2. Adrenalina

235 37 254
                                    


Adrenalina: hormônio que nos prepara para lidar com situações estressantes.

Adrenalina: hormônio que nos prepara para lidar com situações estressantes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


6 horas sem Allegro: passando a maior vergonha da minha vida.

O tatuado ainda me encarava com um olhar divertido, como se tentasse amenizar o meu desconforto, o que eu não acreditava que fosse acontecer tão cedo. Ser flagrado enquanto tenta reproduzir os músculos do braço de um estranho é uma das coisas que entram para a lista de vergonhas insuperáveis facilmente.

– D-Desculpa, eu não quis... – Tentei pensar em alguma desculpa, por mais esfarrapada que fosse, mas meu cérebro não agia bem sob pressão. 

– Não quis? – Questionou, ainda com um sorrisinho brincando nos lábios.

– Okay, queria. Eu só tava sozinho e pensei que ninguém perceberia… Desculpa, mesmo. – Fiz menção de rasgar a folha de papel.

– Não! Não rasga! – O homem exclamou, me fazendo parar com a ação. –  Eu te perdoo se você fizer um pra mim.

– Como assim? – Indaguei, ainda confuso.

– Faz um desenho pra mim. 

Aquele cara não fazia sentido algum. A reação mais comum seria simplesmente pedir para os seguranças se livrarem da pessoa estranha que está te desenhando, não barganhar com ela. O desconhecido sentou-se ao meu lado e eu decidi morder a isca. 

–  Mas o que você quer que eu desenhe?

– Okay, presta bem atenção. – Falou, sério.

Então ele começou a descrever uma espécie de monstro que era basicamente a mistura de um dinossauro, com alguma ave e um pouco de tubarão. Definitivamente, aquilo não poderia ficar mais estranho.

No entanto, os olhos do rapaz brilhavam em animação e eu só aceitei. Afinal, eu estava sem remédios, mas não fora de mim o suficiente para negar passar o bom tempo que demoraria para terminar o desenho mirabolante junto de um homem como aquele. Rapidamente, virei a folha e comecei a tracejar a base do animal fictício.

– Então, eu tenho direito de saber seu nome? Ou você prefere “maníaco fissurado em monstros inexistentes”? – Brinquei, ainda sem tirar os olhos do papel.

O tatuado riu alto, e logo respondeu:

– É Frank. E o seu? “Maníaco dos desenhos sem autorização”?

O gelo estava oficialmente quebrado, e, assim, me permiti rir alto. – Eu também atendo por Gerard, na maior parte do tempo.

– Então, Gerard. Você sempre desenha caras desconhecidos pra flertar? Tática ousada.

– Funcionou agora, não funcionou? – O olhei, sorrindo travesso.

Frank parecia chocado pela minha resposta, mas logo se recuperou, animado.

Allign [FRERARD]Onde histórias criam vida. Descubra agora