capítulo 23

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    P.O.V K.C

- ta preparado? - perguntou Lo.

- não mas vamos lá.- respondi meio nervoso.

Eu iria ver meus pais agora depois de tudo o que eles fizeram. Lo abriu a porta e entrou na frente, eu fui logo atrás e vi meus pais e o senhor Jauregui na sala.

- bom dia.- desejou Lo com a voz grossa.

- bom dia. - respondeu minha mãe e meu pai ficou em silêncio.

- bom... estamos aqui apenas por um propósito. Eu como advogado darei uma opção. - disse o senhor Jauregui. - vocês tem o direito de aceitar ou recusar, se recusarem levamos isso ao tribunal e diante das agressões que ocorreu na vida do Karlos vocês iram perder e ainda pagar multa pro governo.- informou o senhor Jauregui direto abrindo a maleta dele tirando uma pasta.

- qual é a proposta? - perguntou meu pai.

- nós não deixaríamos vocês levar o menino, não depois do que fizeram. Então eu vou emancipa-lo. - disse o senhor Jauregui.

- o que isso significa?- perguntou minha mãe.

- que o Karlos vai ser uma pessoa livre antes dos 18 anos, livre de vocês. - falou o senhor Jauregui.

- graças a Deus. - murmurou minha mãe e isso deixou meu coração pequenininho. - eu fico feliz se verdade que você não vai voltar filha. Eu e seu pai não merecemos você. - disse minha mãe e meus olhos encheram de lágrimas.

- onde assinamos essa porcaria?- perguntou meu pai.

- aqui está, pode assinar. - disse o senhor Jauregui dando uns papéis para meus pais.

Eles assinaram e logo eu assinei.

- filha... - chamou minha mãe. - filha olha pra mim. - pediu minha mãe então eu olhei. - eu sei que fui uma péssima mãe em concordar com certas coisas mas me perdoe. Eu quero mudar e continuar tendo você em minha vida. Quando você puder, venha me visitar. Até lá eu vou ter me reerguido e saber o suficiente para te entender. - disse minha mãe segurando minhas mãos e logo me abraçou. - eu amo você filho. - sussurrou ela em meu ouvido e eu desabei no choro a abraçando de volta.

- eu vou voltar pela senhora, mãe. - sussurrei desfazendo o abraço e os olhos dela estavam cheio de lágrimas.

- eu vou te esperar filho. - disse ela sorrindo triste.

- acho que acabamos. - disse o senhor Jauregui para acabar logo com aquilo. Lauren apenas concordou.

- vamos! - disse meu pai saindo da sala e minha mãe o acompanhou.

- foi mais rápido que esperava. Agora você é uma pessoa responsável por si mesmo, Karlos.- disse o senhor Jauregui sorrindo.

- obrigado de verdade, por tudo. - agradeci abraçando ele e secando minhas lágrimas.

- não precisa agradecer. - falou ele bagunçando meu cabelo e sorrindo.

- parece que sua mãe está disposta a mudar. - comentou Lauren pensativa.

- sim, ela não entende mas vai tentar entender, Lo. Disse sorrindo.

- isso é bom, Camz. - falou Lo.

- meninos, precisamos sair porque preciso fechar aqui. Preciso ir pra casa, Tenho algumas malas para fazer. - disse o senhor Jauregui e Lauren o olhou surpresa.

- você vai mesmo embora? - perguntou ela e seu pai concordou sorrindo, Então lo abraçou ele.- finalmente, pai. - murmurou ela.

- não adianta ficar aqui e tenta ajudar. Nós nunca iremos conhecer cem porcento as pessoas que convivemos. - disse com pesar  e tenho certeza que se referia aos meus pais.

- eu vou embora agora com o Camz, não trouxemos malas. Mas quando o senhor chegar lá, avisa para a gente comemorar juntos. - pediu Lo e o pai dela concordou fechando a porta da sala que usamos do fórum.

- pode deixar filha. Não avise sua mãe, vai ser surpresa. - disse ele sorrindo animado. - ah, vou transportar os 3 carros e o iate. O resto que sobrar aqui depois eu resolvo. To avisando porque obviamente pra semana vai chegar um carro lá, é para você, Karlos.- dissr o senhor Jauregui e eu arregalei os olhos.

- eu não posso aceitar, senhor Jauregui. - disse nervoso. Eu nem sabia dirigir e ele já havia feito muito por mim.

- aceite por favor, é de coração. - pediu ele sorrindo e Lo discretamente fez que "sim" com a cabeça.

- hmm, Eu aceito, Senhor Jauregui, muito obrigado de verdade. - disse envergonhado e Lo sorriu.

- não precisa agradecer. Você agora é da família. - ele me abraçou de novo sorrindo.

- eu fico muito feliz por isso, vocês são importante para mim.- ele intensificou o abraço.

- Agora eu preciso ir, nos vemos daqui a uns dias. Se cuidem e até logo. - disse o pai da Laur entrando no carro.

A gente se despediu e ele se foi.

- vamos embora Camz. - falou Lo mexendo no celular e logo pediu um táxi para nos levar para o aeroporto.

(...)

- até que ocorreu tudo bem, fico bastante aliviada com isso.- disse Lo.

- eu também, fiquei feliz por minha mãe se importar comigo. - sorri lembrando.

- isso já é um avanço. - disse Laur abrindo a porta do carro.

A viagem de volta foi tranquila e nós dormimos a maior parte do tempo.

- sim, é... acho que agora posso ficar tranquilo. Não tem mais nenhum problema pendente. - falei e Lo concordou.

- Camz, me perdoe mas hoje não vou trabalhar, se quiser ficar em casa também... - falou Lo.

Já era por volta de meio dia e era o horário que eu estaria indo para o trabalho.

- eu dormi no avião. Eu vou para o trabalho. - falei e Lo concordou. Eu não queria ter algum tipo de privilégio pelo fato de morar com a dona do estabelecimento, queria ser como qualquer um funcionário.

- tudo bem, vamos pra casa. Vamos tomar um banho, comer algo e aí eu te levo lá e na hora de ir embora eu te busco. - avisou ela.

- não precisa buscar, Lo, é melhor que eu tento conhecer o caminho de volta. - falei e Lo concordou.

O caminho até em casa foi tranquilo. Quando chegamos Lo foi para o quarto dela e eu pro meu. Eu fui separar a roupa do trabalho e achei alguns pacotes de absorvente nas minhas coisas. Eu corei pois não era meu porém iria agradecer a Lauren. Meu período sempre foi irregular e eu não fazia idéia quando iria vir, porém estava próximo pois senti cólicas recentemente.

Sorri bobo por Laur sempre lembrar de tudo e fui para o banho para em seguida me arrumar para o trabalho.  

><

TransBoy- CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora