17

905 79 146
                                    

boa leitura <3

Porque eu me sentia como uma garotinha que deu seu primeiro beijo?! Não é como se eu nunca tivesse beijado ele antes! E foi só um beijo!
'você ficou quatro anos sem beijar a boca dele, e todos sabemos que não foi só um beijo!!' meu subconsciente esbraveja, e foi só um beijo sim! Ou será que foi mais que isso... Eu não sei! Não consigo pensar em nada agora, só nos lábios dele nos meus, o jeito como ele me segurou quando eu quase cai, o jeito que ele me olhou, nada mudou, ele continua tendo os mesmos poderes sobre mim, e isso é péssimo.

Quando chego na minha casa, percebo que, não tenho como entrar pela minha sacada, ou seja, vou ter que entrar pela porta da frente, e se minha mãe e minha avó ainda estiverem na sala, eu vou me ferrar.

Primeiro coloco a orelha na porta, tentando escutar algum som, como o de uma TV ligada ou de vozes. Não escuto nada. Tento também olhar pelo buraco da chave, mas não enxergo nada. Eu não tenho outra escolha, a não ser abrir a porta e entrar.

Monto um plano na minha cabeça caso elas ainda estejam na sala e espero que ele dê certo. Respiro fundo e abro a porta, fazendo o mínimo de barulho possível, coloco a cabeça pra dento e encontro tudo em uma escuridão serena, solto um suspiro aliviada. Fecho a porta atrás de mim com todo o cuidado e tranco-a, caminho na pontinha dos pés até a escada, mas paro quando escuto passos vindo do andar de cima. Meu coração acelera e começo a ficar desesperada, sem saber o que fazer, apenas corro pra cozinha e pego o primeiro copo que vejo. Minha avó aparece segundos depois.

Vovó Adélia: o que faz acordada a essa hora miquely?

Micaelly: ããnn eu... vim tomar um pouco de.. água.. - minha voz sai um pouco trêmula e me xingo mentalmente por isso. - e a senhora dona Adélia?

Vovó Adélia: vim tomar o meu remédio. - ela abre o armário onde normalmente ficam seus remédios e tira um potinho de lá, depois pega um copo e o enche de água. De vez em quando ela me lançava olhares curiosos, uns duravam mais tempo do que outros, sinto minhas mãos soarem frio. - está tudo bem? Suas bochechas estão... coradas. - arregalo os olhos e passo as mãos no rosto rapidamente, como se aquilo fosse tirar o rubor das minhas bochechas.

Micaelly: estou bem, é só que... meu quarto estava muito abafado sabe? - que mentira péssima!

Vovó Adélia: tem que deixar a janela um pouco aberta miquely, sabe disso. - ela toma seu remédio e logo depois coloca o copo na pia. - fui no seu quarto te desejar boa noite, mas a porta estava trancada. - coço a cabeça nervosa.

Micaelly: é.. eu tranquei, e esqueci de destrancar. Eu queria ficar sozinha e... não queria que ninguém me incomodasse.. - tomara que ela acredite, dei o meu melhor para soar verdadeira. - bom, vou voltar pro quarto, amanhã eu trabalho. Boa noite vovó. - dou um beijo na cabeça dela.

Vovó Adélia: tem certeza que está em condições pra trabalhar amanhã? Pode ficar em casa se quiser, tenho certeza que sua amiga vai entender.

Micaelly: tá tudo bem vó, eu vou ir amanhã. Eu te amo. - passo por ela e vou até a escada.

Vovó Adélia: boa noite margarida, eu te amo. - começo a subir os degraus da escada, até que minha avó me chama. - ah, não esqueça que tirar a areia do roupão, é muito difícil tirar areia desse tecido. - arregalo os olhos e lanço um olhar pra minha avó, mas ela se esconde na escuridão da cozinha.

Ela sabe... sabe que eu sai.. oh meu Deus...!

🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁🍁

Forever My... Little girlOnde histórias criam vida. Descubra agora