Sombras profanas nos espreitam

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Os poucos dias que se passaram foram corridos e logo toda a vila estava sendo arrumada para a tomada de posse do mais novo Hokage!

O evento deveria acontecer em breve já que o Senhor Feudal teria de partir logo.

Sakura chegou a fazer uma consulta no velho Daymio e constatou que a saúde do mesmo estava bem frágil, mas tudo que ele fazia era cobrá-la sobre a jogatina que nunca tiveram.

Foram por recomendações médicas que tudo foi apressado, voltar para a casa de campo de sempre seria o melhor para o Daymio, já que lá ele era assistido todo o tempo e haviam pessoas para ajudá-lo, além dele sentir falta da calmaria do interior e isso pesar mais que tudo.

Sakura estava abarrotada de trabalho e ainda havia aquilo, ela notava cada dia mais a mudança das pessoas para com ela. Desde algum exagero no trato consigo a enchendo de pompas até algumas pessoas sendo totalmente o oposto, algumas até mesmo a desprezavam, esse tipo de situação além de ser estranha para ela perturbava ainda mais sua cabeça que já estava cheia.

Quando o dia da posse chegou ela devia estar impecável ao lado do marido.

Ele também andava bem estressado com a quantidade de trabalho e o quanto tinha de se mostrar muito melhor do que todos esperavam. Apesar de sempre ter sido um ótimo shinobi e um orgulho para aqueles que o rodeavam, ele ainda era um Uchiha e muitos esperavam que ele cometesse algum erro.

O passado do clã ainda era vivo na mente dos mais retrógrados

Shisui sabia disso, estava atento ou tentava estar o máximo possível.

Sakura, envolta naquela situação, acabava por também se cobrar mais.

Por vezes ouvia algumas coisas ao seu respeito, algo como ela ter dado o golpe para se casar com o futuro Hokage, que ela não era alguém a altura dele, que não era de um clã renomado ou digno, que ela só tinha um bom cargo no hospital devido "as costas quentes", que não sabiam o que alguém como Shisui fazia ao lado dela. Que ela devia se dedicar a seu marido e dar a ele a família que ele perdeu, que devia largar a carreira médica e ser uma esposa, até mesmo seus feitos antigos de muito antes de ter algo a ver com o moreno foram postos à prova.

Na maior parte do tempo ela buscava relevar, as pessoas simplesmente falavam, punham seu veneno para fora, mas era difícil ouvir tudo aquilo e em alguns momentos realmente chegou a acreditar em algumas daquelas afirmações.

Quando o Daymio do País do Fogo fez seu discurso as pessoas estavam atentas, Shisui estava impecável a seu lado e emanava o ar de líder que era. Já ela se sentia totalmente desconfortável naquele vestido, talvez devesse ter comprado um número maior e não ouvido os conselhos de Ino de quanto mais apertado melhor!

Ino dizia que ela devia mostrar o mulherão que era e que Shisui tinha sorte de tê-la ao seu lado.

Tudo que a rosada queria é que aquilo fosse verdade, queria sim ser a mulher que esperavam que ela fosse.

Quando seu marido foi chamado no alto do palanque foi saudado de maneira esfuziante

Seu discurso foi simples e curto, mas encheu o peito daquele povo de esperança.

Quando ele tomou a iniciativa de chamá-la para estar ao seu lado foi com surpresa e atenção redobrada que subiu os pequenos degraus, não podia tropeçar numa hora daquelas. Ele envolveu o braço na cintura delgada e ela sorriu.

Reconheceu alguns rostos soltos em meio a multidão e sorriu genuinamente quando Naruto e Hinata abanaram as mãos para ela.

Quando Shisui encerrou aquela parte foi a hora dos festejos e logo seu marido estava sendo arrancado de sua companhia por alguns dos homens mais importantes da vila.

Preciosa ( EM HIATUS )Onde histórias criam vida. Descubra agora