The Reality - Stérella

Oito

Oiii!!! Voltei, gente! Tudo bem com vocês?

Boa leitura!

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Point Of View Mirella Fernandez

Itapecerica da Serra, Grande São Paulo

Era dia de eliminação e não havia ninguém que não gostássemos nessa roça. Nem mesmo a Lidi, que era uma pessoa que eu havia tido pouquíssimo contato, eu gostaria que saísse essa noite.

Carol estava extremamente feliz, apesar de ainda estar tendo alguns conflitos com Luiza e sempre que possível jogando na cara do Rodrigo que ele estava errado sobre o que havia dito na votação, mas a maioria estava tensa. Luiza ficava andando de um lado para outro, assim como JP que não parava um segundo e Lidi também não estava com uma cara de muitos amigos. Obviamente, ela não havia gostado de ter sido puxada para a roça e com a justificativa fútil e descabida que a Luiza deu, eu no lugar dela também não estaria muito sorridente.

A manhã inteira Cartolouco ficou tentando justificar o voto dele na Luiza, pois foi realmente surpreendente que eles estivessem flertando na festa e agora, sem motivo algum, ele ter votado nela. Claro, não foi o voto dele que a colocou na roça, ela iria de qualquer forma, mas, na minha opinião, foi uma atitude feia. Imagina você estar o tempo todo com a pessoa, conversando com ela, adquirindo intimidade, dando em cima dessa pessoa para chegar na terça-feira e votar nela. Pior ainda, sem motivo. Acho que posso qualificar isso como falsidade, certo? É um jogo, eu sei disso, apesar de, às vezes, acabar esquecendo, mas é uma forma muito suja de se jogar. Passar o dia inteiro com abraços e gracinhas, para no final do dia apunhala-lo pelas costas? Era absurdo. E não era a maneira que eu havia escolhido de jogar aqui dentro.

Eu estava sentada em um banco, ao lado da hidromassagem. JP, Luiza e Victoria estavam aproveitando as últimas horas antes de terem que ir para o deque de eliminação. Não sabíamos se eles dois voltariam ou não, então estávamos tentando deixá-los mais calmos e relaxados. Mas, não parecia estar funcionando. Se tratava de um milhão e meio, ninguém quer perder tudo isso de dinheiro. Como eu não sabia o que dizer, estava apenas ali, dando uma espécie de apoio moral e deixando claro que estávamos todos juntos nessa. Não era porque estávamos disputando, que deveríamos torcer pela queda do outro. Bom, pelo menos, essa é à minha maneira de pensar.

Olhei para o lado e vi Stéfani caminhando um pouco afastada. Ela estava tão... Linda. Mas, também, quando ela não estava? Não conseguia desviar os olhos de cada movimento totalmente distraída que ela fazia, e senti o canto da minha boca se erguer levemente. Os cabelos claros e longos balançavam suavemente conforme o vento sobrava de encontro a eles, e era incrível como até com aquela blusa amarela ridícula, aquela garota ficava bem. O short curto quase desaparecia em baixo dela, mas os babadinhos ficavam expostos conforme ela caminhava. Linda. Era a única coisa que passava pela minha cabeça. O quanto ela era linda.

Stéfani se vira de repente e seus olhos focam na minha direção, fazendo meu coração dar um sobressalto no peito por ter sido flagrada. Ela arqueia a sobrancelha e franzi o cenho parecendo surpresa, e eu, involuntariamente, amplio ainda mais meu sorriso. Estava meio sem graça, mas desviar o olhar ou me fazer de louca não iria funcionar. Provavelmente, só constataria ainda mais que eu estava a secando há algum tempo. Secando... Engraçado. Mais parecia que eu havia jogado o deserto do Saara nela, pois poderia dizer sem pestanejar quantos passos ela deu desde que a vi, quantas vezes ela mordeu os lábios nesse pequeno espaço de tempo e o momento exato em que ela se virou.