Welcome to Fight Falls

Cap: 1

—DIPPER ON—

Finamente estou voltando pra Gravity Falls, eu e minha irma estavamos muito ansiosos pra isso, ja fazem 5 anos que fomos pra la e agora temos 17, acho que nesse tempo eu e ela amadurecemos um pouco, né. 5 anos é bastante tempo pra continuar a mesma coisa, e se continuou é porque você parou no tempo, todo mundo evoluí, mesmo que tenhamos cometido inúmeros erros na vida é sempre bom saber perdoar e aprender com os erros. As vezes eu fico pensando no Cipher, talvez se ele tivesse entendido que não iríamos desistir, se ele cooperasse conosco, talvez ele pudesse ter uma redenção? Acho que sim, ele sempre parecia querer assustar as pessoas, mas se você é um ser vivo então também tem sentimentos. Porém ele seguiu seu orgulho e agora ele é uma estátua, uma estátua que me da tristeza, as pessoas vão até ele, tiram fotos e nem saber que já foi vivo, mas agora ja é muito tarde pra voltar atrás, certo.

Estamos no ónibus indo pra la agora, e eu estou muito ansioso, tanto que não consigo dormir, quero apreciar cada segundo que estou longe daquela merda de cidade onde eu só me importo com meus pais, apreciando a paisagem, que realmente é muito bonita. As vezes penso que teveria ter ido com os Ti-vos, mas o que eu faria sem a May, ela sempre me apioa em tudo e quando eu estou errado ela não tem medo de dizer, ou gritar na maioria das vezes, e mesmo me irritando em 70% do tempo, eu adoro isso, ela é o oposto de mim, sempre alegre, extrovertida e animada, bem ao contrário de mim que sou muito brigão, ante-social e até um pouco nerd — Eu não gosto deste último fato, mas não irei verbalizar isso em voz alta para ninguém, nunca, jamais, isso fica só pra mim — mas acho que os únicos que sempre souberam das minhas notas foram meus pais e a May, principalmente por eu ser obrigado a ajudar ela a entender o conteúdo das aulas, por ser meio dislexa. Ela é sempre a pessoa que vai pelas emoções e eu pelas razões e nem sempre isso é bom. Eu estava perdido nos meus devaneios, quando minha irmã começa a me chacoalhar animada, olhei pela janela e percebi porque de tanta animação, eu vi a placa de bem-vindo, eu sentia uma mistura de sentimentos borbulhando dentro de mim. Eu e ela nos levantamos e pegamos nossas coisas incluindo o Wodles, nosso cachorro quando o ónibus parou. Descemos e fomos em direção da Cabana do Mistério.

- Como você acha que eles estão? - A morena pergunta alegre com um grande sorriso em seus lábios, mostrando que já tinha tirado o aparelho, e faz um movimento para que a bolsa dela não caísse de seu ombro. Ela estava com um coque no cabelo, uma blusa branca com um símbolo de estrela, depois daquele verão ela passou a ver... Com outros olhos esse símbolo, e usava uma calsa leg preta, mas em poucos segundos seu rosto se tornou sério - Eu tô achando estranho que eles tenham decidido ficar aqui, por que justo agora? - Como eu havia pensado May também percebeu isso, mas talvez minha euforia por querer velos estava me impedindo de pensar um pouco sobre o assunto. De fato isso era estranho, quer dizer eu sempre achei que em algum momento eles iriam voltar, mas não tão sedo. Isso era estranho, o sonho deles era viajar pelo mundo e descobrir novas coisas e não acho que daria pra fazer isso tão bem em 4 anos.

- Eu não sei, não da pra saber antes de perguntar pra eles, né - Falo pensativo, talvez fosse mais coisa da nossa cabeça do que realmente é na realidade. Eles apenas podem ter feito uma pausa, convenhamos eles estão muito bem pra idade deles, mas ainda assim, já são bem velhos. Nos entre olhamos e em silêncio decidimos ir mais rápido para poder perguntar a eles mesmo. Quando chegamos entramos apressados e ofegantes pela porta da lojinha, mas o que estava la dentro, como pode, quer dizer, não tem como! E logo ele que estava limpando o balcão levantou o olhar pra nós, claro que ele havia nos percebido, tínhamos entrado ali como dois loucos apressados, eram aqueles mesmos olhos, vermelhos e tão intensos nos observando que me causavam arrepios, os cabelos ruivos na mesma intensidade, levemente cumpridos e bagunçados de uma forma arrumada, a pele branca e... Aquele sorriso, só podia ser ele, se não fosse era uma pessoa que em certos termos estaria com sorte em ter um rosto tão bonito, mas terrivelmente azarado por ser tão parecido com aquele ser, não dava pra ser o Kill. Ele está morto, certo? Isso é apenas uma miragem da minha cabeça pela anciedade que passei até chegar aqui, isso mesmo, só pode ser isso, aquilo me fez prender a respiração um pouco, e isso não era bom já estava descompassada por ter corrido, agora minhas pernas tremiam e mal aguentavam o peso do meu corpo e eu podia ouvir meu coração batendo acelerado.