— Todos para o chão! — Um dos bandidos disse, gritando. Pessoas desesperadas corriam de um lado para o outro até que todos ficaram sentados no chão, tremendo, com medo. Enquanto o grupo se atentava à essas pessoas, eu trabalhava em colocar Jung Hoseok escondido na mesa da recepção. Um tiro quase o acertou, precisava ser cauteloso e mais do que isso, precisava contatar Jimin o quanto antes.
Saquei meu celular do bolso e rapidamente acessei o aplicativo de mensagens para enviar uma mensagem a Jimin o quanto antes.
Jimin, acione a polícia e ambulâncias, está tendo um tiroteio aqui no hotel.
E apertei em enviar.
Rapidamente guardei meu celular quando ouvi um tiro disparado. Levantei meu olhar por sobre a mesa da recepção e vi que o mesmo bandido que atirou quando entrou, disparou na direção de uma parede, pegando de raspão o braço de uma refém.
Jung Hoseok estava na minha frente com muito medo, seu corpo tremia e seu rosto estava com a expressão de assustado e não era para menos. Ver seu próprio hotel ser alvo de homens encapuzados e mascarados que até agora não deixaram claro o que de fato queriam era complicado.
Não se estendeu por muito tempo até que um do grupo anunciou.
— Todos os celulares, agora! — O mesmo que anunciou pegou do bolso e abriu um saco grande de plástico. — Estarei passando por cada um. Coloquem aqui dentro seus aparelhos ou alguém morre!
Os reféns fizeram o que eles queriam e quando chegaram perto de Hoseok e de mim eles paralizaram.
— Esse é o nosso cara! — Um deles anunciou, quase rindo. — Ele mesmo! — O grupo riu.
Enquanto isso eu vi as luzes das viaturas ligadas do lado de fora. E graças a Jimin o som das sirenes não estavam ligadas, o que assustaria e chamaria atenção.
Vi um deles sacando a arma em direção a Hoseok, agora chorando e completamente assustado. Eles queriam o dono do hotel, por qual razão?
— Afastem-se! — Anunciei, levantando-me, quando apontei minha arma na direção deles e mostrei meu distintivo.
— Um tira! Para nos atrapalhar, que ótimo! — Um deles comentou e piscou para o comparsa ao lado que tinha a arma na direção de Hoseok. — Mate. Ele só vai nos atrapalhar. Pegue o dono e fugimos, não podemos perder tempo.
— Eu tenho uma proposta pra vocês, enquanto isso, soltem os reféns, aquela moça — apontei com a cabeça, virando o rosto na direção da refém atingida de raspão — ela está ferida e precisa de um médico. Quantos aqui não precisam de um médico? Podem ter grávidas, há idosos, os seguranças. Soltem eles agora e vocês terão o que querem.
Antes que eles me respondessem, o telefone tocou algumas vezes. Era o negociador da polícia, provavelmente Namjoon.
— É um dos seus não é? — O bandido riu. — Foda-se! — E atirou na direção do telefone, o acertando em cheio. As pessoas próximas à mesa levaram um grande susto e se apavoraram. Comecei a ficar assustado, porque eu estava sem colete e se atirassem na minha direção já era.
Um deles olhou para trás e viu pelo vidro fosco da entrada do hotel uma movimentação na rua.
— Galera, sujou! O tira nos dedurou! — Um deles logo atira na minha direção, mas consigo me afastar rapidamente, quase sendo atingido também de raspão.
Puta merda, balbuciei. Meu coração estava acelerado.
— Logo! Leva os celulares e pega algum dinheiro, a gente precisa ir logo! — Logo eles procuram na mesa da recepção as gavetas onde guardam dinheiro e um dos funcionários mostra a eles, com medo de ser baleado.
— Mas e o dono? — Um deles pergunta.
— A gente explica que não deu, a gente não teve tempo, iam pegar a gente, só isso, vamos! Vamos! — Quando eles procuravam uma saída pelas portas dos fundos, a polícia invade o local, dando caminho a equipe de paramédicos.
Hoseok olha na minha direção e murmura um "obrigado". Assinto em sua direção e chego perto dele, o fazendo levantar.
— Você está bem? — Ele assente.
— Eu estou. Você foi maluco, quase te mataram. — Ri fraco.
— Tentam me matar diariamente, não é a primeira vez que isso acontece. Agora preciso que siga os paramédicos, eles vão te ajudar, ver os seus sinais vitais e logo depois os policiais irão colher seu depoimento.
— Você não vai fazer isso? — Neguei.
— A gente se vê na delegacia, assim teremos o depoimento para abrir a investigação. Aparentemente estão querendo te matar, Jung Hoseok. — Disse e ele assentiu brevemente, assustado.
— O que eu fiz? — Questionou.
— É o que a gente vai descobrir. Se cuide! — Anunciei e me afastei dele, procurando toda a equipe do distrito.
Alguns reféns me agradeceram e eu assenti. Agradeci por ninguém ter morrido.
Avistei Jimin aliviado por me ver.
— Quase fui baleado, ainda bem que vocês chegaram logo. — Jimin assentiu e Namjoon olhou na minha direção.
— Você tem que agradecer pela sorte, eu logo pedi para entrarmos porque eu liguei e de repente ouvimos o tiro, achamos que ele atingiu alguém. Agora já era, recebemos a informação que esses merdas fugiram a tempo, mas enfim, pode nos dizer o que houve exatamente?
— Claro. Eu estava aqui para pedir as imagens das câmeras para identificar alguma coisa do roubo de ontem e um dos funcionários me entregou esse pendrive para podermos olhar com cuidado.
— Me dê isso, entregarei a Jungkook para que ele olhe. — Jimin anunciou e pegou o objeto da minha mão. Jeon Jungkook é nosso detetive especializado em tecnologia e passa a maior parte do tempo na frente do computador nos ajudando diariamente.
— Continue. — Namjoon pediu.
— Certo, assim que peguei o pendrive vi um grupo se aproximar da entrada do hotel e dar coronhadas nos seguranças. Logo anunciei para todos se esconderem, então eles já entraram atirando na direção de Jung Hoseok, o dono do hotel, o salvei, colocando ele no chão e logo o escondi. Ficou evidente qual é o foco dos bandidos. Querem matar o empresário. — Jimin arregalou os olhos.
— Nossa, que coisa! Quem teria algo contra ele? Hoseok é super querido na mídia e no mundo dos empresários. Vamos investigar, né? — Assinto.
— Precisamos que Hoseok seja liberado pelos paramédicos, temos algumas perguntas pra ele no distrito! Vamos! — Namjoon assentiu e seguiu a frente, caminhando para a viatura.
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Revenge | [Yoonseok]
Fanfiction[CONCLUÍDA] Jung Hoseok tem 25 anos, é empresário, filantropo e dono de um hotel de luxo na cidade de Seul, na Coréia do Sul. Certo dia seu hotel sofre um terrível ataque, onde bandidos entram armados e provocam um tiroteio. Quando um dos tiros qua...