capítulo 7

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P.OV Lauren

- Pai, to indo buscar o Camz, a Dinah ja está no iate? - perguntei colocando uma mala no carro.

Como eu já estive no Canadá para acompanhar a obra, eu ja tinha minha casa e minhas coisas estavam quase todas lá, faltava só um pouco que eu estava levando agora.

- sim, mas ela comentou comigo que iria voltar para cuba. A Mani estava tendo problemas no colégio e ela decidiu abandonar esse país de vez.- contou meu pai.

- isso é ótimo pai, estava na hora de da Mani tomar essa decisão. O senhor também deveria ir embora daqui. Esse país não é bom. -  meu pai apenas suspirou.

Cuba é um país muito precário, condições de vida são bem ruins e quase ninguém consegue subir na vida aqui. Alguns vão embora ou conseguem imigrar em outros países mas os que ficam, continuam lutando para sobreviver.

Meu pai achava que ficando aqui sendo defensor  público estava os ajudando, de fato ajudava mas estava na hora de ir, porém ele não queria.

- a gente ja conversou sobre isso filha. - falou meu pai.

- até a Mamãe foi embora daqui e agora eu estou indo, o senhor vai ficar sozinho.- ele sorriu triste.

- eu preciso ficar e ajudar as pessoas filha. -  me abraçou apertado. - boa viagem e me ligue quando chegar lá. - pediu meu pai dando um beijo na minha testa.

- eu amo o senhor pai, se cuida e até logo! - abracei ele forte e entrei no carro.

Eu queria chorar por deixar meu pai mas ele sabe o que está fazendo. Engoli o choro e dei partida.

O caminho até a casa do Camz foi tranquilo. Quando estacionei vi ele sentado em frente a casa dele sozinho com uma mala no lado, o rosto dele estava escondido entre as pernas por causa da forma que ele estava sentado.

Ele estava de casaco, calça comprida e tênis, o que é estranho ja que esta bastante calor.

Eu sai do carro e fui até ele. Quando eu toquei nele ele se assustou.

- ta tudo bem?- perguntei.

- podemos ir?- perguntou ele me olhando triste.

Ele estava triste, com a voz meio rouca e tinha olheiras.

- não vamos falar com seus pais? - perguntei e ele negou. - então vamos. - falei pegando a mala dele levando para o porta malas do meu carro.

Abri a porta e ele entrou cabisbaixo.

- Camz, tá tudo bem? Aconteceu algo? - perguntei assim que entrei no carro.

- eu não quero falar sobre isso agora. - ele me olhou com os olhos marejados e então eu respeitei e dando partida.

Durante o caminho eu ouvi a barriga dele roncar então parei em um mercadinho e comprei um achocolatado, uma garrafinha de água e um pacote de biscoito. Ele não quis aceitar pois estava envergonhado mas eu insisti e ele aceitou agradecendo.

Eu sabia que tinha acontecido algo na casa dele pelo jeito triste que ele estava, mas não fazia idéia do que houve.

Quase duas horas depois nós chegamos na praia. Estacionei o carro numa área reservada e peguei as malas e minha bolsa.

Camz carregou a mala dele e eu a minha até o cais. Ele estava surpreso com os iates que tinham ali. Chegando perto do nosso pude ver Dinah de biquíni e uma canga enrolada na cintura.

- Até que enfim, achei que não vinham mais. -  Dinah sorriu.

- demoramos mas chegamos... - sorri. - Dinah esse é o karlos e Camz essa é a Dinah. - apresentei e eles sorriram um para o outro.

TransBoy- CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora