Park Dongju na sala do interrogatório parecia determinado a não abrir a boca. Perguntas diretas sobre para quem ele trabalha, o que queria com Hoseok junto a sua quadrilha, ainda mais envolvendo o roubo e tiroteio eram insuficientes naquele momento.
- Você não vai abrir a boca? - Questionei, olhando em seguida para Namjoon, que parecia frustrado. - Olha, temos provas contra você, coisas que te colocam na cena do crime e se você - me apoiei sobre a mesa, com as palmas das mãos - não abrir logo o jogo, as coisas vão ficar complicadas e sair dessa não será fácil.
- Não tenho nada a declarar para você, eu quero um advogado. - O homem, de cara emburrada, aparentando seus trinta e poucos anos, com uma camiseta surrada era determinado e de poucas palavras.
- Pois é, aproveite e arranje um dos bons, vai precisar. - Bufei e sai da sala.
- Parece uma grande operação, hein? O cara não abriu a boca. Se o fizer provavelmente vai acabar morto se solto. - Jimin comentou comigo no corredor, enquanto carrega seu café quente em suas pequenas mãos. Assenti, balançando a cabeça.
- Você comprou dois cafés? - Risonho, Jimin negou.
- Ok vou lá comprar mais um, é tão perto! Já venho. - Sorri.
- Obrigado Ji! Você é incrível!
Enquanto eu voltava para minha mesa, alguém corria apressado, procurando com quem falar. Era Hoseok. Seu cabelo estava jogado para trás, mas apesar de tão bonito, estava bastante apreensivo. Alguma coisa séria havia acontecido.
- Detetive Yoongi! Por favor, me ajude! Eu recebi alguns telefonemas que me deixaram com muito medo. - Aproximei-me dele e segurei seus braços em um movimento voluntalário. Por um impulso quis tocá-lo, senti-lo e não sei exatamente o porquê. - Oi. - Ele sorriu fraco.
- Oi, Hoseok. Você pode explicar que tipo de mensagens são essas, são ameaças? - Ele assentiu.
- Sim, são mensagens horríveis do tipo, se eu envolver a polícia vão fazer algo pior e que eu preciso ter cautela, caso contrário podem me matar. Eu... Eu tenho medo e não sei o que fazer. Recebi desde ontem quatro ameaças, todas por ligação de telefone. - Assinto, engolindo seco. Estou ficando confuso, isso tudo é bem pessoal.
- Preciso do seu celular, para verificarmos de onde veio essas ligações. Iremos colocar um agente da polícia para ficar a noite na sua casa se preferir. - Ele assentiu.
- Pode ser você? - Engoli seco.
- O quê? Bom... Vou verificar com o sargento Namjoon e te falo, ok? Mas primeiro, vamos ver as ligações. - Assenti e me senti sem graça. Quando me afastei, procurei por Jungkook com o celular do homem que não saía da minha cabeça em mãos.
Entreguei o celular de Hoseok a Jungkook e ele, em alguns minutos verificou a origem das ligações. A voz das ligações era alterada por um software e todas foram realizadas de um celular pré-pago, impossível de ser rastreada. O conteúdo das mensagens era ameaçador, sem limite algum. Era assustador como esse caso se desdobrava e ninguém revelava nada à polícia. Tenho em mente que há muitas pessoas envolvidas, conhecidas e que poderiam ter muitas coisas contra Hoseok. O problema é o que exatamente.
Quando voltei a minha mesa, Jimin tinha deixado o café sobre ela e conversava com Hoseok e Namjoon. Comentei com eles sobre o telefone e Namjoon aconselhou que eu ficasse à noite com Hoseok, não que eu não gostasse disso, mas tenho que ter em mente que eu sou policial e se envolver com vítimas não é muito legal, além de envolver vários outros processos. Me mantive seguro e apenas assenti, assumindo a missão.
Eu tinha que pensar de forma racional. Alguém quer matar Hoseok e eu vou fazer de tudo para não deixá-lo em risco. Minha missão é salvar sua vida e eu vou fazer o melhor que eu puder.
Assim que Namjoon e Jimin se afastaram, procurei fazer novas perguntas a Hoseok enquanto bebia meu café quente e saboroso.
- Sabe, Hoseok. O caso está ficando bem pessoal. Tem certeza que não há ninguém ameaçando seus negócios e nem muito menos em conflito com você? - Ele se sentou em uma das cadeiras em frente a minha mesa.
- Detetive, eu vou ser muito sincero. Desde o primeiro dia eu estou falando tudo que sei e que pode nos levar ao responsável, eu tenho realmente pensado muito, mas não há ninguém, de forma clara, contra mim. - ele disse, em tom suave. Sua voz rouca é agradável.
- Tá, então perai, deixa eu ver se eu entendi. Você diz que está colaborando como pode desde o início, mas não nos explicou de onde surgiu aquela quantia enorme de dinheiro que nem sequer foi depositada. - Ele abaixou a cabeça.
- Eu não falei nada porque imaginei que vocês fossem pensar que eu desviei dinheiro ou depositei fora do país pra benefício próprio. A quantia é grande mesmo e foi por essa razão que me nantive quieto. Como sabe, não tenho a mínima ideia de onde tenha ido parar, mas era responsabilidade de Jackson Wang. Ele disse algo? - Olhei para seu rosto, analisando cada detalhe.
- Não posso te contar sobre o andamento da investigação, apenas no que diz respeito à você, então não se preocupe. - Hoseok suspirou e olhou para mim.
- Você é um cara legal, detetive. Espero que possa trazer de volta a vida que eu tinha. - Assenti.
- Não tenha dúvidas que farei o que eu puder para te deixar a salvo e que você possa voltar a sua rotina sem problemas. - Ele sorriu e gesticulou um "muito obrigado". - De nada. - Respondi.
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Revenge | [Yoonseok]
Fanfiction[CONCLUÍDA] Jung Hoseok tem 25 anos, é empresário, filantropo e dono de um hotel de luxo na cidade de Seul, na Coréia do Sul. Certo dia seu hotel sofre um terrível ataque, onde bandidos entram armados e provocam um tiroteio. Quando um dos tiros qua...