Capítulo 4- nunca baixe a guarda

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Os quatro amigos estavam reunidos no Salão Principal para a primeira aula de defesa na manhã de quarta feira. A mudança em Hogwarts estava mais do que clara. O foco deles não era mais criar alunos, e sim soldados.

Soldados inteligentes, de preferência.

As aulas cada vez mais rígidas, e com preferência em estudar assuntos que eles poderiam usar em uma possível guerra.

Um grupo de defesa fora criado por Bill Weasley, Horácio Slughorn, Filius Flitwick, Neville Longbottom e a diretora Minerva McGonagall para ajudar todos aqueles que queriam melhorar em duelos, e os panfletos rodavam a escola desde domingo de manhã. Era realmente como uma espécie de Armada de Dumbledore 2.0, porém contando com o apoio do ministério, da escola e com a participação especial de heróis da guerra. No primeiro dia seria Harry Potter.

Ninguém sabia o que poderia acontecer. Uma terceira guerra bruxa poderia ser causada, tal como a batalha poderia ser em menor proporção, tendo apenas o Ministério e os Comensais como participantes. Mas de qualquer jeito, os alunos de Hogwarts deveriam estar prontos.

Hogwarts era o lugar de mais provável ataque, e isso era um fato.

Mas se bem que a escola era o alvo que Voldemort queria atingir. Ninguém sabia se Bellatrix iria seguir os passos de seu mestre.

De qualquer forma, Albus não poderia estar mais envergonhado.

Seu pai, o famoso Harry Potter, discursaria na frente de todos. De todos os seus amigos. De todos os professores. De toda a escola.

Não sei se foi deixado claro anteriormente, mas Albus não gostava muito de ser um Potter. Claro, tinha as suas vantagens, mas a pressão as superavam.

Era um inferno que as pessoas esperassem que ele fosse tão bom, heróico e correto que seu pai. Era um inferno que esperassem que ele não falhasse. Que elas colocassem esperança nele. Que olhassem para ele na rua, como se ele fosse o ser mais abençoado no mundo, apenas por ser filho de Harry Potter. Que se aproximassem dele apenas por ele ser filho de quem era.

Tinha tanto medo de ir para Sonserina, apenas por ser julgado pelas pessoas. Tinha medo que o olhassem como se ele fosse uma decepção. Um caso perdido.

E foi exatamente isso que aconteceu.

A ovelha negra da família.

O garoto que não tinha nada de especial.

O caso perdido.

O Potter renegado.

Era assim que falavam dele por aí.

No fundo ele sempre sabia que não era um grifinório, e sim que pertencia a casa das serpentes. Mas mesmo assim doeu. Doeu como o inferno ver que cada pessoa no Salão Principal tinha tido suas esperanças nele destruídas após o chapéu seletor gritar "SONSERINA".

A partir daí ele simplesmente parou de se importar.

Parou de se importar se decepcionaria os outros ou se o achariam um caso perdido. Para falar a verdade, às vezes ele também achava que era. Mas não ligava. Era um caso perdido e estava bem com isso. Certo, não totalmente bem, mas já havia se acostumado.

  -Boa tarde a todos. - fora tirado dos seus pensamentos pela voz de seu pai, que foi recebido com muitos aplausos. O Escolhido. - Acredito que todos saibam o porquê estou aqui hoje. Para os que não me conhecem, - "impossível" Albus sussurrou para si mesmo. - eu sou Harry Potter, chefe do departamento de aurores. Como sabem, o mundo bruxo está novamente sob o ataque de Comensais da Morte. A Diretora McGonagall me pediu para ensinar vocês algumas técnicas de defesa muito comumente usada pelos aurores. Mas antes de começarmos, alguém tem alguma pergunta. - o salão se rompeu em silêncio. - Ótimo. Vamos ver... Albus, venha aqui meu filho.

𝐇𝐎𝐖- 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐘 𝐏𝐎𝐓𝐓𝐄𝐑 (𝐈𝐈)Onde histórias criam vida. Descubra agora