[06] E, às vezes, escolhas machucam.

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esse é, particularmente dizendo, o meu capítulo favorito dentre todos. e só um adentro: embora haja menção a traição no decorrer desse capítulo, não acho certo tal coisa. achei melhor mencionar aqui pra evitar possíveis problemas e coisas do gênero.

ah! por estarmos numa reta final, haverá atualização hoje, quarta e sexta. é isso, boa leitura, obrigada por tudo e eu amo vocês ♡

[...]

Após o último encontro que San vivenciou, os mesmos se tornaram mais frequentes em sua vida. Explicou a situação para Goeun - e ela, por sua vez, quase nem acreditou nisso - e em meio a tudo, San apresentou ambas as amigas entre si, afim de que pudessem criar uma amizade, já que todos ali possuíam um elo, afinal.

- Ela me mandou doces, não é fofo da parte dela? - aquela já era a segunda vez que Goeun falava sobre o presente de Jieun, e apesar de seu disco soar repetitivo, a mesma não parecia ligar para isso.

- Estaria a senhorita gamada nela?

Dito isso, Goeun se cala. Evita o olhar de San a qualquer custo, não queria ter tal conversa em uma simples lanchonete. Desde que conhecera Jieun - isso no mês passado, pois estavam em abril agora - que era possível ver algumas mudanças em sua personalidade; ela sorria com mais frequência, citava tantas e tantas vezes o nome da ômega e até mesmo seu vício com o álcool foi diminuindo significativamente.

Goeun não era apegada a status, focava precisa e exclusivamente em sua felicidade e no bem daqueles que amava. Já pensou em estar apaixonada por San, contudo, isso sumiu quando percebeu que tinha apenas respeito por ele; e desde então que a garota vem se guardando para um romance que a leve aos céus, que tire seu fôlego e faça seu coração sair pela boca.

E, caraca, Jieun fazia exatamente isso consigo.

- Não vou responder isso. - acaba por dizer, cruzando os braços em seguida. San pôde notar as bochechas da amiga um tanto quanto avermelhadas, então preferiu deixar quieto por enquanto. - E você com o Wooyoung?

Mesmo sabendo ser um tópico delicado - parecendo ser bem mais do que fora anteriormente - ela torna a questionar. Rever seu ex amor depois de anos quando se pensava que o mesmo estava morto não era exatamente a coisa mais fácil e simples, pelo contrário, era assustador.

- Eu e ele não existimos na mesma frase, não como foi a dez anos atrás. Somos apenas dois rapazes com vidas diferentes, afinal. - conforme dizia os fatos, ele sentia a boca ressecar e a garganta secar. Dizer verdades queimavam bem mais do contar doces mentiras, e San odiava mentiras, pois tudo que lhe era seu foi retirado por conta de uma mentira ardilosa. - Ele se casou com alguém que não era eu, teve filhos com ele. Eu sou apenas um professor de crianças, Goeun, não somos mais os dois jovens de anos atrás.

- E você vai desistir dele?

- Vou superá-lo como já deveria ter feito, ainda que me seja doloroso desapegar. Sei que se insistir em algo unilateral não será saudável, vai ser o melhor. - sorri fracamente, apesar do sorriso morrer segundos depois. Sua vontade era de chorar enquanto sentia seus demônios interiores se remexerem inquietos.

Era uma dolorosa escolha, e, querendo ou não, bastante necessária.

O sol se findava lentamente no horizonte conforme os jovens seguiam até o clube da cidade. De primeira, Wooyoung cogitou recusar o convite proposto por Jieun - a menina desejava um momento de relaxamento, já que seu trabalho estava consumindo nos últimos dias; no entanto, após pensar bastante, acabou aceitando.

Existia apenas um porém: esse convite se estendia até outras pessoas, e, dentre estas, se encontrava San. Ele chega acompanhado de Goeun, a mesma saúda os demais - Jieun e Wooyoung, já que Mingi não pudera ir junto - e o Jung pôde observar, ainda que sutilmente, San.

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