O Céu Não é o Limite

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Muitas coisas haviam acontecido desde que chegaram à 1963. Parece ter sido uma eternidade, mesmo que só tenham se passado dois dias. (Que choque de realidade, não é mesmo?) Sendo assim, Quinze só está com eles há mais ou menos uma semana. Após um tempo, cerca de uma hora e meia que a garota tentava recuperar energia, e os irmãos esperavam, pois sabiam que ela estava mesmo precisando de tempo. Até que a menina finalmente resolve fazer alguma coisa, não estava aguentando perder mais tempo.

- Vamos resolver esses problemas logo, com ou sem o Cinco, tenho que fazer alguma coisa pra voltar pra casa e levar vocês comigo... - Quinze fala descendo algumas escadas.

- Até que enfim alguém quer fazer alguma coisa! - diz Diego comemorando.

- Quem disse que a gente precisa do tampinha comandando a família, né?

- Tecnicamente, - Vanya começa respondendo Klaus. - Ele já ajudou, agora só precisamos dele quando formos voltar pra casa.

- Só de estar falando "tecnicamente", você já tá lascado! - Ally completa.

- Eu ainda não entendi a piadinha interna dos três. - Luther fala boiando na pasta de amendoim sem entender nada.

- E nem vai entender, grandalhão! - Número 4 diz brincando. - Mas enfim! O quê que a gente vai fazer pra sair daqui?! - diz a última parte gritando.

- Eu também não aguento mais ficar aqui tentando resolver esses negócios de apocalipse e linha temporal! Por que a gente não pode ser uma família normal que comemora o natal na casa da vovó? - Vanya fala se jogando no sofá.

- Já que todos nós concordamos que só queremos muito voltar a dormir na nossa própria cama, precisamos começar a mover as peças... - Quinze diz lembrando de alguma de suas partidas de xadrez já vencidas.

- Tá! E o que a gente vai fazer, ô Judit Polgar? - Diego fala.

- Como diabos sabe o nome de uma jogadora de xadrez famosa? Você não tem muito cara de quem gosta de xadrez. - Quinze pergunta desconfiada. "Papai.", responde.

- Alguém mais não entendeu nada dessa conversa? - Klaus pergunta, boiando, mas é ignorado totalmente, coitado.

- Ok! A Sparrow deve estar agora atrás de fazer de tudo pra linha temporal continuar igual, mas se formos mais rápidos, talvez conseguiremos! - diz Quinze, fazendo suas suposições.

- Fazendo o que?

- Não é óbvio, Número Um? - Luther a olha com cara de tacho, como se dissesse "Não. Eu sou meio lento". - Aff... O primeiro passo, logicamente, é garantir que a Academia tenha a Mãe, no caso, a Grace. Ou seja, temos que fazer os dois, seus pais, se resolverem.

- E depois, fazer o que? Obrigar ele a querer criar a gente? - Inocentemente, Allison pergunta.

- Isso mesmo. Ele nunca quis mesmo ter vocês como filhos, mas com certeza, não vai querer ter todos nós como inimigos, e ainda por cima, perder o poder extraordinário de vocês, que eu acho bem melhor que daqueles intrusos.

"É um bom ponto!"

- AI MISERICÓRDIA! Cacete, Cinco! Não dá pra bater na porta não? - Klaus se assusta com o garoto brotando do nada do seu lado.

Enquanto Cinco não se importou com o susto do irmão e dos outros que foram menos escandalosos, só pra tentar olhar para a garota prodígio, portanto, só tentar mesmo. Quinze logo se calou, desviou o olhar, tentando fingir que tudo estava bem ou tentando imaginar que não se importava nem um pouco com tudo que aconteceu.

- Caramba, Cinco! Você tá sangrando! - diz Vanya, trazendo atenção pra si.

- Jura? Eu nem tinha percebido.

Embaixo Do Meu Guarda-chuva | The Umbrella AcademyOnde histórias criam vida. Descubra agora