The Reality - Stérella

Sete

Oiii, gente!!! Voltei! Como vocês estão?

Aqui está mais um capitulo!

Boa leitura!

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Point Of View Stéfani Bays

Itapecerica da Serra, Grande São Paulo

A noite da segunda formação da roça havia chegado e apesar de muitos não demonstrarem, todos pareciam bem mais tensos do que a última votação. Nós havíamos sido pegos de surpresa na primeira vez e não tínhamos noção nenhuma de em quem votaríamos, mas, agora, depois de uma semana as coisas haviam mudado. Em geral, todos nós nos dávamos muito bem, porém, obviamente, cada um tem a sua prioridade aqui dentro.

Era tensão demais estar sentada naquela cadeira dura, com aquele vento gelado batendo contra nossas costas – a noite estava, especialmente, fria hoje –, esperando pacientemente – talvez, nem tão paciente assim – pela boa vontade do Mion de aparecer e acabar logo com essa tortura. Pois, as pessoas podem dizer o que for aqui dentro sobre ser um jogo e não podermos nos cegar perante a isso, mas era sim uma tortura ficar esperando ser votado por quem você vem criando uma certa intimidade dia após dia e, possivelmente, enfrentar uma roça por conta disso. Não voltar. Perder a chance de ganhar um milhão e meio. Ninguém queria isso. Ninguém queria ser a vítima, mas, também não queríamos ser o agressor. Ainda não, pelo menos. Era muito cedo para já termos chegado nessa fase.

Quando o Mion, finalmente, chegou minha vontade foi de dar graças a Deus, mas estava tão nervosa que me limitei a respirar fundo e me preparar para o que viria a seguir. Juliano havia ganhado o lampião, então, consequentemente, o poder era dele, o que não me deixava mais tranquila. Apesar de não termos nada um contra o outro, não era bem uma pessoa que eu havia criado uma certa afinidade. Se é que eu posso me referir dessa maneira tendo se passado apenas uma semana. E ainda ter o Marcelo como fazendeiro? Definitivamente, não era uma boa semana para ser um alvo tão fácil.

Juliano foi orientado a ir até o lampião e pegar os poderes, pegar os dois, voltar para o lugar dele e só então abri-los, decidindo com qual dos dois ele ficaria e qual ele daria para um de nós. O que ele, obviamente, deu para o Biel. Juliano escolheu ficar com o poder verde e deu o poder vermelho para o amiguinho dele. Era tão previsível.

Mion abriu o poder da chama verde e pediu para que o Juliano lesse em voz alta o pergaminho onde dizia que: o dono deste poder deve escolher entre ficar imune à esta formação de roça ou ganhar um prêmio de dez mil reais. Ele optou pelos dez mil, alegando que não tinha medo de roça, pois, claramente, todos passaríamos por isso em algum momento aqui dentro. Mas, a verdade é que ele não se considerava um alvo. Não no momento, pelo menos. E o dinheiro viria muito a calhar. Não sei se eu faria uma escolha diferente está noite.

Marcelo indicou a Carol com uma justificativa fútil, do meu ponto de vista, o que desencadeou uma breve discussão, logo apartada por Mion que seguiu iniciando a votação com Mariano. O que tinha tudo para ser uma noite calma e sem ressentimentos se tornou um pesadelo, pois, aparentemente, era mais fácil votar em alguém após um atrito com está pessoa do que sem motivo algum. Pelo menos, dessa forma, eles não acham tão absurdo e nem ficam tão sentidos. Deveríamos mesmo cair na real e entender que isso aqui é um jogo, que está todo mundo jogando em busca de um milhão e meio. Independente do grau de intimidade que foi e vai sendo adquirido ao longo dos dias, estamos aqui prontos para ferrar uns com os outros na primeira oportunidade, se for para salvar nossa própria pele. Talvez, por isso, tenha sido tão surpreendente a Luiza ser a mais votada de casa.