Doce Carmesim

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*** Amores estou reescrevendo essa fic. Estava relendo histórias antigas minhas e decidi que essa deveria ser finalizada também. Ela já teria sido postada aqui, mas decidi reescrever é mudar algumas coisas. Espero que gostem. Boa Leitura e não se esqueçam de votar no capítulo e deixarem seus comentários. ***

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Las Vegas, Quinta Feira,    25 de Janeiro 2018

O cheiro metálico  invadia meus sentidos de forma intensa e cruel. Se não fosse um cenário comum ao meu trabalho, provavelmente estaria regurgitando meu  café da manhã sobre o porcelanato encharcado pelo líquido carmesim.

O local cheirava a morte.

Meus olhos atentos percorreriam cada detalhe presente naquela loja de doces. O paradoxo entre a doçura de seus cupcakes e o sangue deslizando pela parede atrás do balcão era sem bizarro. Quem quer que fosse o assassino, estava bem irritado. A katana atravessando o dorso da vítima e a prendendo a cinquenta centímetros do chão deixava isso claro.

As inúmeras perfurações no corpo revelavam que o autor desse homicídio odiava a vítima, mas isto era irrelevante para mim. Meu trabalho era descobrir quem? O "por que" deveria ser explorado pela defesa ou pelo acusação durante o julgamento. Geralmente não me importava com os motivos de um assassino.

Tudo que me interessava eram as mensagens passadas pelos vestígios e evidências. Eles, ao contrário dos sentimentos, não mentiam ou enganavam. Eram  objetivos e se fossem corretamente analisados sempre levavam ao objetivo principal. O autor do fato ilícito.

Felizmente, apesar da brutalidade do crime, não haviam muitos curiosos por ali. Nem mesmo os abutres do Las Vegas Rewiew Journal, haviam chegado, o que me garantia um pouco de privacidade enquanto analisava a cena. Lidar com a imprensa era sempre desgastante, principalmente quando uma das vítimas era alguém influente.

Naquele dia recebi  o chamado por volta das 7 horas  da manhã. Meu parceiro, Jean Kirsten, foi o primeiro federal a chegar, logo após os oficiais da polícia local. Como ainda era bem cedo, não haviam muitos expectadores o que facilitava o meu trabalho e o trabalho dos outros envolvidos na investigação.

— Bom Dia agente  Ackerman. - a voz firme e sexy do oficial Loren fez meus olhos deixarem o corpo imóvel preso a parede e focar na sua bela face assustada. O homem parecia querer vomitar diante da cena, mas seu lado profissional lhe impedia de fazer isso enquanto estivesse diante de mim.

— O que aconteceu? — questionei colocando  minhas mãos nos bolsos da calça e  esperando pelo relato do policial apavorado.

—  O corpo foi encontrado por um dos funcionários. Ele disse que achou  o Sr. Middleton preso à parede assim que chegou para trabalhar hoje de manhã.

— Algo foi roubado? — questionei iniciando uma caminhada preguiçosa pelo lugar que estava isolado pelas fitas zebradas.

— Ele não soube dizer, senhor. Apenas informou que a porta estava destrancada quando ele chegou, mas não viu nada de suspeito até ver o que havia acontecido com seu patrão. — o olhar do policial era vacilante e a julgar pela sua juventude ele havia acabado de se formar na academia. Era um belo espécime, devo admitir, e se eu não estivesse em meu modo profissional, o teria convidado para sair e feito aquela cabecinha linda se esquecer dessa cena sangrenta.

— Entendi. Termine de qualificar as testemunhas. Qualquer novidade me avise. — o jovem assentiu e seguiu  até outro funcionário do estabelecimento para coletar mais informações.

À medida que Lorena se afastava, precisei desviar meus olhos do cadáver preso à parede mais uma vez e admirar  aquela bunda linda se movimentando sob o uniforme impecável. Definitivamente eu teria que transar essa semana ou iria perder a cabeça.

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