Capítulo 1: Ressurreição.

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•Lee narrando:

Eu me encontrava parado de pé em frente a maca. Era estranho ver Abigal naquele estado, eu sentia uma necessidade enorme em ajuda-la, mas um pensamento ecoava em minha mente:
(Por culpa dela meu dedo está amputado agora, eu sofri tanto... Por culpa dela...)

Empurrei esse pensamento para longe e suspirei em aflição.
-Lee, por favor! Salve-a!
Disse minha ama preocupada.

Meu coração acelerou, minha garganta ficou seca e senti minhas pernas trêmulas, eu estava sob pressão.
Encarei meu dedo amputado por alguns segundos.

(Mas não é assim que... Eu tenho que agir... Eu não... Não sou assim... Eu preciso ajudá-la!)

O aparelho da qual média seus batimentos cardíacos começou a apitar em uma frequência diferente e frenética da qual chamou minha atenção causando em mim mais pressão do que antes.

-Lee, não temos muito tempo! Lee!?
Exclamava minha ama.

Respirei fundo, uma lágrima desceu em meu olhos direito, eu não estava chorando, aquela lágrima tinha um significado, mas eu não sabia qual era, eu sentia algo, uma sensação da qual eu me neguei a entregar-me.
Coloquei minhas mãos por sobre a ferida e me concentrei, fechei meus olhos e senti uma energia emergir do meu coração, uma áurea esverdeada começou a fluir de meu peito e estava sendo direcionada para a ferida no peito de Abigail.
Me mantive concentrado enquanto a áurea verde se expandia.

•Sara:

Tudo estava falhando como num disco arranhado, Abigail estava desaparecendo aos poucos.

-Sara! Eu não posso morrer!
Disse Abigail percebendo que seu corpo desaparecia aos poucos.

Eu estava desesperada e não sabia oque fazer a respeito.

(Meu consciente está dentro do consciente dela... Isso significa que... Se eu continuar aqui, morreremos nós duas!)

-Sara!!!

Sem pensar duas vezes saí imediatamente do subconsciente de Abigail, me levantei da cama suando frio e com o coração acelerado.
Segui rapidamente para o banheiro, pois eu estava sentindo ânsia de vômito.
Comecei a chorar com uma sensação estranha em meu corpo, acompanhado de náusea e tontura.

(Ela agora está morta... Não tinha como eu fazer nada a respeito...)

Voltei para o meu quarto e me sentei em minha cama, olhei indigna para a lua que iluminava meu quarto através da janela.

(Se ela não tivesse morrido, provavelmente se lembraria do nosso encontro em seu subconsciente e isso poderia ser muito ruim para mim... Não estou feliz com a morte dela mas...)

Respirei fundo e aflita.

(Talvez tenha sido melhor assim... O único problema é se Augusto recuperar o seu antigo cargo, isso certamente aconteceria, já que ele é o segundo mais capacitado pra isso...)

Me deitei lentamente pois por algum motivo meu corpo estava dolorido.

(A morte dela vai desencadear uma série de crises financeiras, provavelmente isso trará novas alianças com outros países além das fronteiras, a verdade é que... Talvez uma crise possa ser a única forma de termos paz...)

Me levantei as pressas e fui para o banheiro vomitar.

•Lee:

Fiquei naquele processo por cerca de um minuto, até que seus batimentos cardíacos voltaram ao normal. Eu senti meu corpo fraco após cura-la, eu estava trêmulo e mais pálido, além de estar sentindo uma dor de cabeça terrível.
Franzi as sobrancelhas quando vi que meu dedo havia se regenerado juntamente com a ferida de Abigail.

Elementares: Campus|✔(Livro 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora