Adrenalina: hormônio que nos prepara para lidar com situações estressantes.
6 horas sem Allegro: passando a maior vergonha da minha vida.O tatuado ainda me encarava com um olhar divertido, como se tentasse amenizar o meu desconforto, o que eu não acreditava que fosse acontecer tão cedo. Ser flagrado enquanto tenta reproduzir os músculos do braço de um estranho é uma das coisas que entram para a lista de vergonhas insuperáveis facilmente.
– D-Desculpa, eu não quis... – Tentei pensar em alguma desculpa, por mais esfarrapada que fosse, mas meu cérebro não agia bem sob pressão.
– Não quis? – Questionou, ainda com um sorrisinho brincando nos lábios.
– Okay, queria. Eu só tava sozinho e pensei que ninguém perceberia… Desculpa, mesmo. – Fiz menção de rasgar a folha de papel.
– Não! Não rasga! – O homem exclamou, me fazendo parar com a ação. – Eu te perdoo se você fizer um pra mim.
– Como assim? – Indaguei, ainda confuso.
– Faz um desenho pra mim.
Aquele cara não fazia sentido algum. A reação mais comum seria simplesmente pedir para os seguranças se livrarem da pessoa estranha que está te desenhando, não barganhar com ela. O desconhecido sentou-se ao meu lado e eu decidi morder a isca.
– Mas o que você quer que eu desenhe?
– Okay, presta bem atenção. – Falou, sério.
Então ele começou a descrever uma espécie de monstro que era basicamente a mistura de um dinossauro, com alguma ave e um pouco de tubarão. Definitivamente, aquilo não poderia ficar mais estranho.
No entanto, os olhos do rapaz brilhavam em animação e eu só aceitei. Afinal, eu estava sem remédios, mas não fora de mim o suficiente para negar passar o bom tempo que demoraria para terminar o desenho mirabolante junto de um homem como aquele. Rapidamente, virei a folha e comecei a tracejar a base do animal fictício.
– Então, eu tenho direito de saber seu nome? Ou você prefere “maníaco fissurado em monstros inexistentes”? – Brinquei, ainda sem tirar os olhos do papel.
O tatuado riu alto, e logo respondeu:
– É Frank. E o seu? “Maníaco dos desenhos sem autorização”?
O gelo estava oficialmente quebrado, e, assim, me permiti rir alto. – Eu também atendo por Gerard, na maior parte do tempo.
– Então, Gerard. Você sempre desenha caras desconhecidos pra flertar? Tática ousada.
– Funcionou agora, não funcionou? – O olhei, sorrindo travesso.
Frank parecia chocado pela minha resposta, mas logo se recuperou, animado.
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Allign [FRERARD]
FanfictionEm 2050, o mundo inteiro recorria à remédios para levar uma vida normal. Com Gerard Way não seria diferente, visto que ele fora introduzido à rotina dos remédios controlados desde que sua avó morrera. Agora adulto, Way se considerava bem melhor, a p...