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boa leitura <3

Não sei quantos abraços minha mãe me deu, e não sei quantos "parabéns!" ela disse. Meu estômago embrulhou com a cena, tive que segurar o vômito.

Vanessa: temos que comemorar!! Fazer uma festa! E já temos que começar os preparativos pra essa grande celebração!! - minha mãe vai até a cozinha, saltitante, minha avó permanece na sala, com um sorriso de canto, bem menos contente do que minha mãe, mas bem feliz.

Lorenzo: na verdade dona Vanessa, eu gostaria de conversar com a mica no quarto dela, sobre umas coisinhas. - meu corpo treme dos pés à cabeça e ele parece ter notado meu desespero, já que traz meu corpo ainda pra mais perto do seu. Ele não espera minha mãe responder e já vai em direção ao quarto, me arrastando junto. Minha avó prende os olhos em mim, e antes de passar por ela, lanço um olhar com um pedido de socorro estampado nos mesmos, espero que ela tenha captado meu sinal.

Passamos por ela e subimos as escadas, e assim que entramos no meu quarto, Lorenzo tranca a porta. Fico o mais distante possível dele.

Lorenzo: você até que fingiu tranquilidade bem, mas ainda precisa melhorar, não fica calada igual uma mudinha, se não vão desconfiar, e não é isso que queremos, não é? - ele vem até mim e acaricia meu rosto com os dedos, meu estômago se embrulha ainda mais.

Micaelly: por favor me deixa em paz... eu juro... juro que não conto nada pra ninguém. Só me deixa... por favor.. - lágrimas voltam a escorrer dos meus olhos enquanto suplico. Ele me olha com divertimento e ri, ainda com as mãos em mim.

Lorenzo: te deixar não está nos meus planos querida. Acho melhor se acostumar, já que vamos passar muito, muito, muito tempo juntos... - ele coloca um fio de cabelo meu atrás da orelha, em seguida, leva os lábios até meu ouvido e sussurra de forma lenta. -... Futura esposa. - ele deposita um beijo no meu pescoço, e quando volta para a posição inicial, olha para onde havia beijado com uma carranca. - Não quero você usando isso. - ele agarra o sininho pendurado no laço da gargantilha e o puxa com força, puxando depois o laço, e depois puxando a própria gargantilha, arrancando-a do meu pescoço. Ele usou tanta força que fez meu pescoço ir pra frente e pra baixo de forma brusca, fazendo uma dor surgir no local. - Assim está melhor. - olho para a tragédia no chão, o melhor presente que já ganhei na vida.. estava destruído em pedaços... Queria xingá-lo, espancá-lo, mas não conseguia.

Antes de sair do quarto, Lorenzo grita um "estou te esperando querida". Isso contribui para fazer o ácido quente e grosso sair pela minha boca sem aviso prévio. Corro para o banheiro e me debruço sobre a privada, eliminando tudo que tem dentro de mim. Vomito até não poder mais, pensando que talvez minhas tripas tenham saído junto.

Fico abraçada na privada por um tempo, chorando baixinho, tentando recuperar as forças. Aperto os olhos com força, rezando para quando abrir, estar na minha cama, e descobrir que tudo foi um sonho.

Vovó Adélia: miquely? - ouço a voz da minha avó e me levanto correndo, dando descarga e lavando a boca e o rosto na pia. - miquely cadê você? - saio do banheiro e seus olhos pousam em mim.

Micaelly: oi vó. - tento abrir um sorriso. Ela vem até mim e segura meus ombros, me olhando atentamente.

Vovó Adélia: o que aconteceu margarida?! Está pálida. - ela coloca uma mão na minha testa e depois no meu pescoço, parando os olhos no mesmo por mais tempo que o normal.

Micaelly: eu tô bem.. É só que... passei um pouco mal. Mas já estou melhor. - seguro suas mãos, mas foi uma péssima ideia. Minhas mãos estão geladas iguais a de um defunto. Minha avó continua a me observar.

Forever My... Little girlOnde histórias criam vida. Descubra agora