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No fim do meu turno levei Jung Hoseok para sua casa.  Ele morava em um apartamento de alto padrão de muito bom gosto, eu diria. A decoração é em cores vivas e o ambiente é aconchegante.

- Fique à vontade, ok? - Ele olha para mim, sorrindo fraco. Hoseok parecia apreensivo, apesar de demonstrar calma.

- Tudo bem, obrigado. - Assenti.

- Tenho um quarto de hóspedes, então se quiser dormir lá, vou preparar roupas apropriadas. - Neguei.

- Não precisa, Hoseok, estou bem para dormir no sofá. É melhor do que ficar em um quarto, caso algo aconteça. Protejo você melhor daqui. - Digo, me acomodando no sofá de cor clara e macio do cômodo.

- Tem certeza? - Ele diz, sentando-se ao meu lado.

- Tenho, tenho, pode ficar tranquilo!

- Quer uma pizza? Você deve estar com fome depois do seu trabalho hoje. Também estou com fome. Você aceita? Compro refris para nós. - Neguei.

- Não se preocupe.  - Hoseok negou.

- Eu faço questão, é o mínimo que posso fazer por você depois de tudo o que fez por mim, desde me salvar no dia do tiroteio até me proteger na minha própria casa. - Me vejo de mãos atadas. Ele se sentia protegido ao meu lado e eu não podia tirar esse desejo dele de me confortar também.

- Tudo bem, eu aceito.

- Ótimo! Vou ligar para a pizzaria, você gosta de algum sabor em específico?

- Pepperoni. - Hoseok ri baixinho.

- É claro que sim! - Sorrio.

Depois de fazer o pedido, Hoseok se aproxima novamente de mim, após eu mandar um "ok" por mensagem para Namjoon,  dizendo que estava tudo bem e que qualquer coisa eu poderia avisá-lo.

- Posso perguntar uma coisa? - Assinto após sua pergunta.

- Claro.

- Por que decidiu virar detetive? - Lembro de meu pai e dos momentos que vivi ao lado dele.

- Por conta do meu pai, ele era um oficial da polícia e acabou morrendo quando completei quatorze anos. Foi trágico para mim perdê-lo tão rapidamente, mas não tive dúvidas sobre o que seguir,  precisava fazer isso, sempre gostei de investigações, via meu pai de longe e me sentia incrível, pensando em como seria no momento em que eu fizesse aquilo, então estou aqui. - Hoseok sorri para mim com um olhar de conforto.

- Isso é muito legal. Eu também meio que segui os passos do meu pai, mas nem tanto. Tive a vontade de seguir meus próprios sonhos, de fazer meu próprio caminho sem a ajuda dele. Não sei exatamente sobre o que ele acha, mas ele sempre se diz muito orgulhoso de mim e do que me tornei. Estou prestes a expandir meu negócio graças às pessoas que posso contar. - Assinto, prestando atenção na sua fala para descobrir se revela algo que eu posso reaproveitar no caso.

Assim que ele para de falar e um silêncio paira no ar, o telefone celular dele toca e ele aponta o aparelho na minha direção. Está escrito "Número Desconhecido".

- Atenda, mas deixe no viva voz. - Peço e ele afirma.

Uma voz surge alterada e se direciona para Hoseok.

- Sem polícia, não entendeu direito? Você precisa parar de envolvê-los nisso, vai acabar se machucando. Vamos atrás de você. - A mão de Hoseok segurando o celular está tremendo, ele tem seus olhos totalmente na minha direção, com olhar aflito e seus lábios tremendo. A ligação acaba e eu não sei o que fazer e nem dizer.

- O que eu faço? - Ele me pergunta, com a voz trêmula.

- Nada, quem tem que fazer sou eu. Vou te proteger! Pelo o que entendi eles estão nos seguindo, aconselho não comer a pizza que vai chegar. - Ele parece chocado.

Revenge | [Yoonseok]Onde histórias criam vida. Descubra agora