CAPÍTULO 33

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Eu esperava a abertura daquela porta com um misto de emoções caóticas

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Eu esperava a abertura daquela porta com um misto de emoções caóticas. Ansiedade, raiva por vê-la ainda trancada naquela merda daquele quarto, saudade e medo. Porque não havia chance de eu passar horas e horas com ela sem precisar controlar desesperadamente para não arrancá-la dali.

Era como se eu fosse conivente. Esperar para entrar no cárcere de uma pessoa me fazia sentir assim.

Mas quando a porta se abriu, e eu a vi, deitada na cama, de barriga para cima, parecendo adormecida, tudo no que eu pensei foi nela. Em nós. No quanto eu queria abraçá-la, beijá-la e lhe dar bons momentos. Mesmo que dentro daquela prisão de luxo.

Passava das dez da manhã, mas ela estava completamente apagada, provavelmente tendo pegado no sono depois que desligamos o telefone. Respirava serena, e nem mesmo o som que fiz ao entrar a acordou. Isso poderia significar duas coisas: que ela andava dormindo muito mal à noite, ou que a ausência de Cláudio naquela casa lhe dera garantias suficientes de que poderia descansar em paz.

Dei mais um passo, para acordá-la, mas ainda estava distante. Só que devo ter feito algum barulho, porque minha linda irlandesinha se mexeu na cama, alongando-se de uma forma quase sensual, e eu fiquei meio bobo olhando para ela.

Ainda semi-consciente pelo sono, Brianna me viu ali e sobressaltou-se, provavelmente com medo de ser alguém indesejado. Quando se deu conta de quem era, a forma como chamou meu nome, quase arfante, fez meu coração acelerar.

— É você mesmo? Ou estou sonhando ainda? Porque eu estava sonhando com você agorinha... — falou com um sorriso, que me fez curvar meus lábios também.

— Estou aqui, irlandesinha. Acabei de chegar, mas estava tentando descobrir se existe algo mais bonito do que você dormindo.

Brianna não respondeu nada, apenas afastou as cobertas e veio correndo em minha direção, jogando-se nos meus braços. Agarrei-a pela cintura em um abraço efusivo, enquanto nós dois, ao mesmo tempo, nos entregávamos a um beijo. Nada de língua, nada de sensual, apenas um forte encostar de lábios, demorado e desesperado.

Afastamo-nos rápido demais, porque eu precisava olhar para ela, assim como ela parecia precisar olhar para mim. Levou as mãos pequenas ao meu rosto, e eu peguei cada um de seus punhos, virando a cabeça para beijar suas palmas.

— Como...? Como você está aqui?

— Cláudio saiu e Sérgio foi à fazenda. Você não sabia que eu vinha?

— Não! Sérgio não me falou nada... Ele tem sido tão bom amigo, Alex. Ele te ama tanto.

— Sim, eu sei, eu sei... e quero que você me conte tudo o que tem acontecido, vou te ouvir com toda atenção, mas agora eu só preciso te beijar.

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