjo – ele beijou cada uma delas, depois a puxou para mais perto e a beijou nos lábios, um beijo profundo e cheio de promessa, Meredithrelaxou feliz por saber que ele não fingiria que nada aconteceu – eu não queria ter saindo sem falar com você – ele disse 

- tudo bem, eu vi seu recado

- prometo que na próxima vez não sairei do seu lado ate que acorde

- próxima vez? – Meredith provocou

- pelo menos e o que desejo – ele disse

- não vejo a hora – els tocou os cabelos de Andrew – gosto do seu cabelo

- eu não muito

- por que?

- bobagem, minha mãe tinha os cabelos assim, uma linda italiana

- agora eu entendo o fascínio dela por Shakespeare - Meredith murmurou meia piegas

- linda - Andrew passou os dedos pelo rosto dela

- tenho uma coisa para você – Meredith abriu a bolsa e tirou da pasta seu ultimo desenho – essa será a peça principal “o coração de Shakespeare”

- o meu?

- sim – ela tocou os lábios de Andrew com os seus – fiz ontem enquanto dormia

- por que um bracelete?

- não sei – ela deu de ombros – eles tem um significado para alguns costumes, na Grécia antiga significa, bravura e honra

- e o que vê em mim?- ele perguntou

- sim – Meredith concordou 

- obrigado

- por que você causa medo a Paula?- Meredith não resistiu a pergunta

 - medo?

- sim, ontem quando sai da minha sala você estava quebrado mais uma garrafa, ela estava apavorada, eu disse para ela ir, ela já estava pensando em ligar para a irma, para que fosse buscar seu filho, mais ela se negou, eu insisti, assumindo o risco de ir para a rua, então ela foi, mais ela estava com medo

- eu não imaginava que lhe causa-se medo

- ela disse que você as vezes e assim rude – Meredith continuou – e por causa dos seus pais?

- sim

- o que aconteceu com eles?

- foram assassinados... na minha frente – ele fechou os olhos e os esfregou com força – no dia do meu aniversario de treze anos

- céus – Meredith o abraçou pela cintura, Andrew a envolveu feliz com o afeto – eu não imaginava

- ontem eu acordei pela manha, como em todas as manhas depois de ter sonhado com a mesma cena, mais foi pior parecia mais real, eu ouvia a minha mãe falando em italiano que me amava, eu nunca tinha a ouvido, estava enlouquecido, eu liguei para o meu advogando e o mandei reabrir o caso, eu não vou viver bem enquanto não matar o homem que os matou e cada pessoa que ele ama, será olho por olho

- você acha que isso o fara mais feliz?

- não sei, mais hoje pela primeira vez eu não tive o pesadelo, eu acordei em paz ao seu lado, isso me fez bem

- Paula disse que hoje você estava bem – Meredith riu

- você me deixou assim – Andrew a beijou – por favor não me deixe

- não vou – ela o abraçou mais forte