O empresário nos acompanhou na viatura para algumas perguntas. Precisávamos entender o que de fato tinha acontecido e o que estava rolando.
Já no distrito, na sala de interrogatório, Hoseok se demonstrava assustado. Sentei-me ao lado de Jimin, de frente para o empresário. Sei que o momento não era apropriado, mas foi difícil afastar meu olhar dele.
Pigarreei.
— Certo, vamos começar. Serão apenas algumas perguntas, porque queremos entender de fato com o que estamos lidando e por que você é o alvo. Eles quiseram matar você, mas não conseguiram, então levaram dinheiro, que estamos apurando o quanto, e celulares. Queremos entender, pois isso, aparentemente, foi pessoal. Há algum motivo para alguém fazer isso? — Perguntei. Hoseok assentiu.
— Eu realmente não sei, eu estou bem confuso, de verdade. Gostaria de contribuir para as investigações, mas nada vem na minha mente agora. — Jimin nega com a cabeça.
— Tem certeza? Não aconteceu nada de estranho com algum conhecido seu? Porque com você pode ser que não aconteceu nada, mas e amigos? Família? Vamos colher depoimento de todos eles, então, por favor, nos dê uma ajuda, isso não pode ter começado do nada somente hoje. — O empresário parecia muito hesitante, queria dizer algo, mas não se abria.
— Pode nos dizer, sem medo. — Anunciei, olhando em seus olhos. Ele assentiu e suspirou.
— Meu assessor, Jeong Yunho. Nas últimas duas semanas ele foi hospitalizado porque foi envenenado. — Troquei meu olhar com o de Jimin e ele parecia surpreso.
— Envenenado? — Questionei. — Se sabe com o quê? — Hoseok negou.
— Eu não lembro o nome, mas os médicos disseram que foi em pequena dose, por isso ele se recuperou logo. Foi algo muito breve, porque ele apenas sentiu um mal estar. — Neguei com a cabeça.
— Ok. Quem quer que seja que tenha feito isso, quis assustar seu amigo, não muito contente, já quiseram resolver as coisas com você. É importante que você nos conceda acesso a todo tipo de movimentação em conta de banco, do hotel, câmeras, enfim, tudo. — Ele assentiu.
— Certo, vou colaborar cem por cento com as investigações. — Assenti para Hoseok e me levantei. Jimin abriu a porta da sala de interrogatório e logo saiu. Antes de sair para ir em direção à minha sala eu ouvi o empresário me chamar. — Detetive?
— Sim? — Respondi, olhando para ele.
— Obrigado por ter salvo a minha vida. — Sorri fraco.
— Esse é o meu trabalho. — E me despedi, deixando a sala.
Indo em direção à minha sala, Namjoon me para no caminho.
— A gente precisa ouvir o assessor dele, entender o que de fato aconteceu com ele. — Assinto, mas me mantenho firme.
— Sim e eu também tenho que dizer que nosso empresário não está abrindo totalmente o jogo. Tente tudo com ele, documentos, movimentações bancárias, relacionamentos amorosos, amizades, a gente não sabe quem pode estar fazendo isso, vamos ver.
— Já foi enviado as balas pra prova da balística? — Assinto.
— Sim, logo teremos relatórios do laboratório pra poder saber quais as armas que os bandidos usaram. — Namjoon deu um tapinha nas minhas costas.
— Muito bom, ótimo trabalho! Vamos iniciar a investigação.
Após Jung Hoseok nos conceder o nome completo de seu assessor, pesquisamos o seu endereço e Jimin e Jungkook foram conversar com ele.
Enquanto eles foram conversar com Yunho passei a receber alguns documentos do empresário, mas nada que pudesse ser um motivo para algo aparente, Hoseok não tem passagens, é um cara tranquilo.
Sem sucesso em papeladas preliminares, Jimin e Jungkook voltaram com uma vasta explicação sobre o assessor.
Há duas semanas Jeong Yunho estava hospedado no Hotel Somang. Lá recebeu algumas papeladas de anúncios publicitários, o que até aí é muito estranho. Ele os ignorou e os jogou no lixo, porém, segundo o laudo no hospital, Yunho ingeriu uma pequena quantidade de Tálio e foi encontrado em seus dedos o elemento químico. Ele disse que comia enquanto folheou os papéis e foi por isso que tudo aconteceu, caso contrário teria higienizado as mãos de forma apropriada.
— Esse relato é muito importante porque temos aqui peças chaves que podem encaixar na investigação. Um, quem fez e quem entregou esses anúncios? Por qual razão escolheram esse elemento químico? É letal? Não é? Enfim, sabe qual hospital ele ficou? — Jungkook assentiu diante da pergunta de Namjoon.
— Os anúncios estavam no quarto dele já quando ele chegou e ele ficou internado no Hospital Nacional de Seul. — O mais jovem dos detetives respondeu.
— Ótimo! Procurem saber detalhes desse laudo, enquanto isso eu e Yoongi vamos analisar as contas e documentos do empresário. Amanhã pela manhã vamos procurar câmeras perto do quarto de Yunho no hotel.
— Ótimo! — Anunciei e comecei a pesquisar conteúdos sobre Hoseok na internet para entender melhor com quem estamos lidando.
Aparentemente Jung Hoseok é muito ligado a causas sociais, ajuda pobres e parece praticar muito bem a política da boa vizinhança. Páginas e mais páginas na internet registram o quanto ele é uma boa pessoa.
O Hotel Somang é o seu único e maior empreendimento, com muito estudo e dedicação conseguiu tudo o que tem hoje sozinho e a família pouco ajudou com isso. Um detalhe a se notar porque geralmente famílias ricas e jovens ricos obtêm tudo de forma hereditária, ou seja, seguem os passos dos pais, mas nesse caso a história parece ser bem diferente.
Procurei saber sobre seus pais, mas parece que não há muitas coisas sobre eles na internet, somente que são pouco presentes, mas que apoiam o negócio do filho. Acho que são ótimas pessoas a serem ouvidas em seguida na sala do interrogatório.
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NOTA DA AUTORA:
Olá leitores! Tudo bem? Como vocês podem perceber, aqui na fanfic estarei trabalhando com termos científicos, mas quero deixar claro que é possível que não estejam de acordo com a realidade, então deixo claro, assim como toda a obra, é tudo ficção.
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Revenge | [Yoonseok]
Fanfiction[CONCLUÍDA] Jung Hoseok tem 25 anos, é empresário, filantropo e dono de um hotel de luxo na cidade de Seul, na Coréia do Sul. Certo dia seu hotel sofre um terrível ataque, onde bandidos entram armados e provocam um tiroteio. Quando um dos tiros qua...