quatro anos se passaram.
Micaelly agora está com seus 20 anos, morando com sua avó, em uma casa de praia em tulum, no México, acompanhada de sua mãe.
ela vive uma vida feliz, apesar de não ser a vida que ela gostaria de ter.
com um ótimo emprego em...
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Estico meu corpo sobre o colchão e tateio o lado onde mica costuma dormir, mas não sinto seu corpo. Abro os olhos e meu coração erra uma batida quando não a encontro.
Shawn: mica? - chamo seu nome num tom auto. Talvez ela esteja no banheiro. Mas a porta está aberta... - mica... - seria possível ela ir embora enquanto eu dormia? 'sim, seria possível' meu subconsciente afirma. Um desespero toma conta de meu ser. Levanto meu tronco rapidamente, sentando na cama, e olho ao redor. Até que um pedacinho de papel em cima do meu celular me chama a atenção. ela fez uma carta de despedida... penso, apreensivo. Seguro o papel em minhas mãos e leio as palavras lentamente.
'bom dia.. fui me encontrar com minha avó, talvez não demore, não precisa ficar preocupado. voltarei logo. beijos ~mica. obs: usei seu perfume hoje de novo,espero que não se importe. e também estou com seus chinelos, não tenho o que calçar, desculpe.
Suspiro aliviado. É como se um peso saísse de cima dos meus ombros.
Levanto da cama e sigo para a cozinha, mas paro na porta do quarto de Juan. Ele está se olhando no espelho, arrumando o cabelo.
Shawn: ei. - ele vira seus olhos pra mim.
Juan: e aí dorminhoco. A mica...
Shawn: eu sei, eu sei... ela deixou um recado. Pra onde você vai? - ele sai da frente do espelho pega um par de tênis em um canto do quarto.
Juan: vou buscar a Lucy, o tempo dela com Adeline já acabou. - concordo com a cabeça.
Shawn: tinha me esquecido que ela voltaria hoje... - observo em voz auta.
Juan: vou levar ela pra passear antes de trazê-la pra casa, então talvez demore um pouco. - murmuro um 'sem problemas' e volto a seguir para a cozinha.
Preparo um café da manhã simples. Torradas com manteiga e um suco de maracujá do dia anterior. Tomar café sem a mica é horrível..
Na verdade, fazer qualquer coisa sem ela é horrível. A ausência dela deixa tudo menos colorido... deixa tudo mais chato.
Por isso, eu estou disposto a fazer o possível e o impossível pra manter ela por perto, pra fazer ela ser minha de novo, é tudo o que eu mais quero na vida.
Então, assim que termino meu café, subo de volta para o quarto, colocando uma roupa mais adequada e dando um jeito nos cabelos. Escovo os dentes e em seguida, pego minha carteira, o molho de chaves e meu celular. Grito para Juan que estou de saída, e para ele trancar a porta quando sair. Infelizmente (pra ele) hoje quem vai usar o carro, sou eu.