CAPÍTULO 12

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Cruzei o portão da bela mansão dos Mondego, sentindo um misto de emoções

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Cruzei o portão da bela mansão dos Mondego, sentindo um misto de emoções. Claro que estava feliz com a perspectiva de ver meu melhor amigo – embora o bônus de ter que aturar seu pai não fosse tão animador –, mas separar-me de Brianna foi mais incômodo do que esperei.

Era impressionante pensar que a vida pode dar uma guinada de trezentos e sessenta graus e mudar de um dia para o outro. Um momento em meio a tantos outros que poderia significar tantas coisas.

O banco ao meu lado, vazio, parecia errado, o carro silencioso sem a voz dela tagarelando – como acontecera na volta – me ensurdecia, e eu temia estar mais envolvido do que pensei a princípio. A vontade de dar a volta e simplesmente ir buscá-la para passarmos mais tempo juntos quase me consumiu, mas continuei seguindo em frente, mantendo o pé no acelerador, porque precisava colocar minha cabeça no lugar.

Algum tempo de afastamento clarearia minhas ideias. Provavelmente eu nem estava tão envolvido assim, era apenas um encantamento que acabaria passando e...

Merda! Eu não queria que passasse!

Eu queria Brianna. Eu a queria mais do que queria qualquer outra coisa no momento.

Um capricho? Talvez. Mas eu estava pouco me fodendo.

Os portões da mansão Mondego se abriram, e eu entrei com o carro. No momento em que os cruzei, senti alívio, como se: ok, agora eu não posso voltar atrás.

Dirigi até a garagem, onde os vários carros que Cláudio Mondego colecionava estavam estacionados e parei o meu, alugado, tirando a mala do bagageiro e sendo recebido por duas mulheres nas escadas. Uma eu conhecia muito bem; era Margô – ou Margarida –, governanta daquela família há muitos e muitos anos e que me vira crescer. A outra era uma jovem parecida com ela, com a mesma pele em tom de chocolate, bonitos olhos amendoados, parecendo um pouco tímida.

— Bem-vindo, senhor — a mais velha falou, e eu abri um sorriso brincalhão, enquanto subia as escadas.

— Senhor? Que negócio é esse, Margô? Eu sou Alex pra você. Sempre fui.

Ela abriu um sorriso de canto. Eu preferia vê-la assim.

— Mas antes você não era um homenzarrão desse tamanho. Era só um garoto bonito que dava trabalho para o seu pai.

— Sempre fui grande.

— Não um armário assim. — Não pude deixar de rir. — Esta aqui é minha filha, Cristiane.

Ainda sorrindo, estendi a mão para ela, não deixando de reparar que havia um brilho um pouco triste em seus olhos.

— Prazer, Cristiane.

— O prazer é meu, senhor.

— É Alex para você também. — Soltando sua mão, voltei-me para Margô: — E então, onde está Vossa Alteza?

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