A Maluquete Da Área

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- Interessante... Aparentam ter muitas utilidades... Mas eu seria um burro, estúpido e suicida se aceitasse facilmente o destino de morrer só para juntar filhos ingratos uns com os outros para não negligenciarem o fato que o mundo irá acabar! - sir Reginald Hargreeves diz rispidamente. Assim, Vanya, Cinco e Quinze percebem que o plano não ocorreu tão bem e teriam que  forçá-lo para terem alguma chance. E Regi sabia disso tão bem quanto eles, mas é claro que sabia também da enorme desvantagem em que se encontrava naquele momento. Tanto por serem três contra um quanto por aqueles terem poderes, mas ele escondia segredos que nós sabemos quais. (Sorry Lorenas, eu não sei narrar cenas de luta, mas vou tentar por vocês).

Ao perceberem, Cinco se teletransportou para trás do velho e tentou o derrubar, mas já que vaso ruim não quebra, Reginald até caiu, de joelhos, mas conseguiu puxar Cinco pelo braço e jogá-lo para frente, dando de costas no chão. Tudo foi muito rápido. Quinze chegou pelo lado sul quando o senhor ainda estava se levantando e o imobilizou, o fazendo ajoelhar-se de novo e torcendo o braço do velho, ao ponto de que se puxasse só um pouco mais, poderia quebrá-lo. Nesse tempo, Cinco pode se levantar e concentrar-se de novo, o garoto ficou de frente para o pai.

- Não tem que ser assim, pai. Isso não aconteceria se concordasse com a gente! - Mas isso não importava nada para ele.

- Eu continuo com a minha única resposta sensata: Não irei e ponto final!

- Nós vamos impedir o apocalipse! Mas precisamos que você aceite nossa proposta, caramba! - Quinze ouvia o que Cinco dizia com atenção e percebia por todas às vezes que ele dizia palavras como "nossa", "a gente". Já não parecia se importar só consigo mesmo.

- Escute, menino, acha que eu quero morrer? Não me importa se vocês vão deixar de existir, já que eu vou conseguir uma Academia muito mais forte e principalmente, ficarei vivo!

- Você não sabe disso. Poderíamos te matar aqui e agora, ou daqui 40 anos! - ao recitar essas belas palavras, Cinco cruza os braços.

- Se houver um jeito do qual eu continue vivo... Talvez eu aceite essa proposta tola de ser pai de vocês todos. - Quando o sorriso vitorioso de Cinco estava se formando, o velho voltar a falar. - Mas para isso, eu gostaria que pedisse para essa sua namoradinha soltar meu braço antes que ela o quebre.

Quinze olhou para Reginald indignada pelo comentário, depois olhou pro Cinco, que estava com uma expressão parecida, só confuso, mas logo ele balançou a cabeça como se estivesse afastando pensamentos e pediu. Ah não! Ele mandou mesmo.

- Solta ele. - E ela o encarou e estava escrito na sua cara que "Isso vai dar ruim". - Tá esperando o que, garota prodígio?

- Eu aposto que o sir Reginald te ensinou a pedir por favor, né, idiota! - respondeu irritada.

- Não vou te pedir por favor pra soltar o meu pai!

- Nesse caso, ele pode aguentar ficar preso um pouco mais!

- GENTE! - de repente, Vanya grita, chamando suas atenções. - Isso não é hora pra briga de casal não, ok? Cinco, dá pra pedir por favor logo?

- Vocês... Vocês duas não prestam mesmo! Por favor, Quinze, solta ele.

Assim feito. Vanya e Quinze estavam, ambas desconfiadas, na vanguarda, mesmo que Cinco estive despreocupado com o pai solto assim, as duas achavam que ele podia tentar atacar de novo, ou fugir. Não confiavam muito nele, é explícito.

Sr. Hargreeves caminhou devagar até Cinco, e o nosso gnomio fez sinal para que as donzelas se afastassem. Um tanto revoltadas por estarem sendo excluídas da conversa assim, mas o fizeram. Então, distantes delas, os mais velhos conversavam.

- Então, meu jovem, antes de tudo que realmente importa... Apenas para avisar que a garota de cabelo verde sabe controlar, principalmente você, melhor tomar cuidado. E... sinto muito que nossa conversa acabe aqui. - Sir Reginald nocauteia Cinco tão forte que ele fica inconsciente, e assim que Vanya e Quinze veem, correm até um deles.

Quinze vai até Cinco, o garoto estava sangrando. Vanya correu até Hargreeves, mas não pode chegar muito perto, e o velho a acertou, então Vanya canalizou seu poder e quando o velho estava bem perto da saída, as ondas o pegaram de surpresa e o fizeram cair, mas ele ainda levantou, e de repente, a luta é interrompida por uma luz, uma daquelas anomalias temporais, e de lá saem os outros irmãos.

- Que merda tá acontecendo aqui?! - Diego já chega vendo a desgraça feita.

- Cacete! - diz Klaus quando vê o Cinco sangrando e Quinze ao lado. Logo, eles percebem o que estava ocorrendo ali.

De imediato, Diego joga uma de suas facas na direção do Hargreeves, porém, ela só rasga um pedaço de sua roupa. Allison se aproxima rapidamente do pai, mas não pronuncia nem metade das palavras, é evidente, Reginald acerta bem na garganta dela, Luther entra em um estado de choque, nem se moveu. E então, Grace aparece bem entre os irmãos e Reginald, atrás dela, Lila deixa o velho inconsciente.

Todos ainda estavam processando o acontecido inesperado. 

- Ei bonitinha, você só precisa ajudar o pirralho que tá sangrando e eu preciso de papel e caneta! - Lila diz os pegando de cima de uma mesa perto. Grace se apressa para levar o garoto pra outra sala. Nenhum dos irmãos ou Quinze se pronunciaram. Até Diego falar.

- O que você tá fazendo aqui?

- Salvando vocês, o que mais eu faria? - Lila diz escrevendo algo no papel, depois o colando na parede ao lado do velho. 

- O que mais? Você resolve brotar aqui com uma maleta e a minha mãe e só diz isso?

- Só acelerei o progresso de vocês. A Grace vai ajudar a coisinha desagradável ali e depois vocês podem se virar pra eles acertarem as contas.

Lila anda até a maleta que tinha sido jogada pra longe e a pega. Ela pretendia ir embora, até que o Número Dois segura seu braço.

- Simplesmente vai embora assim?!

- É isso mesmo, lobão. Vou embora assim! - Lila solta a mão de Diego do braço dela e desaparece.

***

Embaixo Do Meu Guarda-chuva | The Umbrella AcademyOnde histórias criam vida. Descubra agora