12.

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Lawrence POV



O mercado estava lotado de turistas conforme imaginei. Sai cedo de casa e, segundo Nacib me informou, Najah sairá logo depois de mim.

A casa estava sendo vigiada e seria informado dos seus passos pelos dois agentes que estavam designados para segui-la. Fui para a parte central do mercado e fiquei ali esperando por mais de uma hora. Nacib chamou no celular.

- Lawrence - chamou com voz tensa - Perdemos ela. - Como assim?...- me senti gelar - Ela entrou num banheiro público e não saiu de lá...Quando os meus homens foram atrás dela encontraram suas roupas numa das cabines. Ela deve ter se trocado e eles não a viram sair. - Fiquei inquieto, Najah é esperta. - Vamos seguir com o plano B - disse. Era a última opção que restava e pedia aos céus que conseguisse. Já estava ficando impaciente pensando que eles podiam ter desistido de vir quando ouvi uma voz masculina atrás de mim.

- Abra a mala discretamente para que eu conferir se o dinheiro está todo aí. - Ordenou Houssein.

Eu me abaixei e abri um pouco a mala mostrando o dinheiro que havia nela. - Ótimo. Entregue-me a mala. - disse pegando na alça.

- Não. - Segurei a alça impedindo-o. - Primeiro a minha noiva.

- Você acha que sou idiota? Me dê essa mala se quiser a americana de volta - seu sorriso era gelado e, por um momento eu temi por Camila.

- Como eu vou saber se já não a matou? Mostre-me ela. - Exigi firme.

Ele resmungou alguma coisa e pegando o celular ligou para sua comparsa. - Descubra o rosto dela - pediu. - Olhe a sua direita, Sheik. - Eu me virei e vi duas figuras vestidas de Burca paradas de frente para mim.

Percebi que uma mantinha a outra próxima ao seu corpo. Ela soltou o braço que segurava e puxou rapidamente o véu deixando ver o rosto abatido da minha Camila.

- Camila!- exclamei o coração batendo disparado pela saudade e o alívio de vê-la com vida. Ela deu um passo em minha direção, mas, foi detida pela a outra que estava ao seu lado.

- A mala Sheik! - Houssein puxava ansioso para acabar com tudo.

- Solte-a primeiro. Quando ela estiver nos meus braços deixo você partir com o dinheiro. - disse firme e ele hesitou por alguns segundos depois sinalizou para que a comparsa soltasse a Camila.

Assim que a Camila se viu livre correu para os meus braços, eu a abracei protegendo-a com o meu corpo. No mesmo instante houve uma grande movimentação entre as pessoas e barulho de helicópteros sobrevoando o mercado, enquanto a polícia perseguia os sequestradores que fugiam com a mala.

Camila arfava sob mim e me afastei um pouco tirando o peso do meu corpo de cima dela. - Você está bem, amor? _ perguntei emocionado.

- Agora, sim. - Camila respondeu enlaçando o meu pescoço e meio sorrindo, meio chorando encheu meu rosto de beijos como tanto eu gostava.

- Lawrence! - Nacib chamou aproximando-se. - Vocês estão bem? - perguntou. - Estamos. - Respondi olhando para Camila e abraçando-a mais forte

- Vamos...Eu os escoltarei para casa. Eles estão sendo seguidos pelos helicópteros. Não conseguirão escapar. - Garantiu Nacib. - Obrigado, meu amigo. Ficarei em dívida eterna com você. - Apertei firme a mão dele.

- Não por isso, meu amigo. Você foi muito corajoso. - respondeu satisfeito. - Vamos para casa, amor. - Sussurrei pegando Camila no colo. Ela recostou a cabeça no meu peito enquanto a levava para o carro. No caminho de volta ia com a Camila presa nos meus braços enquanto fazia carinho em seus cabelos emaranhados.

- Era a Najah...Você entendeu o meu bilhete? - ela quis saber - Sim amor. Seu bilhete foi a confirmação que eu precisava, pois, já estava desconfiado dela. - Respondi beijando sua testa.

- Senti medo de não te ver mais. - disse ela com voz emocionada. Apertei-a mais em meus braços. - Eu também. Mas, já está tudo bem...Descanse agora minha Camila. Depois conversaremos sobre tudo. - Pedi suavemente querendo cessar a sua angústia.

Ela ficou encolhida e agarrada em mim, seu corpo estremecia de vez em quando com as lembranças do que passou... Senti verdadeiro ódio daqueles que infringiram tanta dor na minha pequena e prometi a mim mesmo que os faria apodrecer em cadeias imundas pelo resto das suas vidas miseráveis.

Desejo ArdenteOnde histórias criam vida. Descubra agora