P.O.V K.C
- ta preparado? - perguntou Lo.
- não mas vamos lá.- respondi meio nervoso.
Eu iria ver meus pais agora depois de tudo o que eles fizeram. Lo abriu a porta e entrou na frente, eu fui logo atrás e vi meus pais e o senhor Jauregui na sala.
- bom dia.- desejou Lo com a voz grossa.
- bom dia. - respondeu minha mãe e meu pai ficou em silêncio.
- bom... estamos aqui apenas por um propósito. Eu como advogado darei uma opção. - disse o senhor Jauregui. - vocês tem o direito de aceitar ou recusar, se recusarem levamos isso ao tribunal e diante das agressões que ocorreu na vida do Karlos vocês iram perder e ainda pagar multa pro governo.- informou o senhor Jauregui direto abrindo a maleta dele tirando uma pasta.
- qual é a proposta? - perguntou meu pai.
- nós não deixaríamos vocês levar o menino, não depois do que fizeram. Então eu vou emancipa-lo. - disse o senhor Jauregui.
- o que isso significa?- perguntou minha mãe.
- que o Karlos vai ser uma pessoa livre antes dos 18 anos, livre de vocês. - falou o senhor Jauregui.
- graças a Deus. - murmurou minha mãe e isso deixou meu coração pequenininho. - eu fico feliz se verdade que você não vai voltar filha. Eu e seu pai não merecemos você. - disse minha mãe e meus olhos encheram de lágrimas.
- onde assinamos essa porcaria?- perguntou meu pai.
- aqui está, pode assinar. - disse o senhor Jauregui dando uns papéis para meus pais.
Eles assinaram e logo eu assinei.
- filha... - chamou minha mãe. - filha olha pra mim. - pediu minha mãe então eu olhei. - eu sei que fui uma péssima mãe em concordar com certas coisas mas me perdoe. Eu quero mudar e continuar tendo você em minha vida. Quando você puder, venha me visitar. Até lá eu vou ter me reerguido e saber o suficiente para te entender. - disse minha mãe segurando minhas mãos e logo me abraçou. - eu amo você filho. - sussurrou ela em meu ouvido e eu desabei no choro a abraçando de volta.
- eu vou voltar pela senhora, mãe. - sussurrei desfazendo o abraço e os olhos dela estavam cheio de lágrimas.
- eu vou te esperar filho. - disse ela sorrindo triste.
- acho que acabamos. - disse o senhor Jauregui para acabar logo com aquilo. Lauren apenas concordou.
- vamos! - disse meu pai saindo da sala e minha mãe o acompanhou.
- foi mais rápido que esperava. Agora você é uma pessoa responsável por si mesmo, Karlos.- disse o senhor Jauregui sorrindo.
- obrigado de verdade, por tudo. - agradeci abraçando ele e secando minhas lágrimas.
- não precisa agradecer. - falou ele bagunçando meu cabelo e sorrindo.
- parece que sua mãe está disposta a mudar. - comentou Lauren pensativa.
- sim, ela não entende mas vai tentar entender, Lo. Disse sorrindo.
- isso é bom, Camz. - falou Lo.
- meninos, precisamos sair porque preciso fechar aqui. Preciso ir pra casa, Tenho algumas malas para fazer. - disse o senhor Jauregui e Lauren o olhou surpresa.
- você vai mesmo embora? - perguntou ela e seu pai concordou sorrindo, Então lo abraçou ele.- finalmente, pai. - murmurou ela.
- não adianta ficar aqui e tenta ajudar. Nós nunca iremos conhecer cem porcento as pessoas que convivemos. - disse com pesar e tenho certeza que se referia aos meus pais.
- eu vou embora agora com o Camz, não trouxemos malas. Mas quando o senhor chegar lá, avisa para a gente comemorar juntos. - pediu Lo e o pai dela concordou fechando a porta da sala que usamos do fórum.
- pode deixar filha. Não avise sua mãe, vai ser surpresa. - disse ele sorrindo animado. - ah, vou transportar os 3 carros e o iate. O resto que sobrar aqui depois eu resolvo. To avisando porque obviamente pra semana vai chegar um carro lá, é para você, Karlos.- dissr o senhor Jauregui e eu arregalei os olhos.
- eu não posso aceitar, senhor Jauregui. - disse nervoso. Eu nem sabia dirigir e ele já havia feito muito por mim.
- aceite por favor, é de coração. - pediu ele sorrindo e Lo discretamente fez que "sim" com a cabeça.
- hmm, Eu aceito, Senhor Jauregui, muito obrigado de verdade. - disse envergonhado e Lo sorriu.
- não precisa agradecer. Você agora é da família. - ele me abraçou de novo sorrindo.
- eu fico muito feliz por isso, vocês são importante para mim.- ele intensificou o abraço.
- Agora eu preciso ir, nos vemos daqui a uns dias. Se cuidem e até logo. - disse o pai da Laur entrando no carro.
A gente se despediu e ele se foi.
- vamos embora Camz. - falou Lo mexendo no celular e logo pediu um táxi para nos levar para o aeroporto.
(...)
- até que ocorreu tudo bem, fico bastante aliviada com isso.- disse Lo.
- eu também, fiquei feliz por minha mãe se importar comigo. - sorri lembrando.
- isso já é um avanço. - disse Laur abrindo a porta do carro.
A viagem de volta foi tranquila e nós dormimos a maior parte do tempo.
- sim, é... acho que agora posso ficar tranquilo. Não tem mais nenhum problema pendente. - falei e Lo concordou.
- Camz, me perdoe mas hoje não vou trabalhar, se quiser ficar em casa também... - falou Lo.
Já era por volta de meio dia e era o horário que eu estaria indo para o trabalho.
- eu dormi no avião. Eu vou para o trabalho. - falei e Lo concordou. Eu não queria ter algum tipo de privilégio pelo fato de morar com a dona do estabelecimento, queria ser como qualquer um funcionário.
- tudo bem, vamos pra casa. Vamos tomar um banho, comer algo e aí eu te levo lá e na hora de ir embora eu te busco. - avisou ela.
- não precisa buscar, Lo, é melhor que eu tento conhecer o caminho de volta. - falei e Lo concordou.
O caminho até em casa foi tranquilo. Quando chegamos Lo foi para o quarto dela e eu pro meu. Eu fui separar a roupa do trabalho e achei alguns pacotes de absorvente nas minhas coisas. Eu corei pois não era meu porém iria agradecer a Lauren. Meu período sempre foi irregular e eu não fazia idéia quando iria vir, porém estava próximo pois senti cólicas recentemente.
Sorri bobo por Laur sempre lembrar de tudo e fui para o banho para em seguida me arrumar para o trabalho.
><
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TransBoy- Camren
FanfictionCamila desde que nasceu percebeu que era diferente e sua mente não correspondia de acordo com seu corpo. Na sua cabeça ele era um menino, mas quando se olhava no espelho via uma menina. Ele só queria que as pessoas entendessem que aquele corpo não e...