Prólogo

2.1K 115 6
                                    

Olá, meus amores. Tudo bem com vocês?

Essa é uma história que eu já posto no Spirit, mas como ela tem ganhado visibilidade e alguns leitores vieram me perguntar o porquê de não posta-la aqui... Resolvi criar uma conta especialmente para isso.

Bom, antes de qualquer coisa gostaria de avisar, da mesma forma que fiz no Spirit, que está Fanfic não é recomendada para menores de dezoito anos! Então, vocês jovens leitores, que irão ler de qualquer forma... Eu não me responsabilizo. kkkkkkkkkkkkkkk Aos demais... Sejam muito bem vindos a The Reality.

Boa leitura!

------------------------------------------------------------------------------------------------

Point Of View Stéfani Bays


São Paulo, Capital.


O vestido que havia sido experimentado inúmeras vezes ao longo dos meses havia começado a me sufocar e meus pés doíam devido o salto desconfortável, que eu havia insistido em usar, já que era uma data tão especial. Era. Eu estava andando de um lado para o outro na pequena sala privado do cartório há algum tempo, desacreditada do que havia acabado de ver. Isso, eu havia visto. É muito difícil não acreditar em algo que você acabou de ver, ainda mais quando não existe outra interpretação válida.

Sequei as lagrimas que escorriam por todo meu rosto e caminhei até a poltrona no centro da sala, me curvando sobre a mesinha de centro, que minutos atrás eu havia espalhado todas as fotografias. Humilhante. Receber um envelope cheio de fotos comprometedoras sem nome ou remetendo bem no dia que deveria ser o melhor da sua vida, era humilhante. Não havia outra palavra para descrever o que eu estava sentindo naquele momento.

Minha noiva estava nas fotos. Tão confortável, tão satisfeita e em tantas posições diferentes. Minha noiva... Não! Ela não era a minha noiva e nunca seria a minha mulher! Ela era mulher que havia quebrado a minha confiança e meu coração em minúsculos pedaços, era a mulher que não havia dado valor a todo o esforço de anos. Ela era a mulher que havia desperdiçado todo o amor, carinho e respeito que eu havia depositado em nosso relacionamento.

Juntei todas as fotos e as coloquei de volta no envelope, antes de me levantar limpando o rímel borrado e sair daquela sala. Todos estavam me esperando para iniciar a cerimônia, mas isso não iria acontecer. Nem hoje e nem nunca. Caminhei diretamente para a saída do local, passando por nossos padrinhos e alguns familiares que fizeram questão de comparecer para presenciar o casal oficializar a relação. Alguns tentaram me parar, aparentemente preocupados, provavelmente com a minha expressão e maquiagem borrada, mas não obtiveram sucesso. Atravessei aquelas portas tão rápido que só me dei conta de estar do lado de fora quando ouvi a buzina ao tentar atravessar a avenida, deixando o motorista furioso por não ter olhado para os lados, mas não estava em condições de me importar. Continuei até chegar no meu carro, ouvindo algumas vozes me chamando, mas não parei. Entrei no meu carro jogando o envelope, já meio amassado pela força que eu estava segurando, e dei partida.

Eu não fazia a menor ideia de para onde eu estava indo e, honestamente, não me importava nem um pouco, só precisava sair dali.

Dirigi durante horas pelo trânsito de São Paulo e quando eu, finalmente, me senti calma o suficiente para encarar a situação fui para casa. Decidida. Afinal, eu havia pensado a tarde inteira sobre o que fazer e não havia uma opção mais fácil ou melhor.

Saio do elevador em direção a minha cobertura com os saltos em uma das mãos e o envelope na outra. Meus passos são lentos e exaustos pelo corredor, sem pressa alguma do que viria a seguir. Sabia que deveria ter ligado para minha advogada e melhor amiga, Vitória Bellato, mas não consigo imagina-la em um lugar diferente nesta situação, se não no meu apartamento. Além de Hanna, ela era a única que também tinha a chave e entrada permitida na portaria.

Assim que passei pela porta senti minha cabeça ser levemente inclinada e uma ardência pairar sob minha bochecha esquerda. Um tapa. Eu era conhecida por ser explosiva, surtar por pequenas coisas e apesar da raiva latente em meu interior, eu simplesmente não conseguia fazer nada. Me defender parecia estar tão fora da minha capacidade.

– Como pôde fazer isso?! – Indagou Hanna, furiosa a centímetros de mim. – Eu fui humilhada! Pensei que me amasse.

Não consegui conter um sorriso. Não era engraçado, mas parecia muito uma piada, pois algo assim vindo de alguém que fez o que fez só poderia ser uma piada.

– Eu poderia fazer a mesma pergunta. – Respondi, finalmente, olhando em seus olhos e estendendo o envelope em sua direção. – Mas, acontece que, eu sei a resposta. Você não me ama, porque quem ama não faz essa merda!

Hanna arregalou os olhos e franzi-o o cenho parecendo confusa. Cínica. Desviei da garota adentrando o apartamento, notando que Vitória, Dayane e Carol estavam sentadas no balcão assistindo a tudo com expressões chocadas e preocupadas. Tentei sorrir para dizer que estava tudo bem, mas meus lábios não se moveram.

– De que porra você está falando?! – Hanna gritou atrás de mim.

Ela estava furiosa, como se fosse seu direito. Girei os calcanhares para voltar a encara-la, o que eu pensei que seria mais difícil, mas que não foi porque não havia sido eu quem fodeu com tudo.

– Olha o envelope. – Disse de forma simples, quase como se não fosse nada.

A mulher parou por alguns instantes, me encarando à procura de alguma pista, mas tudo que fiz foi sustentar o seu olhar. Hanna abriu o envelope despreocupadamente puxando algumas fotos de lá e, instantaneamente, fazendo seu queixo cair. Aposto que por essa ela não esperava.

– Stéfani... – Ela começou dando passos em minha direção.

– Eu não quero saber. – A cortei. – Eu não quero ouvir, não me interessa os seus motivos ou justificativas, Hanna. Eu estou cagando. – Novamente ela tentou falar alguma coisa, mas eu a interrompi com um gesto das mãos. – Pega as suas coisas e some da minha vida, eu nunca mais quero ter que olhar para o seu rosto outra vez!

Me virei furiosa, caminhando em direção a cozinha, mas pelo jeito não havia sido o suficiente, pois ouvi seus passos largos e rápidos vindo em minha direção.

– Você está me expulsando? – Indagou com os punhos cerrados ao redor do envelope, o que pareceu ser o suficiente para pôr um ponto final definitivo.

– Não é como se você não tivesse para onde ir.

---------------------------------------------------------------------------------------------

Se encontrarem algum erro comentem para que eu possa corrigir, por favor.


Até o próximo!


Bjs.

The Reality - StérellaOnde histórias criam vida. Descubra agora