Dor de cabeça

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Em passos ainda tímidos, subo as escadas. O interior não era o habitual que eu esperava, ou seja, assentos dispostos em filas como em aviões, mas em vez disso havia sofás com uma mesa redonda no meio. Tudo exalava luxo, a qualidade e a estética dos materiais.

Já até os imaginava sentados em uma suposta reunião. Eles não tardaram a tomar os seus lugares. O que lembro de ter sido chamado de Shikamaru foi para o posto de controle e nos pediu para apertar nossos cintos para a decolagem.

Tudo estava indo bem, estava sentada no meu lugar e não ousava me interessar pelo diálogo que eles começaram. Quando o jato começou a ganhar altitude, uma bola subiu no meu estômago e senti o mesmo desejo de vomitar que tinha nos últimos dias.

Enquanto colocava minha mão na frente da boca para tentar bloquear qualquer coisa que saísse, os outros me olharam estranhamente e apenas Ino reagiu apontando com o dedo para uma porta não muito longe. Não meço as consequências e, com pressa e desespero, tiro o cinto que me segurava, mas foi uma péssima ideia, porque no segundo seguinte fui impulsada do outro lado do jato. Na ação acabo batendo minha cabeça com força em algo de metal. Rapidamente sangue correu pelo meu rosto e depois disso, só me lembro de ver figuras borradas vindo em minha direção enquanto suas vozes estavam cada vez mais distantes...

_ Sakura! Sakura, acorde!

_ Você não vê que ela está inconsciente? Não adianta chamá-la.

_ Cale a boca Sasuke, e me ajude a levá-la ao sofá, disse Ino.

Conhecendo seu amigo e sabendo muito bem que ele iria recusar categoricamente, Naruto tira sua jaqueta e a joga no rosto de Itachi, que sussurra um palavrão.

Ele pegou o corpo entre os braços, colocou-a na posição de lateral e depois tirou o seu tênis.

_ E é por isso que sempre temos que ficar sentados durante a decolagem — disse Naruto como se estivesse repreendendo Sakura. Era um gesto de reflexo, um hábito que ele tinha quando algo o deixava nervoso.

_ Vou pegar água fria para tentar acordá-la. Ele foi determinado em direção ao banheiro, mas Itachi o deteve.

_ Você é estúpido ou o que? — Ele pega a jaqueta, jogando-a de volta no peito de Naruto quase como um soco. — Ela está com a respiração normal, deve ter sido um desmaio vasovagal*. Ela acordará em breve.

Então ele volta ao seu lugar onde Sasuke já estava, esse inclusive que não deu nenhuma importância à situação. — É melhor vocês deixarem-na, sem querer estão sufocando-a.

_ Francamente Itachi, você fica extremamente sexy quando interpreta o médico que existe em você, não é querido? — disse Hinata, recuperando seu lugar perto do namorado.

_ Ele vai me bater se eu falar em voz alta.

_ Já chega! — a voz de Sasuke cortou as risadas. — Vamos conversar sobre negócios agora. — Todo mundo fica sério e concordam em abordar o assunto. — Normalmente, nos concentramos em uma coisa e trabalhamos em grupo, mas desta vez temos muitas coisas a fazer e é por isso que vamos nos separar.

_ Então, para onde vamos, o que vamos fazer? - Neji finalmente decide se pronunciar.

_ Não seja impaciente, vamos devagar, por passos.

_ Concordo com você Sasuke, mas enquanto isso o avião está indo muito mais rápido. Portanto, precisamos de tanta informação quanto possível durante este voo. Não vamos deixar para fazer as coisas uma vez debaixo do nariz da 'ndrangheta.*

Sasuke, impaciente com a curiosidade de todos, abre uma pasta vermelha cor de vinho e pega várias folhas e distribui uma para cada um. Shikamaru colocou o jato no modo de piloto automático e juntou-se aos companheiros à mesa.

Vendida Para Um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora