Não se esconda.

85 9 0
                                    

Hanna olhou as horas no celular e se
surpreendeu em ver seu rosto no ecrã. Certamente era Rose, mas também supos que foi o mesmo homem que estava no seu quarto que tirou a foto. Na foto, estavam os dois deitados no jardim e sorriam para a câmera. Mas logo ela bloqueou o aparelho, e voltou para a escritura no muro. Quando acabou, andou tranquilamente até a porta que dava no terraço e trancou ela. Já haviam se passado vinte minutos e poucos.

Logo ela voltou para onde estava, mas dessa vez subiu o pequeno murro, se deitou ali e simplesmente fechou os olhos e esperou.

...

Sai começou a estranhar a demora da garota. Ele se deixou levar pelos desenhos e nem viu o tempo passar. Até que foi a sua procura. O que ainda não estava ganho, a casa era enorme e ela provavelmente fora a um lugar reservado para falar.

Ele então decide começar pelo andar em que estava, abriu todas as portas que pôde, mas nada. A última porta dava para o terraço, mas como estava trancada, ele não ligou. Não pretendia danificar nada daquela casa, e também ele não via nenhum sentido em Rose trancar a porta.

Muito confiante em sua tese, ele parte para o próximo andar. Aproveitando, ele iria dar uma olhada na menina trancada na sala de música.

Quando ele foi à sua procura, Karin estava tocando uma melodia de piano muito melancólica. O que o fez se sentir culpado foi saber que sua mãe estava inconsciente nesse exato momento. Além disso, Sai esperava que Rose tivesse um bom motivo para fazer isso com a mulher. Mas, vendo os desenhos anteriores, ele não tinha mais certeza se queria conhecer esse lado da jovem. Ela parecia tão sombrio para ele agora.

Infelizmente, antes mesmo de Sai pensar em ir vê-la, Karin já havia saído por outra porta da sala de música. Ela correu para a biblioteca.

Nos últimos meses, ela costumava receber visitas bizarras de sua mãe, e estrategicamente montaram saídas de emergência secretas, em casos extremos de perigo, para que ela pudesse fugir.

Vendo o corpo de sua mãe desabado no chão de longe, Karin caiu de joelhos com lágrimas nos olhos. Ela cobriu a boca com a mão para evitar que seu grito saísse. Ela rasteja pelo chão até chegar à mãe e descansar a cabeça no peito, ouvindo vagamente os batimentos cardíacos.

_ Mãe, por favor acorde... mãe... por favor... não me deixe sozinha.

E ela apenas ficou ali... Ouvindo o coração de sua mãe e sussurrando coisas aleatórias.

[...]

Hanna verifica a hora uma última vez e sorri tristemente para o dispositivo antes de jogá-lo sem relutância na piscina que via sob seus pés. Ela então se levanta e dá alguns passos para o lado.

Itachi estacionou o carro de qualquer maneira diante da casa e nem desligou os motores, nem nada, só abriu a porta e correu.

Parou na frente da grade e sem hesitar, escalou. Mas, ao escalar, ele teve um arranhão na panturrilha. Mas, nem por isso parou. Chegando em frente à porta principal, ele tira sua arma e atira três vezes na fechadura antes de mandar a porta para baixo com um chute.

Ela olhou uma última vez pela porta...

O Uchiha se encontra no meio da sala sem saber para aonde ir. Ele então ouve alguém descendo as escadas. Ele se precipita em direção de Sai quando o vê. E sem pensar muito ele o puxou pela gola da camisa.

_ Onde está Hanna? - disse em pânico.

_ Quem?

_ Han- Rose! A Rose, cadê ela!

_ Não sei, faz um tempo que a procuro em todos os andares e...

Itachi não espera mais que ele termine de falar e fugiu para as escadas. Mesmo ouvindo Sai atrás dele perguntando o que estava acontecendo, ele não parou de correr. Sai, sem pensar também, o segue.

Vendida Para Um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora